A teoria do bom aluno defendida e seguida pelo governo de Passos Coelho está a revelar-se um enorme erro a cada dia que passa.
Nesta quadra dos Santos Populares, não há santinho nenhum que ajude o 1º ministro a explicar satisfatoriamente aos portugueses que o caminho seguido está correcto e que a oposição é que está enganada.
Começando pela execução orçamental, que apresenta um buraco colossal, em que o aumento de impostos deu em menos receitas, até às manifestações a cada saída dos ministros dos respectivos gabinetes, tudo tem corrido mal para o executivo. As manifestações contra o governo sucedem-se e têm tendência para se multiplicar.
Mas não bastam os sinais vindos cá de dentro, porque da União Europeia veio a pior notícia para o “aluno exemplar”, ao criar para a Espanha e para a Itália condições de financiamento e recapitalização, muito diferentes das que nos foram impostas.
A Europa tem respostas diferenciadas para os países maiores e para os países de menores dimensões. A solidariedade não é igual para todos e o “aluno exemplar” é afinal o “idiota útil” de quem mexe os cordelinhos nesta Europa dos grandes onde Portugal tem um lugarzito lá no fundo quintal.