quarta-feira, outubro 03, 2018

SERÁ MESMO AUTONOMIA?

Quando se ouve falar de maior autonomia dos museus, com um projecto discutido com as entidades representativas (algumas), e com os actuais directores, os outros profissionais e o público desconfiam.

Todos sabem que a delegação de competências nos directores, através dum contrato-programa a cinco anos, é problemática. A autorização para assinar despesas terá sempre um limite que tem que ser negociado para poder ser autorizado.

Estando tudo dependente das receitas obtidas, a autonomia é curiosa e bem limitada, e nunca permitirá mudanças substanciais ao que temos hoje. Os concursos internacionais para comissões de serviço de 5 anos, com a limitação máxima de duas comissões, vão ser o teste decisivo da atractividade desta autonomia.

Outra preocupação sobre as receitas a consignar está no modo como elas podem ser obtidas, pois além dos bilhetes, temos também o mecenato, protocolos com terceiros, cedências de espaços e cedência temporária de bens.

Tudo muito vago e certamente arbitrário, a menos que dependente de autorização da tutela, ou de regulamentos bem definidos.


É pena que o documento não tenha sido público, e nem sequer tenha sido discutido por todos os grupos profissionais ou pelas suas estruturas representativas, porque existem outras questões paralelas ao documento, como o novo museus a nascer no Palácio da Ajuda, que precisavam de ficar esclarecidas.


1 comentário:

Elvira Carvalho disse...

Já é costume que os documentos sejam dúbios.
Abraço