Mostrar mensagens com a etiqueta Receitas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Receitas. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, outubro 08, 2018

PREÇOS E RECEITAS DOS MUSEUS


O aumento de preços de entrada nos museus, palácios e monumentos encontra uma natural resistência por parte do público em geral, mas é uma possibilidade que tem de ser equacionada.

Em Portugal o nosso Património construído é sustentado directamente pelo Orçamento de Estado, e pelo conjunto de receitas obtidas pelos diferentes serviços, dinheiros que são controlados pela Direcção Geral do Património Cultural.

Sem uma verdadeira autonomia administrativa não existe nenhum planeamento possível, que seja da responsabilidade dos directores, como é evidente. As acções de manutenção corrente, alguns restauros absolutamente necessários, e a contratação de pessoal necessário para garantir a segurança dos serviços, estão sempre dependentes da tutela e da boa vontade do ministro das Finanças.

A política de preços é determinada pela tutela da Cultura, não tendo em conta factores determinantes como a procura, a oferta, a disponibilidade de pessoal e a localização.

Por cá não vemos nenhum director a falar deste assunto, mas gostei de ler o que disse o director do Victoria and Albert Museum sobre este assunto tão sensível, apesar de se tratar dum museu diferente e com outra dimensão diferente dos que temos.



domingo, fevereiro 11, 2018

PALÁCIO DE MAFRA O ESQUECIDO

O aumento das receitas e do número de entradas nos museus, palácios e monumento dependentes da DGPG, é um facto que merece ser festejado q.b. e que tem que ser analisado em termos de futuro do Património.

O investimento no Património tem sido mínimo nestes últimos anos, e para o presente ano de 2018 temos o anúncio de investimentos de 4,8 milhões de euros, com a ajuda de fundos comunitários em monumento da zona centro (Batalha, Alcobaça, Tomar, e Machado de Castro).

Não se pode dizer que seja um anúncio bombástico, muito pelo contrário, é mesmo modestíssimo tendo em conta as receitas arrecadadas pelo Património em 2017, que atingiram os 18,3 milhões.

Uma vez que o Palácio Nacional de Mafra comemorou em finais de 2017 o tricentenário do lançamento da 1ª pedra, talvez seja oportuno recordar o que diz uma página do seu sítio oficial, onde constam objectivos que se pretendiam alcançar, dos quais apenas um (e por via mecenática) foi atingido. Saliento nesta lista o restauro dos dois carrilhões, que é um promessa com vários anos e que está ainda por iniciar.


sábado, julho 11, 2009

CHOVER NO MOLHADO

Se os economistas não me merecem grande credibilidade, em parte pelas suas responsabilidades no estado da economia, a verdade é que nos últimos tempos eles nos têm brindado com opiniões e manifestos para quase todos os gostos.

Daniel Bessa tem sido um dos mais profícuos na elaboração de estudos e em discursos sobre temas económicos, e desde o aeroporto de Lisboa ao TGV, passando pela estratégia económica para o futuro, sobre tudo se tem pronunciado.

Não é surpreendente que venha apoiar Manuel Pinho na sua última intervenção pública, afinal estamos na presença de dois ex-ministros do mesmo quadrante político. Tendo em linha de conta a actual situação económica e o desenvolvimento nacional dos últimos anos, Daniel Bessa não fica lá muito bem no retrato.

Eu esperava que as receitas propostas tivessem algo de inovador, mas surpreendentemente, ou talvez não, este economista aponta as mesmas velhas receitas, cujo resultado tão bem conhecemos.

Não vou rebater o rumo indicado põe Daniel Bessa, mas basta dizer que no fundo se limitou a dizer que a gafe de Manuel Pinho na China, até foi uma afirmação acertada, demonstrando-se assim que com os economistas da nossa praça (quase todos), continuaremos a querer competir no mundo globalizado apresentando como factor vantajoso, o baixo nível dos salários dos trabalhadores do sector produtivo nacional.

A política económica desejada pelo poder continua a ser a da tigela de arroz, mostrando-se assim o espírito criativo e inovador das classes dominantes e a sua visão para o futuro de Portugal e dos portugueses.

*** * ***
FOTOGRAFIA
Present by ChapaJane


*** * ***
CARTOON
NICOLAE LENGHER


hossein rahim khani