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quinta-feira, novembro 08, 2018

O CAVALEIRO ANDANTE

Coitado do jornalista que se viu acusado de ter "posto as mãos" na estagiária da Casa Branca, que lhe tentou tirar o microfone, só porque Trump não gostou das perguntas dele...

sexta-feira, maio 18, 2018

MUSEUS FESTAS E REALIDADES

Somos todos favoráveis às comemorações do Dia Internacional dos Museus, e da Noite Europeia dos Museus, com o espírito de promover, junto da sociedade, uma reflexão sobre o papel dos museus, como aliás era o espírito do Conselho Internacional dos Museus quando em 1977 criou o Dia Internacional dos Museus.

As iniciativas mais fáceis são sem qualquer dúvida, a concessão de entradas gratuitas, meia dúzia de visitas guiadas, e a extensão dos horários. É tudo muito popular e não é muito popular colocar objecções, mas elas existem.

A penúria com que se debatem os museus, monumentos e palácios dependentes da DGPC, é evidente, ainda que poucos directores se atrevam a denunciar a realidade, preferindo não levantar ondas. O que devia ser feito, como exposições, investigação, melhorias na informação e na comunicação, mais conservação preventiva e muito mais, tem sido adiado e está quase esquecido nos gabinetes do poder.

Existe alguma, pouca, preocupação em, pelo menos, manter os espaços abertos ao público, quase sempre com muita falta de pessoal que assegure a vigilância dos espaços e das colecções. Não se consegue fixar pessoal nestas tarefas com as exigências necessárias de habilitações, praticando-se salários de 685 euros, e horários tão maus, que incluem sábados e domingos (sem qualquer pagamento extraordinário) e feriados. Quem aí ingressa rapidamente pede transferência ou concorre para outros serviços com horários mais decentes, e possibilidades de uma carreira.

As visitas guiadas, nestes dias de festa existem, mas experimentem solicitá-las noutros dias, especialmente aos sábados, domingos e feriados e verão a dificuldade em as obter, mesmo pagando.

Deixei para o final as Noites dos Museus, porque aí temos o inimaginável, porque os funcionários são escalados para trabalhar, a troco de tempo e não de dinheiro, quando a opção devia ser dos trabalhadores e não dos serviços, e considerando que muitos entram ao serviço às 9h30m, só estarão livres depois das 24 horas, sendo que se terá de apresentar ao serviço no dia seguinte às 9h30m. Note-se que nem faço contas aos tempos de deslocação entre a residência e o local de trabalho.


Os senhores directores dos serviços (pelo menos alguns), e a direcção da DGPC, não podem argumentar com o desconhecimento da Lei, mas insistem nesta prática , o que é lamentável.    


quinta-feira, fevereiro 01, 2018

POR FALAR EM DISCRIMINAÇÃO



Numa altura em que se fala tanto em discriminação, de género, de cor, de raça, religiosa e sei lá mais de quê, muitas vezes nem damos pela discriminação que nos está mais próxima e à qual nem atribuímos qualquer importância, apenas porque sempre existiu.


Hoje mesmo os funcionários de um serviço público foram impedidos por um soldado da GNR de estacionar no parque que usam todos os dias, que apenas disse que o parque estava fechado, sem mais explicações. O facto não teria qualquer importância, não fosse ter sido autorizado o parqueamento a outros funcionários do mesmo serviço no tal parque interdito.


Por mero acaso soube-se que o agente tinha passado a perguntar se os funcionários eram técnicos superiores, e quem afirmasse ter tal categoria podia aceder ao parque.


Não julguem que este é um caso virgem, porque já o testemunhei pelo menos em dois outros locais, e exactamente nos mesmos moldes. Posso também dizer que há serviços em que mesmo em áreas de trabalho comuns, têm instalações sanitárias só para técnicos superiores, que naturalmente são melhores e mais próximas do que as destinadas aos restantes trabalhadores, que muitas vezes até são as mesmas do público em geral.


Devia haver um pouco mais de vergonha, porque casos destes demonstram um tratamento diferenciado (inferiorizado) a um grupo de pessoas, em razão da sua pertença a determinadas categorias profissionais, e a isso chama-se discriminação.



quarta-feira, novembro 19, 2014

E AGORA?



