sábado, outubro 27, 2018

CULTURA - OUVIR E DIALOGAR

O ambiente nos museus, palácios e monumentos não é o desejável, porque os problemas existem a quase todos os níveis, causados pela insuficiência de meios, quer humanos quer materiais, mas existem outros problemas de que pouco se fala.

O funcionamento dos museus, como de todas as outras actividades, deve evoluir adequando-se aos tempos e às exigências dos consumidores/visitantes. Os serviços ligados ao Património, em Portugal, comparam mal com os congéneres europeus, onde parece haver mais actividade, mais realizações, e uma evolução constante.

Fala-se agora em mais autonomia dos museus, palácios e monumentos, mas o que o governo propõe é uma autonomia muito curta, que continua dependente da autorização da DGPC, mantendo-se por isso a burocracia que impede que se pense a médio e longo prazo.

Já se ouviu a voz do director do Museu de Arte Antiga, a que se juntou agora a da directora do Museu do Chiado, denunciando as insuficiências do regime jurídico de autonomia de gestão dos museus que deve ser levado a conselho de ministros, ainda este ano, não só por ser insuficiente, mas também porque não foi discutido com os directores de museus.

Na realidade este governo não tem ouvido os trabalhadores dos museus, palácios e monumentos, nem tem dado qualquer importância aos problemas que são sentidos por quem lá trabalha, independentemente das funções que desempenham nos diversos serviços.


Os problemas da falta de diálogo são muitos, e a falta de disponibilidade da tutela, o Ministério da Cultura, fazem com que tudo fique estagnado, o ambiente de trabalho se vá deteriorando, e a oferta seja cada vez de menor qualidade, já para não falar dos prejuízos da falta de manutenção e conservação do Património.


1 comentário:

Elvira Carvalho disse...

Dialogar é bom, mas é necessário medidas concretas.
Hoje no Sexta, as ruínas de S. Cucufate
Abraço e bom domingo