sexta-feira, julho 30, 2010

A CORRUPÇÃO EM PORTUGAL

O Ministério da Justiça contestou hoje o relatório da Transparência Internacional que diz que Portugal “pouco ou nada” segue as recomendações sobre corrupção da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE).

Não sei quais foram as razões objectivas que originaram este relatório negativo por parte da OCDE, nem se terá ou não feito uma análise exaustiva, mas sei que é uma entidade independente.

O relatório em causa saiu logo depois de se saber que não havia qualquer acusação contra José Sócrates no caso Freeport, e logo depois de se ouvir uma declaração do 1º ministro que se manifestou satisfeito com a notícia, dizendo que a verdade vem sempre ao de cima.

Sei que é apenas uma coincidência temporal, mas lá que se estranha…

Termino sem vos maçar com 27 questões que não tive oportunidade de ver respondidas, por ter pressa em deixar este post pronto.

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Нимфея

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quarta-feira, julho 28, 2010

NÚMEROS DO TURISMO

O ministro Vieira da Silva parece estar satisfeito com as receitas do turismo até aos finais do mês de Maio deste ano, talvez para justificar os investimentos feitos nesta área, e as verbas consignadas pelo Estado para a divulgação do nosso turismo.

Infelizmente nem tudo são rosas neste sector e os números podem ser enganadores porque se limitam a um período que vulgarmente chamamos de época baixa. Os dados mais fiáveis são as carteiras de reservas, e mesmo aí há uma grande margem de erro.

Com os dados de que disponho, e que não são os oficiais, posso afirmar que Junho e Julho foram meses muito maus, mesmo que comparados com o ano transacto, e as projecções parecem indicar que 2010 vai ser um ano igual ou ligeiramente pior que 2009 em número de visitantes estrangeiros e em valores de negócio.

Sem uma máquina de análise estatística como o INE, eu diria que o senhor ministro é demasiadamente optimista e que vai falhar nas suas expectativas, infelizmente.



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Trombeta by Beata Bieniak

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"A Internet já era" (Prince) por Baptistão

992

sábado, julho 24, 2010

SIGILO PARA GRANDES TRAFULHAS

A obrigação de os bancos comunicarem ao fisco os juros das contas dos cidadãos é uma violação grosseira do sigilo bancário porque só pretende monitorizar efectivamente uma parte dos cidadãos e não a totalidade.

Eu compreendo que o Governo venha dizer que esta norma dispensava a audição da Comissão de Protecção de Dados, porque se calhar tinha que dizer claramente que não é por causa dos impostos que o fazia, já que a cobrança do imposto sobre os juros é da responsabilidade dos bancos, mas apenas para apanhar alguns beneficiários de apoios sociais que possam ter juros de uma qualquer conta a prazo resultante de rendimentos de melhores tempos. Temos nestas condições desempregados e até idosos, cuja vida por algum motivo se complicou nos últimos tempos.

Ao dizer-se que esta medida deriva “da legitimidade do Estado para verificar se os apoios sociais são ou não devidos”, clarifica-se exemplarmente que na mira do fisco está apenas uma pequena parte dos cidadãos, transformando esta informação num instrumento de tratamento discriminatório.

Se me permitem, porque é que se a medida é legítima não é usada para investigar o enriquecimento ilícito, ou sem suporte em rendimentos declarados? Assim talvez eu e muitos outros que criticamos esta derrogação do sigilo bancário, aplaudisse-mos a ideia das Finanças.



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O pior cego é aquele que não quer rever by Rodrigo

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segunda-feira, julho 19, 2010

O PODER DO SUBSÍDIO

A Cultura é dos sectores menos bafejados pelos dinheiros do Orçamento de Estado, mas mesmo assim consegue unir e dividir os diversos protagonistas da acção cultural, que se entregam a criar, preservar e difundir a Cultura deste país.

