domingo, outubro 09, 2016

OS SARAIVAS DESTE PAÍS

Uma das coisas que está em discussão neste momento é o valor do ordenado mínimo nacional (SMN) que irá vigorar no ano de 2017, e parece que os problemas andam por aí.

António Saraiva, o representante da CIP, reconhece que o SMN de 530 euros é baixo, e que é preciso acabar com a política de baixos salários, mas diz que os patrões não estão em condições para o aumentar para 557 euros, que é o valor que está sobre a mesa.

Portugal é um país onde as desigualdades são gritantes, mas o patronato não consegue acomodar um aumento de 27 euros para quem ganha o SMN? Claro que é possível, e até seria desejável numa sociedade mais justa.

Ouvir um qualquer Saraiva a falar de desemprego e de baixa natalidade, e depois falar em obter vantagens em custos de contexto e na baixa da TSU, enoja qualquer um.

Como dizia um grande professor meu, que o regime anterior obrigou a ir para as então colónias: “o importante é lutar pelo bem da comunidade, porque assim se garante o futuro de cada um, independentemente dos acasos da vida”.


Os Saraivas deste país deviam deixar de olhar apenas para o seu umbigo e aprenderem com as melhores empresas e com os países mais ricos, e não acenarem com a concorrência do 3º mundo, porque não é por aí que queremos ir. 


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