Quando se ouve falar de maior
autonomia dos museus, com um projecto discutido com as entidades
representativas (algumas), e com os actuais directores, os outros profissionais
e o público desconfiam.
Todos sabem que a delegação de
competências nos directores, através dum contrato-programa a cinco anos, é
problemática. A autorização para assinar despesas terá sempre um limite que tem
que ser negociado para poder ser autorizado.
Estando tudo dependente das
receitas obtidas, a autonomia é curiosa e bem limitada, e nunca permitirá
mudanças substanciais ao que temos hoje. Os concursos internacionais para
comissões de serviço de 5 anos, com a limitação máxima de duas comissões, vão
ser o teste decisivo da atractividade desta autonomia.
Outra preocupação sobre as
receitas a consignar está no modo como elas podem ser obtidas, pois além dos
bilhetes, temos também o mecenato, protocolos com terceiros, cedências de
espaços e cedência temporária de bens.
Tudo muito vago e certamente
arbitrário, a menos que dependente de autorização da tutela, ou de regulamentos
bem definidos.
É pena que o documento não tenha
sido público, e nem sequer tenha sido discutido por todos os grupos
profissionais ou pelas suas estruturas representativas, porque existem outras
questões paralelas ao documento, como o novo museus a nascer no Palácio da
Ajuda, que precisavam de ficar esclarecidas.
1 comentário:
Já é costume que os documentos sejam dúbios.
Abraço
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