É absolutamente curioso que o Nobel da economia tenha sido atribuído a uma dupla que desenvolveu a Teoria dos
Contratos, que segundo dizem os especialistas, é um campo de pesquisa fértil.
No fundo o que estes dois
teóricos acabam por dizer é que quando se pode quantificar bem o desempenho de
cada funcionário, é vantajoso criar incentivos contratuais (prémios), já quando
o resultado do desempenho depende do trabalho duma equipa, então deve ser
contratualizado um salário fixo. Lá, entre linhas, também se pode descortinar o
princípio de que, os contratos não podendo prever tudo o que possa vir a
acontecer, devem ser concebidos para assegurar que ambas as partes tomam
decisões mutuamente benéficas.
Claro que não podemos desprezar o
afinco destes laureados, mas sabemos todos muito bem que os prémios são sempre
para os altos gestores, nunca para os restantes trabalhadores, e que os
contratos beneficiam mais os interesses dos patrões do que os dos
trabalhadores, e que o Estado cada vez menos defende os mais fracos e
vulneráveis.
Dois Nobel para chegar a estas
conclusões? Talvez seja um grande avanço para um grupo que estamos habituados a
ver falhar em todas as previsões que vão fazendo…
1 comentário:
Gostei de que fossem estes os laureados
Como diz, os prémios e condecorações são para os gestores - nem que façam falir empresas.O desemprego é para os outros funcionários :(
Bom resto de semana
Enviar um comentário