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sexta-feira, dezembro 14, 2018

IMIGRAÇÃO OU IMPORTAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA BARATA?


O caso da greve dos estivadores, que se resolveu num ápice após um ultimato da VW, mostra bem que muitas das soluções para os diferendos laborais, passam apenas pelo interesse imediato de quem tem o poder, que é como quem diz, o poder do dinheiro.

Uns patrões manhosos cá do burgo, e os mediadores governamentais, com um incentivo alemão, conseguiram o milagre de solucionar um problema que parecia insolúvel.

Para alguns, terá passado despercebido o facto de o poder de compra dos portugueses estar pior do que antes da crise, porque a propaganda insinua o contrário, e também é pouco conhecido o facto de se estar a importar mão-de-obra barata (quase escrava), especialmente para a agricultura e para a construção civil.

Infelizmente é este o panorama actual dum país dito civilizado, com um governo do partido socialista. Será que os deputados que sustentam este executivo já pensaram que estão a pactuar com estas situações, e a defraudar os portugueses? E a dita oposição porque é que não faz barulho com esta realidade?


The Japan Times

terça-feira, março 06, 2018

TRABALHO E MÁ ORGANIZAÇÃO



Temos assistido, e lido, a ataques destemperados a quem trabalha, com argumentos como os de que trabalhamos poucas horas, temos muitas férias, ou que existem demasiados feriados, fazendo crer que os problemas de baixa produtividade, e baixa competitividade, residem nos trabalhadores.

O contraponto está no reconhecimento nos países estrangeiros, da qualidade dos trabalhadores portugueses, bem como da sua competência e diligência.

Claro que a realidade é sempre mais forte do que a mentira, por muito que esta seja repetida. Os portugueses estão muito dos dias de férias em vigor nos países mais desenvolvidos da Europa, também trabalham mais horas e ganham bastante menos.

Importa reflectir então como é que com esta realidade temos resultados tão fracos em termos de produtividade e de competitividade, e aí há que colocar algumas questões:

 - Será que as empresas declaram a totalidade do que produzem e do que ganham com o que produzem?
 - Quanto investem os empresários/empresas portuguesas em inovação ou actualização comparativamente com os seus rivais estrangeiros?
- Qual o grau de satisfação dos trabalhadores em Portugal e como comparam com os seus congéneres do mercado europeu?
- Estão as empresas nacionais dispostas a dar formação aos seus funcionários ou a apoiar as universidades e politécnicos para formar melhores profissionais?

Por vezes é bom saber o porquê das coisas, ainda que não seja muito popular colocar estas questões… A culpa nunca é do porteiro...


Acorda, pá!

sexta-feira, fevereiro 23, 2018

MAFRA E SARAMAGO



Uma das notícias do dia de hoje citava um estudo a publicar em breve segundo o qual “Mafra promove-se pouco através de Saramago, 20 anos depois do Nobel”.

Eu serei de algum modo suspeito ao dar a minha opinião, porque não gosto da escrita de Saramago, apesar de ter tido que ler dois livros do escritor, exactamente os que de algum modo estão ligados a Mafra, O Memorial do Convento e também O Ano da Morte de Ricardo Reis, este último que alguns tentam ligar ao primeiro estabelecendo paralelos que acho disparatados, mas enfim.

Sendo certo que apenas tenho uma opinião baseada no gosto, e que Saramago foi agraciado com o Nobel da literatura reduzo-me à minha insignificância e aceito que muitos possam pensar de modo diferente.

O que me parece exagerado é que se fale na falta de promoção de Mafra apenas através de Saramago, quando na realidade não existe nenhuma promoção de Mafra, ponto final. Creio que na matéria de promoção muito se podia fazer com desdobráveis em várias línguas a ser distribuídos no aeroporto, nos rent-a-car, nos hotéis, nas companhias aéreas e agências de viagens, para citar apenas alguns locais chave.

Uns vídeos promocionais para consumo interno e para oferecer a companhias de transporte aéreo e para oferta a cadeias de televisão estrangeiras, bem como o convite a agentes de viagens, a editores de guias turísticos de grande difusão, a jornalistas de grandes jornais e revistas com méritos na área de promoção de viagens e turismo, também não são de descartar.

Uma acção de sensibilização de operadores turísticos nacionais e estrangeiros, salientando a facilidade de deslocação de Lisboa ou Cascais e as boas vias de comunicação (não saturadas de trânsito), e as facilidades de estacionamento junto ao Palácio/Convento. Percursos diversificados de visita ao Real Edifício, adaptados à realidade dos operadores turísticos e dos visitantes espontâneos.

A recuperação do edifício, a limpeza das estátuas, o arranjo dos carrilhões, a manutenção dos órgãos (que se mostram “cansados”) e também uma melhor informação para os visitantes nos diversos suportes conhecidos, eram também bem recebidos. Fora do monumento identificar outros pontos de interesse, sejam eles na restauração ou nos serviços que tenham qualidade também ajudavam.

Se a tudo isto se acrescentar a obra e o Nobel de Saramago, nada tenho a objectar, ainda que não considere que só por si ela seja uma mais-valia que dispense a promoção da sua montra principal – o Palácio/Convento e Basílica de Mafra.    



sábado, outubro 22, 2016

SATISFAÇÃO NO TRABALHO

"A verdadeira motivação vem de realização, desenvolvimento pessoal, satisfação no trabalho e reconhecimento."

Frederick Herzberg

Hoje visitei antigos colegas no seu local de trabalho, e na pausa do almoço pude verificar que estavam desencantados com o trabalho, que a má organização os desmoralizava e que não sentiam qualquer prazer no que faziam, nem viam nada de bom para o seu futuro naquele trabalho.

A falta de uma chefia com objectivos claros, de coordenadores com autoridade e com tacto para lidar com pessoas, e a incapacidade para formar equipas, tudo aliado a maus salários, péssimos horários e tarefas desmotivantes, resultam nisto.

«FOTOGRAFIA»
Sala de Jantar By Palaciano (*)

segunda-feira, junho 08, 2015

TRABALHO, MOTIVAÇÃO E SATISFAÇÃO



Depois de muitos anos em posições de liderança de equipas aprendi e pratiquei muitas coisas que, quase sempre, foram encaradas pelas altas chefias com muita desconfiança. Uma das razões que mais os incomodava era que eu não aceitava que os trabalhadores é que se tinham que adaptar à empresa, porque considero isso como uma limitação à criatividade e à inovação.

Não consigo imaginar duas ou três dezenas de indivíduos, de diferentes idades, com formações diferentes, com feitios diversos e com diferentes experiências, possam pensar todos do mesmo modo. 

Pelo contrário acho que às lideranças cabe estabelecer claramente os objectivos, acompanhar de perto o grupo dando toda assistência necessária para a ultrapassagem dos problemas, e fazer sentir a cada um a sua importância dentro do grupo.

Lamento que ainda haja muita gente que ache que se deve forçar as pessoas a um procedimento, comportamento e modo de trabalhar absolutamente igual, não respeitando a sua diversidade e não deixando espaço para a sua criatividade, que muitas vezes podia vir a ser preciosa.    



quinta-feira, fevereiro 02, 2012

TRABALHO

Poeminha sobre o Trabalho

Chego sempre à hora certa,
contam comigo, não falho,
pois adoro o meu emprego:
o que detesto é o trabalho.

Millôr Fernandes, in "Pif-Paf"



FOTOGRAFIA
O Caminhante by David Caballero