quarta-feira, outubro 31, 2018
segunda-feira, outubro 29, 2018
O TEMPORÁRIO CONVENIENTE
O senhor ministro Vieira da Silva veio afirmar que a suspensão da publicação da lista das subvenções vitalícias é apenas "temporária", e nós, simples cidadãos, que descontamos 40 e mais anos para auferir reformas bem baixinhas, acreditamos.
Um ministro não mente, e todos devemos louvar a preocupação do Governo em respeitar a protecção de dados, ainda que a isso não tenha sido obrigado, e nem sequer tenha consultado a Comissão Nacional de Protecção de Dados, o que são apenas uns detalhes menores.
Vieira da Silva tem sido uma caixinha de surpresas, e pode dizer-se que não são agradáveis, nem eram das que dele se esperavam, mas deve ser um sinal dos tempos...
sábado, outubro 27, 2018
CULTURA - OUVIR E DIALOGAR
O ambiente nos museus, palácios e
monumentos não é o desejável, porque os problemas existem a quase todos os
níveis, causados pela insuficiência de meios, quer humanos quer materiais, mas existem
outros problemas de que pouco se fala.
O funcionamento dos museus, como
de todas as outras actividades, deve evoluir adequando-se aos tempos e às
exigências dos consumidores/visitantes. Os serviços ligados ao Património, em
Portugal, comparam mal com os congéneres europeus, onde parece haver mais
actividade, mais realizações, e uma evolução constante.
Fala-se agora em mais autonomia
dos museus, palácios e monumentos, mas o que o governo propõe é uma autonomia
muito curta, que continua dependente da autorização da DGPC, mantendo-se por
isso a burocracia que impede que se pense a médio e longo prazo.
Já se ouviu a voz do director do
Museu de Arte Antiga, a que se juntou agora a da directora do Museu do Chiado,
denunciando as insuficiências do regime jurídico de autonomia de gestão dos
museus que deve ser levado a conselho de ministros, ainda este ano, não só por
ser insuficiente, mas também porque não foi discutido com os directores de
museus.
Na realidade este governo não tem
ouvido os trabalhadores dos museus, palácios e monumentos, nem tem dado
qualquer importância aos problemas que são sentidos por quem lá trabalha,
independentemente das funções que desempenham nos diversos serviços.
Os problemas da falta de diálogo
são muitos, e a falta de disponibilidade da tutela, o Ministério da Cultura,
fazem com que tudo fique estagnado, o ambiente de trabalho se vá deteriorando,
e a oferta seja cada vez de menor qualidade, já para não falar dos prejuízos da
falta de manutenção e conservação do Património.
quinta-feira, outubro 25, 2018
PROBLEMAS DOS VIGILANTES DOS MUSEUS
Os vigilantes dos museus
dependentes da Direcção Geral do Património Cultural não surgiram apenas agora
que se perfila uma greve da função pública.
Nos últimos anos estes
profissionais, que anteriormente tinham uma carreira específica, foram integrados na carreira de Técnico
Auxiliar, uma carreira comum da função pública, que se devia regular pela
legislação geral, mas alguém se lembrou que os horários dos museus não eram
compatíveis com a generalidade dos serviços do Estado.
A tutela decide então fazer um
despacho que pretendia ser de alteração de horários, que desvirtua o que consta
na legislação geral, pois transforma os sábados e domingos em dias normais de
trabalho, o que se traduz numa clara discriminação dos trabalhadores que
desempenham estas funções de vigilantes dos museus, relativamente aos seus
colegas da mesma carreira, pois não recebem qualquer pagamento extra pelo
trabalho aos fins-de-semana, ao contrário de todos os restantes funcionários.
A injustiça não se verifica
apenas nesta discriminação, mas também no trabalho obrigatório na maior parte
dos feriados, no trabalho por escalas que são muitas vezes adaptadas às
necessidades do serviço sem qualquer respeito pela vida familiar dos
trabalhadores, e até a restrições e alterações discricionárias das férias,
sempre que há falta de pessoal.
O Ministério da Cultura não tem
peso político suficiente para admitir o pessoal necessário para as funções de
vigilância dos museus, que esbarra nas Finanças, mas a pressão turística
aumenta enquanto o número de profissionais na função diminui por força da idade
e das aposentações.
A dificuldade de fixar novos
profissionais nestas funções é conhecida pelo ministério, e a solução está
obviamente no pagamento previsto na lei do trabalho aos sábados e domingos, e
na admissão de mais vigilantes para suprir as reais necessidades dos serviços.
Não se resolvem os problemas sem diálogo,
e nem a DGPC nem o Ministério da Cultura têm mostrado abertura para se
encontrarem soluções.
quarta-feira, outubro 24, 2018
RESTAURO DOS CARRILHÕES DE MAFRA
Uma operação delicada a da retirada de alguns dos sinos maiores e mais pesados da torre norte, que começou hoje.
No passado as máquinas eram outras, menos eficientes, menos poderosas e sofisticadas...
terça-feira, outubro 23, 2018
sábado, outubro 20, 2018
PORTUGUESES TÊM MENOS FILHOS DO QUE GOSTARIAM
Podem fazer relatórios
internacionais, podem discursar especialistas, feministas, machistas,
religiosos, agnósticos, governantes, dirigentes da oposição, e apresentar
inúmeras soluções, apontar os mais diversos caminhos, que o problema da baixa
natalidade se manterá enquanto for a economia a ditar as regras.
Falar de igualdade de géneros, de
licenças parentais e de infantários, é bom, mas insuficiente. O problema social
deriva do rumo da economia, e esta está ao serviço do lucro de uns poucos, por
muito que se fale em Democracia.
