sábado, outubro 29, 2016

D. AFONSO VI

A vida do infeliz D. Afonso VI não foi agradável, e os seus últimos dias são passados no cárcere no Paço Real de Sintra.

Imagens de Roque Gameiro

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sexta-feira, outubro 28, 2016

MUDANÇAS E IMAGINAÇÃO

O Palácio da Vila de Sintra alterou-se muito durante os séculos de uso, por isso hoje temos um palácio sem muros defensivos, já não existe um portão de entrada, e na parte fronteira já não existem as casas de pessoas ligadas ao funcionamento e defesas do paço.

As mudanças foram muitas mais, e algumas resultantes de terramotos e outra razões mais ou menos conhecidas. Conhecem-se imagens que são fidedignas e outras que podem resultar da imaginação de alguns artistas, como deve ser o caso deste painel de azulejos, ainda hoje existente noutro monumento da mesma zona.
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quarta-feira, outubro 26, 2016

CARREIRAS CONGELADAS



O governo de António Costa não pode vir dizer agora que promete identificar prioridades para descongelamento de carreiras da Função Pública, porque o congelamento foi decretado para todos ao mesmo tempo.

Neste momento todos os funcionários que estavam ao serviço em 2010, já deviam ter subido de escalão, a menos que tivessem tido classificação que o impedisse. Falar em prioridades quando a realidade é esta, é no mínimo, discriminação, e note-se que ela já existe relativamente às forças armadas e às forças da ordem.

Criar diferenciação de tratamento não é um caminho aconselhável, a menos que se queira que os não contemplados se rebelem e digam aos beneficiados que trabalhem eles, pois foram considerados “os prioritários”.

Durante estes anos de congelamento já foram perdidos mais de 10% dos rendimentos do trabalho dos funcionários públicos, e isso tem um peso muito grande, especialmente nos que auferem os salários mais baixos.



segunda-feira, outubro 24, 2016

EQUÍVOCOS MUITO COMUNS

Um dos erros mais comuns, cometido por guias turísticos e não só, é o de classificarem as salas de palácios com séculos de História, apenas pelo mobiliário lá existente, ou porque essa é a versão mais conhecida para descrever o espaço.

É sabido que com o passar do tempo, e com a ocupação ocasional por parte do diferentes reis, a utilização foi mudando, e o que aconteceu quando se decoraram os palácios para os adequar à visitação, houve que fazer opções, e essas são apenas da responsabilidade de quem o fez, e essas opções vão mudando conforme a vontade dos responsáveis dos palácios, o que pode resultar em muitas confusões e muitas questões, por vezes até muito pertinentes.

Nas fotos abaixo estão apenas dois exemplos. o primeiro do Palácio Nacional de Sintra, e o segundo do Palácio Nacional de Mafra, mas existem mais exemplos. 
Sala de Jantar Real 1936
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Quarto de D. Sebastião (actualidade)

S. Jantar Mafra (finais do séc.XX)


Sala da Caça 2016

Sala de Jantar 2016

sábado, outubro 22, 2016

SATISFAÇÃO NO TRABALHO

"A verdadeira motivação vem de realização, desenvolvimento pessoal, satisfação no trabalho e reconhecimento."

Frederick Herzberg

Hoje visitei antigos colegas no seu local de trabalho, e na pausa do almoço pude verificar que estavam desencantados com o trabalho, que a má organização os desmoralizava e que não sentiam qualquer prazer no que faziam, nem viam nada de bom para o seu futuro naquele trabalho.

A falta de uma chefia com objectivos claros, de coordenadores com autoridade e com tacto para lidar com pessoas, e a incapacidade para formar equipas, tudo aliado a maus salários, péssimos horários e tarefas desmotivantes, resultam nisto.

«FOTOGRAFIA»
Sala de Jantar By Palaciano (*)

quinta-feira, outubro 20, 2016

A NOSSA COMUNICAÇÃO SOCIAL

Sou um leitor diário de jornais, em papel e electrónicos, assisto a telejornais televisivos, e quando conduzo estou atento à rádio, mas confesso que estou desencantado com a nossa comunicação social.

Esta semana discute-se o Orçamento de Estado para 2017, e parece que as atenções são desviadas para assuntos que tendo a sua importância relativa, não deviam preencher mais espaço do que o OE, pois este atinge a vida de todos nós.

