O ambiente nos museus, palácios e
monumentos não é o desejável, porque os problemas existem a quase todos os
níveis, causados pela insuficiência de meios, quer humanos quer materiais, mas existem
outros problemas de que pouco se fala.
O funcionamento dos museus, como
de todas as outras actividades, deve evoluir adequando-se aos tempos e às
exigências dos consumidores/visitantes. Os serviços ligados ao Património, em
Portugal, comparam mal com os congéneres europeus, onde parece haver mais
actividade, mais realizações, e uma evolução constante.
Fala-se agora em mais autonomia
dos museus, palácios e monumentos, mas o que o governo propõe é uma autonomia
muito curta, que continua dependente da autorização da DGPC, mantendo-se por
isso a burocracia que impede que se pense a médio e longo prazo.
Já se ouviu a voz do director do
Museu de Arte Antiga, a que se juntou agora a da directora do Museu do Chiado,
denunciando as insuficiências do regime jurídico de autonomia de gestão dos
museus que deve ser levado a conselho de ministros, ainda este ano, não só por
ser insuficiente, mas também porque não foi discutido com os directores de
museus.
Na realidade este governo não tem
ouvido os trabalhadores dos museus, palácios e monumentos, nem tem dado
qualquer importância aos problemas que são sentidos por quem lá trabalha,
independentemente das funções que desempenham nos diversos serviços.
Os problemas da falta de diálogo
são muitos, e a falta de disponibilidade da tutela, o Ministério da Cultura,
fazem com que tudo fique estagnado, o ambiente de trabalho se vá deteriorando,
e a oferta seja cada vez de menor qualidade, já para não falar dos prejuízos da
falta de manutenção e conservação do Património.
1 comentário:
Dialogar é bom, mas é necessário medidas concretas.
Hoje no Sexta, as ruínas de S. Cucufate
Abraço e bom domingo
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