Há coisas que se repetem com frequência, e os protestos de inocência por parte dos indiciados é um clássico.
Em Portugal começa a tornar-se repetitivo o facto de haver bastantes suspeitos de crime, especialmente económico, com prejuízos comprovados, mas as condenações são escassas e nunca efectivas.
Não sei se é Justiça que tem culpa desta situação, se o poder legislativo que “armadilha” as leis de modo a haver sempre escapatórias. Claro que o indivíduo que rouba produtos no supermercado é acusado e julgado com todo o rigor legal, mas quanto maior é crime económico e maior o prejuízo do acto, também é menor a probabilidade de haver condenação.
O povo costuma dizer que roubar está para o tostão como a irregularidade formal está para o milhão.
Sucedem-se os casos como o do Freeport, dos submarinos, dos sobreiros, dos contentores, do BPN, do BPP e dos abuso de poder com políticos como suspeitos, mas tudo continua como dantes, calmo e sem que o Zé saiba quem roubou, quem corrompeu, quem foi corrompido e muito menos quem foi responsável.
O povo apesar de inocente nisto tudo acaba por pagar tudo o que é roubado enquanto outros, os culpados, enchem os bolsos à custa da nossa ingenuidade.