O caso da caça ao homem que está em curso, as eleições americanas, as trapalhadas de Rocha Andrade e a guerra no Iraque, merecem tanto ou mais tempo do que aquilo que nos vai influenciar a vida no próximo ano.

Não sei as razões desta inversão de prioridades, porque embora o jornalismo a sério seja uma raridade, a propriedade dos meios de comunicação social pode, de certo modo, condicionar o seu trabalho, quer pelos baixos salários praticados, ou pela precariedade dos postos de trabalho, ou eventualmente pela linha editorial imposta pelo patronato.

Não sei virão melhores dias, mas tenho as minhas dúvidas.  

terça-feira, outubro 18, 2016

CHUCK BERRY - 90 ANOS

Charles Edward Anderson Berry nasceu em St. Louis a 18 de outubro de 1926

Chuck Berry by Azendron

segunda-feira, outubro 17, 2016

sábado, outubro 15, 2016

VAI SER UM FOGUETÓRIO


Os funcionários públicos estão radiantes, porque já vão para o 8º ano sem qualquer aumento salarial, pelo contrário, e agora são contemplados com um aumento diário de 25 cêntimos de subsídio de alimentação, o que num mês de trabalho, sem férias, pode resultar na simpática quantia de 5 euros e 50 cêntimos, qualquer coisa como cinquenta e poucos euros anuais. Vai ser uma festa este aumento, que segundo diz o governo até é acima da inflação. Formidável

quinta-feira, outubro 13, 2016

TIROS NOS PÉS

O orçamento de Estado para 2017. Por proposta do Governo, deverá prever o aumento acima da inflação para as pensões até 846 euros, o que merece a concordância de quase todos, os que sabem que, abaixo deste patamar já é difícil sobreviver com dignidade.

O Governo parece contudo ignorar que na mesma proposta de OE, pretende manter congelados os ordenados da função pública, e que há muita gente que ganha quantias abaixo deste valor, e que no seu conjunto os fp estão com os salários congelados desde 2009. Saberão os senhores ministros que há fp a ganhar o actual salário mínimo?

O anterior executivo, o de Passos Coelho, fez dos fp os maus da fita, e até acicatou a opinião pública contra eles, e este executivo, mesmo com falinhas mansas acaba por trilhar o mesmo caminho, tentado passar entre os pingos da chuva.


Com salários congelados, promoções igualmente congeladas, e com subsídios de alimentação no valor exorbitante de 4,27 euros, o futuro do executivo não nos parece ser promissor.

terça-feira, outubro 11, 2016

O NOBEL E A TEORIA DOS CONTRATOS

É absolutamente curioso que o Nobel da economia tenha sido atribuído a uma dupla que desenvolveu a Teoria dos Contratos, que segundo dizem os especialistas, é um campo de pesquisa fértil.

No fundo o que estes dois teóricos acabam por dizer é que quando se pode quantificar bem o desempenho de cada funcionário, é vantajoso criar incentivos contratuais (prémios), já quando o resultado do desempenho depende do trabalho duma equipa, então deve ser contratualizado um salário fixo. Lá, entre linhas, também se pode descortinar o princípio de que, os contratos não podendo prever tudo o que possa vir a acontecer, devem ser concebidos para assegurar que ambas as partes tomam decisões mutuamente benéficas.

Claro que não podemos desprezar o afinco destes laureados, mas sabemos todos muito bem que os prémios são sempre para os altos gestores, nunca para os restantes trabalhadores, e que os contratos beneficiam mais os interesses dos patrões do que os dos trabalhadores, e que o Estado cada vez menos defende os mais fracos e vulneráveis.


Dois Nobel para chegar a estas conclusões? Talvez seja um grande avanço para um grupo que estamos habituados a ver falhar em todas as previsões que vão fazendo…  


domingo, outubro 09, 2016

OS SARAIVAS DESTE PAÍS

Uma das coisas que está em discussão neste momento é o valor do ordenado mínimo nacional (SMN) que irá vigorar no ano de 2017, e parece que os problemas andam por aí.

