Ao ouvir os anúncios na comunicação social, da reunião (penso que segunda-feira) do Presidente da Liga de Clubes de Futebol Profissional com a equipa de coordenação da Gripe A no Ministério da Saúde, estive à beira de um ataque de riso, porque finalmente deixei mesmo de perceber o que são grupos de risco.
Já ouvimos dizer que os bombeiros não fazem parte dos grupos de risco anunciados, mas em contrapartida os políticos arranjaram lá uma vaga, bem como as forças da ordem, não vá haver quem resolva contestar os critérios anunciados.
Comecei pelo futebol, mais concretamente pelos jogadores, porque me pareceu que são tudo menos um grupo de risco, pelo menos os representados pelo senhor Hermínio Loureiro, e podia dar uma achega e citar os profissionais de turismo, tanto os da indústria hoteleira como da restauração ou os próprios guias turísticos, ou então o pessoal de bordo da nossa companhia aérea, os que estão aos balcões de atendimento em terra, o pessoal dos monumentos e museus mais visitados, para nomear apenas alguns com mais probabilidades matemáticas e reais de contraírem a Gripe A por contágio por pessoas chegadas do estrangeiro.
Por acaso quem faz viagens a estrangeiro também faz parte dos grupos de risco? Serão atendidos antes dos que não saíram do país?
Senhora ministra, elucide os autóctones sobre os tais grupos de risco, ou então proíba que se fale neles, porque quando as coisas aquecerem, vai ser uma confusão medonha, e o que é preciso é ter resposta pronta para atender quem estiver doente e quem corra o risco de ficar doente, que serão todos (excepto os que já foram infectados com esta estirpe).
Adenda – Há uma pergunta que tem surgido em conversas de café e que não teve resposta ainda que se prende com o facto de se ter esgotado o Tamiflu nas farmácias. Estes antiviral só devia poder ser adquirido mediante receita médica e só é aconselhado a quem possa ter corrido o risco de entrar em contacto com algum sujeito comprovadamente infectado, o que deixa em aberto a pergunta pertinente de saber se o stock existente era manifestamente pequeno, ou se o medicamento está a ser receitado sem controlo, correndo-se então outros riscos que se prendem com a resistência do vírus ao medicamento. Não foi possível obter respostas concretas apesar de alguns esforços junto de autoridades na matéria.