Ainda há pouco tempo se viu a união das pessoas da Cultura contra os cortes anunciados a meio do ano que iriam afectar o sector, mas curiosamente logo que a ministra disse que estavam garantidos os subsídios já atribuídos, se viu que os que viram satisfeitos os seus projectos se esqueceram de que muitos outros viram minguados os meios para as suas actividades, esses sim cortados sem apelo nem agravo.

Infelizmente há muitos agentes culturais que se deixam instrumentalizar com a concessão de subsídios ou por serem integrados em comitivas ministeriais, mas que pouco produzem para usufruto dos seus concidadãos. É a cultura politiqueira, mais preocupada com o seu umbigo, devoradora do subsídio, transformada em alfinete de lapela do político, qualquer que seja, que detenha o poder no momento.

Lamento que muitos que trabalham em prol da Cultura, empenhando-se a fundo nas suas tarefas, sem estarem à procura de reconhecimentos e honras, sejam traídos por verdadeiros pajens do poder instituído.

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By FrodoK

By FrodoK

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Não olhes, bichana...

domingo, julho 18, 2010

GESTÃO E AUSTERIDADE

Em 2008 foi criada a Base de dados de ADN, com pompa e circunstância, anunciando-se que seria um instrumento para diminuir os crimes por resolver em Portugal. Por ser mais uma base de dados sobre os cidadãos deste país, e por constar de elementos sensíveis, foi acolhida com muitas reservas e não conseguiu reunir consensos.

Polémicas à parte, resultantes mais do temor de possível má utilização do que qualquer outra coisa, o que interessa saber é exactamente em que ponto estamos passados dois anos. É aqui que a porca torce o rabo.

Sabe-se agora que o sistema tem exactamente 10 perfis de ADN e uma lista de 70 pedidos à espera. A estrutura existente para esta tarefa depende do Instituto Nacional de Medicina Legal e tem 30 funcionários apetrechados com 2 sequenciadores de um milhão de euros, para além do sistema informático CODIS.

Não sei se está tudo bem, porque lembro-me de dizerem que se previam recolher cerca de seis mil amostras por ano., mas um responsável veio a público dizer que “está a funcionar normalmente”. Não me soou nada bem o “não temos pressa…” e muito menos a afirmação de que o sistema “não é economicamente rentável”, e que a solução passaria por “perder o medo e liberalizar a inclusão na base, tornando-a universal e assegurando, desta forma, o princípio da igualdade”.

O senhor Corte-Real, que não sei quem é, não está numa corrida como bem diz, mas tem provas a dar aos cidadãos que pagam tudo isto, e dispensam bem a solução que ele alvitra, exactamente porque essa não é a sua função. Bem que podia ser mais comedido nas afirmações e mais esclarecedor quanto aos planos para o futuro próximo do organismo.



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By Palaciano

By Palaciano

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O estado da nação por Rodrigo

Esquerda-direita por Arash-Divanpour

sexta-feira, julho 16, 2010

O'NEILL

A Central das Frases

Alexandre O'Neill

...já te disse que são os do primeiro...
...e afinal não pudemos telefonar...
...ai nem queiras saber o engenheiro...
...se me dão licença eu vou contar...

...penses nisso era só o que faltava...
...não as outras duas é que são as tais...
...mas o senhor presidente autorizava...
...na avenida centenas de pardais...

...de facto muito inteligente...
...ó filha por aqui fazes favor...
...que veio ontem p'ra falar co'a gente...
...é mesmo lá ao fim do corredor.



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PreKrasno

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Quino

Quino

quinta-feira, julho 15, 2010

O OVO OU A GALINHA?



Um dos enigmas mais conhecidos é o clássico, “quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha”, acabou por ter uma resposta científica e séria.

A ciência existe também para desvendar segredos, e este não podia ser excepção. A análise aos ovários das galinhas concluiu que a formação dos ovos só é possível graças à proteína ovocledidin-17 presente nos animais. É portanto essencial que a galinha tenha aparecido primeiro para “fabricar” o ovo.

