O aumento de preços de entrada
nos museus, palácios e monumentos encontra uma natural resistência por parte do
público em geral, mas é uma possibilidade que tem de ser equacionada.
Em Portugal o nosso Património
construído é sustentado directamente pelo Orçamento de Estado, e pelo conjunto
de receitas obtidas pelos diferentes serviços, dinheiros que são controlados
pela Direcção Geral do Património Cultural.
Sem uma verdadeira autonomia
administrativa não existe nenhum planeamento possível, que seja da
responsabilidade dos directores, como é evidente. As acções de manutenção
corrente, alguns restauros absolutamente necessários, e a contratação de
pessoal necessário para garantir a segurança dos serviços, estão sempre
dependentes da tutela e da boa vontade do ministro das Finanças.
A política de preços é
determinada pela tutela da Cultura, não tendo em conta factores determinantes
como a procura, a oferta, a disponibilidade de pessoal e a localização.
Por cá não vemos nenhum director
a falar deste assunto, mas gostei de ler o que disse o director do Victoria and Albert Museum sobre este assunto tão sensível, apesar de se tratar dum museu
diferente e com outra dimensão diferente dos que temos.
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