Nos países mais desenvolvidos são
os países como menores desigualdades os que têm melhores taxas de natalidade, e
não o inverso.
Os problemas sociais, e a baixa
natalidade é um deles, só se podem resolver com mais justiça social e melhor
distribuição da riqueza, esse é que o ponto, tudo o resto são pensos rápidos
que não resolvem o problema.
Para terminar isto, que tal começarem
por exigir salários justos e emprego com qualidade e com direitos, que é o que
nunca consta destes relatórios de peritos?
quinta-feira, outubro 18, 2018
MAUS POLÍTICOS
A política nacional está transformada num pantanal. As promessas não são para cumprir, fazem-se afirmações que não correspondem completamente à verdade, o rigor só existe no discurso, os números são manipulados, e a realidade nem sempre corresponde à propaganda.
Portugal caminha a passos largos para o descrédito absoluto da classe política e o caminho abre-se para todos os populismos, mesmo aqueles que nós criticamos noutras paragens.
O que se tem passado com o discurso governamental sobre os aumentos dos funcionários públicos, sobre as reformas antecipadas e sobre o défice público, tem feito aumentar o descrédito nos políticos, quer dos que apoiam o governo, quer dos da oposição, que já fizeram pior e não apresentam agora soluções, antes se entregando a uma oposição oca e sem conteúdo.
terça-feira, outubro 16, 2018
DESONESTINADE INTELECTUAL
A afirmação de Mário Centeno que "estima" um aumento do salário médio na função pública de 121 euros em dois anos (são 68 euros, agora, e 53 euros, depois), acima dos 3%, só encontra comparação com a aquela máxima popular: para as estatísticas (estimativas), se num universo de duas pessoas, um comer dois frangos, para a estatística cada uma das pessoas terá comido um frango.
A realidade é porém muito diversa, pois há muitos funcionários que não beneficiaram de qualquer subida de escalão, nem em 2018 nem é expectável que subam em 2019, e esses também entram na estimativa de Centeno, que tem a reputação de ser uma pessoa muito rigorosa, mas...
domingo, outubro 14, 2018
CULTURA, A INOVAÇÃO E O PATRIMÓNIO
No dia em que se soube da
substituição de Luís Filipe Castro Mendes da pasta da Cultura, e da entrada em
funções, já amanhã, de Graça Fonseca, vem mesmo a propósito falar da
necessidade de se inovar também na Cultura, e particularmente na área do
Património.
A Direcção Geral do Património já
vende bilhetes on-line (com o prazo mínimo de 10 dias úteis), e de Vouchers
para operadores turísticos, praticando-se descontos de quantidade (com o prazo
mínimo de 10 dias), o que sendo já um passo em frente, ainda é difícil e algo
burocrático.
Falando dos bilhetes, quer dos
comprados on-line, quer os comprados nos balcões, todos reparamos que têm um
código de barras que devia ser lido por um PDA (assistente pessoal digital), ou
em caso de inoperacionalidade do equipamento próprio, o vigilante deveria
destacar o canto recortado no bilhete para inutilização do mesmo. Pois não vejo
os tais PDA’s nos museus, palácios e monumentos que visito, nem vi ainda nenhum
bilhete com um canto recortado, nem sequer nos novos bilhetes com fotografias
na sua frente, que são cortados sem apelo nem agravo destruindo as imagens que
alguns gostam de colecionar.
Outra inovação que era muito bem
recebida tem que ver com a informação, que é insuficiente, e que podia ser
fornecida por apps fornecidas pelos serviços, grátis ou a preços razoáveis.
Claro que para isso devia existir uma rede Wi-Fi disponível em cada museu ou
monumento, e simplesmente não existe.
Pode ser que alguém vindo da
Secretaria de Estado da Modernização Administrativa, a próxima ministra da
Cultura, esteja aberta à inovação, ao contrário da maioria dos responsáveis
actuais, que nunca deram qualquer atenção ao assunto.
sexta-feira, outubro 12, 2018
SINAIS DOS TEMPOS
Nos dias que correm são cada vez mais as pessoas que visitam os museus e outros monumentos, não para se enriquecerem a nível intelectual, ou para desfrutarem da sua beleza, mas sim para partilharem com os amigos a sua passagem por esses espaços como se fosse um qualquer troféu.
Entre selfies e fotos tiradas por amigos ou conhecidos, pouco mais fica destas visitas... infelizmente.
««« * »»»
Não está fácil a vida para os homens, porque quase tudo hoje pode ser considerado discriminatório, e atentatório de outrem, mesmo que seja um simples piropo ou mau uso de palavras. À boleia de abusos reais, e de comportamentos absolutamente censuráveis, surgem acusações ou sugerem-se comportamentos discriminatórios, sem qualquer fundamento, e perfeitamente injustificados.
quarta-feira, outubro 10, 2018
FRASES ELUCIDATIVAS
Estava hoje a ouvir uma peça sobre as vítimas do estouro do BCP, e ao mesmo tempo lia o jornal, e eis que surgem duas afirmações, a do professor universitário João Duque, exactamente sobre o caso BCP, e deparo-me com um título duma notícia, sobre a substituição dos humanos por robôs, e imediatamente percebi tudo: os robôs nunca serão tão convincentes numa burla como os humanos...
"O capitalismo tem essa diferença face à Democracia, uns são
mais importantes que outros…"
João Duque
"Há tarefas complexas que não podem ser substituídas por robôs"
António Moniz
2.636
Subscrever:
Mensagens (Atom)