Como já é público a GALP e a REN decidiram não pagar a contribuição extraordinária sobre o sector energético, alegando a violação de princípios da igualdade, da capacidade contributiva e da legalidade para sustentar a sua posição.

Não sou um especialista na matéria, mas pensando bem, a mesma argumentação aplica-se à contribuição extraordinária que atingiu funcionários públicos e aposentados muito recentemente, pelo que se as Finanças não cobrarem as contribuições aplicadas à GALP e à REN, as coisas podem começar a ficar negras.

Neste caso tanto as Finanças como o Tribunal Constitucional ficam no fio da navalha, porque se estes “tubarões” “escapam” à contribuição extraordinária, o tal princípio geral da igualdade e da capacidade contributiva terá que ter aplicação universal, e então o Estado terá que devolver muito dinheiro a alguns cidadãos que já pagaram contribuições extraordinárias… 



quinta-feira, abril 03, 2014

O ENORME CUSTO DA ENERGIA

Portugal atravessa uma crise de enormes proporções que nos está a custar muito caro, e em grande parte ela foi causada por más decisões de vários governos.

No campo da energia os erros são mais do que muitos, desde a privatização da EDP e da REN, passando pela regulação do mercado energético, até ao IVA que pagamos pelo consumo da energia.

O IVA da energia está em 23%, numa altura em que precisamos de produzir mais barato e em que tanto se penaliza o trabalho, o que é absolutamente incompreensível.

Outra perplexidade é a do papel do regulador, porque estamos a falar dum mercado onde a competição não passa de uma piada. Todos nos perguntamos como é que continua a existir um défice tarifário monumental, sabendo-se que apesar de cerca de 80% da energia estar a resultar das energias alternativas, sobretudo da hídrica, os preços não aliviaram relativamente ao ano anterior, pelo contrário.


Se algum governo quisesse dificultar o crescimento do país e ao mesmo tempo gostasse de infernizar a vida dos cidadãos, bastava copiar o que tem sido feito em Portugal.

sábado, junho 16, 2012

INADMISSÍVEL


O jornal alemão pediu aos gregos para resistirem à demagogia do Syrisa, e apelou ao voto no Nove Democracia, porque só votar em forças que aceitam as condições do resgate é que a Grécia pode continuar no euro… 
 - * -
Fazer um editorial neste termos, em alemão e em grego, poucos dias antes das eleições na Grécia, é simplesmente uma provocação, para não dizer um insulto a todo um povo. Sabemos que a Alemanha não gosta de ser contrariada nas suas posições, mas todos os povos são soberanos para decidir o seu futuro, sem serem chantageados desta forma infame. 

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Escada by Palaciano

sexta-feira, maio 18, 2012

DISCURSO PARA ANJINHOS

O senhor ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, veio a terreiro congratular-se com a redução da factura energética que o seu governo terá conseguido, e acabou por deixar mais dúvidas do que certezas aos consumidores portugueses. 

Logo no anúncio feito no Parlamento o senhor ministro foi questionado pela oposição sobre o seu feito, que na verdade ficou muito abaixo das expectativas do próprio ministério, que tinha já revelado que as rendas excessivas eram bastante mais altas, o que originou a demissão do responsável pelo estudo. 

Sem respostas claras do ministro Álvaro, sobre a repercussão deste corte na factura dos clientes, tanto domésticos como industriais, o anúncio esvaziou-se, pelo menos no que concerne à opinião pública. 

O facto talvez mais caricato das declarações públicas do senhor ministro foi talvez o de dizer que “a contribuição da EDP é muito significativa” nesta redução das rendas excessivas. Álvaro Santos Pereira não é um anjinho, e sabe bem que a EDP nada mais fez do que renunciar a lucros injustificados e portanto abusivos, que se tem aproveitado de contratos altamente lesivos do interesse público e que deviam ser investigados. 

Os portugueses começam a estar fartos de entidades como a EDP e outras concessionárias de serviços públicos, que se têm aproveitado de condições lesivas do interesse público, negociadas por governantes que deviam ser julgados por não saberem defender os cidadãos e o erário público. 

Empresas dessas não têm contribuições significativas para a sociedade, antes parasitam-na sem qualquer sentido de serviço público, apenas interessadas no lucro a qualquer preço.

