domingo, novembro 25, 2018
ESTIVADORES E JUÍZES EM GREVE
quinta-feira, novembro 22, 2018
QUE FALTA DE VERGONHA
quinta-feira, outubro 25, 2018
PROBLEMAS DOS VIGILANTES DOS MUSEUS
sexta-feira, outubro 27, 2017
ENTRE OUTRAS COISAS, É POR ISTO QUE ESTOU EM GREVE
quarta-feira, novembro 14, 2012
EU VI ESTE POVO A LUTAR
Eu vi este povo a lutar
Para a sua exploração acabar
Sete rios de multidão
Que levavam História na mão
Sobre as águas calmas
Um vulcão de fogo
Toda a terra treme
Nas vozes deste povo
Mesmo no silêncio
Sabemos cantar
Povo por extenso
É unidade popular
Somos sete rios
Rios de certeza
Vamos lá cantando
No fragor da correnteza
Eu vi este povo a lutar
Para a sua exploração acabar
Sete rios de multidão
Que levavam História na mão
A fruta está podre
Já não se remenda
Só bem cozidinha
No lume da contenda
Nós queremos trabalho
E casa decente
E carne do talho
E pão para toda a gente
Ai, meus ricos filhos
Tantos nove meses
Saem do meu ventre
Para a pança dos burgueses
Eu vi este povo a lutar
Para a sua exploração acabar
Sete rios de multidão
Que levavam História na mão
Alça meu menino
Vê se te arrebitas
Que este peixe podre
Só é bom para os parasitas
Só a nosso mando
É que há liberdade
Vamos lá lutando
P'ra mudar a sociedade
Bandeira vermelha
Bem alevantada
Ai minha senhora
Que linda desfilada
Eu vi este povo a lutar
Para a sua exploração acabar
Sete rios de multidão
Que levavam História na mão
quinta-feira, novembro 25, 2010
O RECADO ESTÁ DADO
A Greve Geral de dia 24 de Novembro de 2010 foi um grande recado à classe política e empresarial deste país, que só não entende quem não quer ver o que está bem à frente dos seus olhos.
Ficou bem claro que os trabalhadores estão fartos de ser os bodes expiatórios da má governação que temos tido nas últimas décadas, e dos disparates que se têm permitido na destruição do tecido de produção, como a agricultura, pescas e metalomecânica, em detrimento do apoio excessivo de sectores como a banca e os serviços ou a construção que ultrapassaram os limites do razoável.
Todos os erros estratégicos, alimentados pelas ajudas dos dinheiros da adesão à União Europeia e ao euro, estão agora a ser pagos não por quem os cometeu mas por quem trabalha honestamente para ganhar salários que são cada vez mais reduzidos em nome de uma competitividade impossível em muitos sectores.
As afirmações de um líder da Associação Têxtil e do Vestuário de Portugal (ATP), João Costa, mostra bem a fraca qualidade de alguns empresários. Segundo este dirigente dum sector que é dos que mais mal pagam em Portugal, o “sector público faz greve porque pode brincar”, mostra bem a falta de visão de quem continua a pensar que os trabalhadores não podem pensar pela sua cabeça nem podem manifestar-se contra o que julgam que está profundamente errado, e que ainda pensa que se alcança maior produtividade sem salários justos e sem direitos laborais que nos têm sido cortados devido à má redistribuição da riqueza num Portugal cada vez mais desigual e injusto.
O descontentamento social pode não ficar por aqui, e não saímos desta crise com estas receitas de ataque aos rendimentos do trabalho e aos direitos sociais, que é a que está a ser seguida nos últimos vinte anos.
quarta-feira, novembro 24, 2010
segunda-feira, novembro 22, 2010
CONTABILIZEM BEM
Já todos pudemos ler ou ouvir quanto é que pode custar uma Greve Geral por dia, e já tivemos números para todos os gostos. Já apanhei um boy do PS que escreveu para um jornal, passando-se por um cidadão qualquer, dizendo que esta greve é de alguns trabalhadores contra outros.
Nestas ocasiões é preciso ter alguma cabeça fria para não se dizerem uns quantos palavrões contra esta gente que se acha acima da crítica e que continua a pensar que o protesto e a greve não deviam ser permitidos.
Quem contabiliza agora os prejuízos de um dia de greve, esqueceu-se de contabilizar os custos da Cimeira da Nato, não apenas nos custos directos, mas na perturbação do tráfego aéreo, e nas perdas do turismo e do comércio, na tolerância de ponto, e nas restrições do tráfego terrestre da capital.
Contabilizam-se os prejuízos duma greve na economia, mas quem a faz com convicção contabiliza os inúmeros erros da governação que caiem sempre sobre os rendimentos do trabalho. È muito simples meus amigos, a Greve Geral é contra quem nos governou mal durante estas últimas décadas, e agora nos vem cobrar a factura dos seus actos.


domingo, novembro 07, 2010
quinta-feira, março 04, 2010
RAPIDINHAS
Processo negocial – É curioso que o governo alegue que a greve dos funcionários públicos tem contornos políticos porque, segundo o governo, estava ainda em curso o processo negocial. Ficou por dizer que o processo negocial está fechado no que respeita aos pontos que justificam a greve, nomeadamente os aumentos (congelamento), e as medidas penalizadoras das aposentações (antecipadas 3 anos). Seriedade é o mínimo exigível aos governantes, e a afirmação de que o processo negocial estava ainda em curso não é rigorosa, atendendo aos motivos que levaram a esta greve, concorde-se ou não com ela.
O insulto de Zeinal Bava – O presidente executivo da PT considera que é um “insulto” dizer que a PT foi instrumentalizada no alegado negócio da compra da TVI, já que o mesmo não foi discutido ao mais alto nível dentro da PT. Eu acho que o senhor Zeinal Bava está a insultar a inteligência dos portugueses porque as suas declarações em Junho de 2009, exactamente sobre este caso, provam que ele conhecia o negócio (entretanto inviabilizado). A menos que o presidente executivo da empresa não seja um dirigente de alto nível, as suas declarações são incompreensíveis.
Nana Mouskouri – A cantora grega que já foi eurodeputada renunciou à pensão que recebia pelo cargo que ocupara, pelo menos até o país sair da crise em que se encontra. Diz a cantora que é “um dever para com a minha pátria”. Por cá temos umas boas centenas de políticos e ex-políticos que acumulam pensões pelos cargos que ocuparam, com outras reformas ou remunerações do trabalho que desenvolvem, e que se saiba não houve um só que tivesse dado um exemplo destes. Os sacrifícios são sempre para os mesmos, e de cima nunca vem qualquer bom exemplo.