António Saraiva, o representante da CIP, reconhece que o SMN de 530 euros é baixo, e que é preciso acabar com a política de baixos salários, mas diz que os patrões não estão em condições para o aumentar para 557 euros, que é o valor que está sobre a mesa.

Portugal é um país onde as desigualdades são gritantes, mas o patronato não consegue acomodar um aumento de 27 euros para quem ganha o SMN? Claro que é possível, e até seria desejável numa sociedade mais justa.

Ouvir um qualquer Saraiva a falar de desemprego e de baixa natalidade, e depois falar em obter vantagens em custos de contexto e na baixa da TSU, enoja qualquer um.

Como dizia um grande professor meu, que o regime anterior obrigou a ir para as então colónias: “o importante é lutar pelo bem da comunidade, porque assim se garante o futuro de cada um, independentemente dos acasos da vida”.


Os Saraivas deste país deviam deixar de olhar apenas para o seu umbigo e aprenderem com as melhores empresas e com os países mais ricos, e não acenarem com a concorrência do 3º mundo, porque não é por aí que queremos ir. 


quinta-feira, outubro 06, 2016

A CRÍTICA E OS DESLUMBRADOS

A propósito da inauguração do MAAT, um novo museu que é uma obra vistosa, como já tinha acontecido com o novo Museu dos Coches, outra obra vistosa, o tema de conversa no sector da Cultura, e não só, anda mais em redor da imponência das obras do que das colecções que eventualmente possam vir ser, ou já lá estejam a ser exibidas.

A arquitectura dos edifícios e o seu custo são sempre discutíveis, mas não se julgue que estamos perante um problema de hoje, porque já antes isso acontecia em Portugal.

Recordemos Antero de Quental sobre o Palácio de Mafra: «…lúgubres moles de pedra, que se chama Escorial de Mafra, para vermos que a mesma ausência de sentimento e invenção, que produziu o gosto pesado e insípido do classicismo ergueu também as massas compactas e friamente correctas na sua falta de expressão da arquitectura jesuítica. Que triste contraste entre essas montanhas de mármore, com que se julgou atingir o grande, simplesmente porque se fez o monstruoso, e a construção delicada, aérea, proporcional e, por assim diser, espiritual, dos Jerónimos, da Batalha, da catedral de Burgos.».


Goste-se ou não, e eu sou insuspeito por já ter publicado comentários menos abonatórios sobre o Museu dos Coches, a verdade é que só nos resta exigir que estes edifícios funcionem o melhor possível.


terça-feira, outubro 04, 2016

OS QUE NÃO CUMPREM MAS DIZEM SER SÉRIOS

Nesta coisa de impostos há quem tenha que pagar a tempo e horas os impostos devidos, que é a maioria dos dos cidadãos, e depois há os que se escudam em gabinetes de advogados, e que fogem o mais que podem, sempre através das malhas da lei e com o recurso aos estratagemas mais rebuscados, mas sempre alegando uma seriedade e inteligência superior. Isso irrita-me!


domingo, outubro 02, 2016

A ESPERTEZA SALOIA NA POLÍTICA

Fala-se muito de Donald Trump, um candidato bronco à presidência dos EUA, porque não acerta uma em política interna, e na externa. Os contornos xenófobos no que respeita aos estrangeiros e o belicismo nas relações externas, mostram claramente a falta de preparação do candidato, ao lugar a que se candidata num país que tem um poder militar e económico que não se pode negligenciar.

O que Trump acha que é ser um sinal de esperteza, é fugir aos impostos contornando as leis, ainda que usando argumentos legais, mas pouco éticos. Nos EUA isso é considerado por muitos uma proeza, mas por cá acontece exactamente o mesmo, porque fugir aos impostos é uma glória que se exibe orgulhosamente em conversas de café, ainda que não se queira admitir publicamente.

Portugal tem muita esperteza saloia, não só na fuga de impostos, que é generalizada no sector privado, mas também na exploração descarada do factor trabalho, como se pode ver pelas recentes declarações do presidente da CIP, que demonstram que o aumento do salário mínimo não é problema, o problema do patronato é a revisão das leis laborais, que lhes permitem actualmente explorar “legalmente” quem trabalha.


O país necessita de políticas e de políticos inteligentes, não de políticos e de gente “esperta”, porque esses não nos levam a lado nenhum.  Será que você é um Trump português?