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terça-feira, outubro 04, 2011

DESCONTAR PARA QUÊ?

Nos últimos anos temos vindo a constatar que vão aumentando os custos da educação, da saúde, da justiça e dos transportes públicos, enquanto os salários reais se vão deteriorando e os impostos e outras taxas vão subindo.

Os cidadãos vão ficando mais pobres (a grande maioria) e os governos vão-nos sobrecarregando cada vez mais. Querem fazer-nos crer que os serviços também vão melhorando, mas a verdade é que com os cortes que estão a sofrer isso não acontece, por muito que queiram bater nessa tecla.

O que começa a estar em causa é exactamente a razão porque pagamos impostos. Era suposto utilizar o dinheiro dos impostos para satisfazer aquilo para que foram criados, mas isso não é exactamente verdade, pois não?

Porque é que o dinheiro dos nossos impostos não vai para onde deve ir e é encaminhado para cobrir erros dos políticos e para cobrir buracos causados por má gestão de muita gente que por isso não é responsabilizada?

Porque é que temos que pagar a saúde nos impostos e voltamos a pagar em cada acto médico? Porque pagamos impostos sobre os combustíveis e de circulação e temos que pagar as portagens? Porque pagamos cada vez mais impostos e temos cada vez mais, direito a menos?



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sexta-feira, junho 26, 2009

RAPIDINHAS

Inacreditável 1 – Chegou-me a notícia de que agora os museus e palácios dependentes do IMC, vão estar abertos até no feriado municipal, passando a ficar encerrados apenas no domingo de Páscoa, 1º de Maio e 25 de Abril. Num ministério com um orçamento que não dá para nada, o que até José Sócrates admite, esta medida aumenta significativamente o défice dos serviços. Para que se entenda o que afirmo, pela manhã as entradas são grátis e no período da tarde não se arrecada verbas nem para a água e luz. Fiquei também a saber que, mesmo sem horários de trabalho, os antigos guardas de museu (hoje assistentes técnicos) vão trabalhar este ano por metade da verba que recebiam no ano anterior, ou na maioria dos casos serão contemplados com uma compensação de um dia quando for conveniente ao serviço. Justificação para esta instrução da compensação em tempo – falta de verbas.

Inacreditável 2 – José Sócrates afirmou que desconhecia completamente o negócio em curso entre a PT e a Prisa, alegando que a PT tinha a liberdade de negociar sem o conhecimento do Governo. Todos receberam a explicação com um sorriso, e até foram poucos os que recordaram o caso Marcelo Rebelo de Sousa, também relativo à TVI. É conhecida a simpatia que o senhor 1º ministro tem pela TVI, aliás bem expresso quando respondeu ao assunto no Parlamento. Por tudo o que escrevi antes, acho que o senhor Moniz tem assegurado o lugar caso o PS venha a formar governo, porque a sua saída iria dar brado, caso acontecesse este ano ou mesmo no ano que vem. Ninguém ia acreditar no que Sócrates disse agora.



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Шепс

baskius

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Raed Khalil

Raed Khalil

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PRÉMIOS

Recebi de amigos estes dois prémios, o que obviamente agradeço do coração, e como não consigo, nem pretendo escolher entre os meus leitores, deixo aqui estes dois selos para os meus leitores que bem os merecem, e que os podem levar caso seja essa a sua vontade.

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

CUIDADO COM AS PALAVRAS


Há algum tempo atrás ficou-nos na memória a ameaça de um tal Coelho, então com grande influência no PS, que afirmava que quem se mete com o PS, leva, e isso causou algum mau estar no meio político pelo excesso de linguagem de quem tinha responsabilidades políticas.

O tempo passa mas os tiques pelos vistos não se alteram assim tanto, e agora temos outro político, também este do PS, que adora malhar nos adversários políticos.

Com políticos desta têmpera, começo a temer que a política esteja reservada a gladiadores, e que as coisas entre eles se resolvam à pancada. Esta imagem é naturalmente exagerada, mas o discurso é também ele impróprio de uma sociedade dita democrática, num Estado de direito que todos desejamos que Portugal seja.

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Modern Kitchen by capsat

Bedroom by capsat
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Efeito Pinócrates por Henrique Monteiro