De amor nada mais resta que um Outubro
e quanto mais amada mais desisto:
quanto mais tu me despes mais me cubro
e quanto mais me escondo mais me avisto.
E sei que mais te enleio e te deslumbro
porque se mais me ofusco mais existo.
Por dentro me ilumino, sol oculto,
por fora te ajoelho, corpo místico.
Não me acordes. Estou morta na quermesse
dos teus beijos. Etérea, a minha espécie
nem teus zelos amantes a demovem.
Mas quanto mais em nuvem me desfaço
mais de terra e de fogo é o abraço
com que na carne queres reter-me jovem.
Natália Correia
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FOTOGRAFIA
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CARTOON
6 comentários:
O soneto todo soneto, duas mulheres na estrada e os três porquinhos. Sendo eu um dos três, dispenso o soneto.
Um abraço pró soneto
Gosto de Natália Correia, embora este poema seja muito diferente de tudo o que conhecia dela.
Mulheres à boleia, não precisam andar nuas. A maioria dos homens não resiste a umas pernas bem torneadas, não precisa ver o resto, rsrsrs.
Um abraço e tudo de bom
Cuidado com os despistes nas curvas, meu!
Lol
AnarKa
O amigo já as levou ou ainda há alguma donzela à procura de boleia? :)
Olá...Não suporta e tem muita razão! Eu também não!!!... As viagens fazem-se também, para agradar a outrem... È o caso desta. Mas na varanda do camarote estava-se bem. Até dava para fazer meditação. Depois, as saídas mostravam alguns lugares interessantes. Os livros davam igualmente uma ajudinha. Mudando de tema, gostei sempre de Natália e tive oportunidade de estar ao vivo com ela.
lol...
o cartoon...
e as fotos são bem intensas...
boa semana!!!
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