O Zé não duvida dos cientistas, que terão estudado muito para merecerem esse título, mas fica agora com outra dúvida resultante desta descoberta: “de onde veio a 1ª galinha?” Daqui a algum tempo talvez a ciência tenha uma resposta para a minha interrogação…

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Baked Chicken By jedmxr

quarta-feira, julho 14, 2010

CULTURALMENTE ESCLARECIDO

Depois do folhetim dos cortes orçamentais na Cultura, penso que devidos ao PEC, eis que a senhora ministra veio agora anunciar que afinal já não corta os apoios este ano.

Afinal não terá sido a instrumentalização do BE que terá influenciado este desfecho, mas a vontade e a celeridade com que o primeiro-ministro agiu em defesa da Cultura. O histerismo de quem contestou a redução dos apoios era injustificada, porque a senhora ministra e José Sócrates estavam a trabalhar para resolver tudo.

No meio disto tudo estava também um director-geral que atrapalhava tudo, e que felizmente pediu voluntariamente a demissão, porque Gabriela Canavilhas pelos vistos não o podia demitir, por razões que desconheço.

Tudo parece resolvido a contento, ainda que ninguém saiba de onde virá o dinheiro correspondente aos 10% que efectivamente foram cortados do orçamento, mas isso deve ser um detalhe sem importância nenhuma, porque nem mereceu a atenção de ninguém.



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By lds-peacedragon

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By Junião

segunda-feira, julho 12, 2010

NERVOSISMO CULTURAL

A situação do Ministério da Cultura, nesta ocasião em que os cortes são contestados, é curiosa porque apesar dos sorrisos da senhora ministra, é patente um grande nervosismo, porque a situação é muito mais grave hoje do que no mandato do anterior ministro.

É lamentável ler-se que o Ministério da Cultura “manifesta grande satisfação pela demissão do director geral das Artes”. Não se compreende que uma ministra que não concorda com a actuação dum seu subordinado, que está num cargo de nomeação política, esteja à espera que o mesmo se demitisse para vir dizer que está satisfeita.

Não creio que alguém acredite que o tal director tenha algo a ver com o descontentamento que grassa no sector, e que deriva dos cortes impostos pelas Finanças, mas Gabriela Canavilhas estava mesmo a necessitar de um “bode expiatório”, nesta situação de aperto.

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A voz do anónimo por Carlinhos Muller

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Two Suffolks by NeutronProblem

sábado, julho 10, 2010

sexta-feira, julho 09, 2010

NERVOSISMO

Os cortes de verbas na Cultura que eram de 20% e depois passaram a ser de 12% tiveram o condão de enervar a senhora ministra da Cultura. O sorriso apagou-se e a irritação tomou conta do discurso da Gabriela Canavilhas que começou a disparar em todas as direcções.

Não foi elegante a acusação de histerismo, nem tão pouco a acusação de que a contestação era liderada pelo Bloco de Esquerda. Não fica bem utilizar um discurso datado e que todos queremos esquecer. A exigência de provas quanto ao provável aumento do desemprego foi uma manobra que demonstra bem com que espírito encara a situação.

O que a senhora ministra não diz é porque razão mantém a intenção de mudar o Museu Nacional de Arqueologia e retomar a construção do novo Museu dos Coches, que obviamente vão consumir recursos públicos, quando justifica cortes por falta de verbas, cativadas pelo ministério das Finanças.



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KOT89

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A Culpa por JITET KUSTANA

quinta-feira, julho 08, 2010

ELE DIZ-SE DE ESQUERDA

José Sócrates encetou recentemente um discurso que o próprio diz ser de esquerda. É fácil perceber que perante as sondagens que vieram a público, e que não lhe são favoráveis, tenha mudado de discurso.

Foi público e notório que o governo PS, sob a batuta de Sócrates, teve atitudes e uma acção claramente de direita, que roubou espaço ao PSD, que foi ultrapassado pela direita, por um executivo que se reclamava de esquerda.

Com o espaço à direita a cair nos braços do liberal Passos Coelho, Sócrates vira-se para a esquerda na tentativa de ganhar aí votantes. Hoje já diz que até a União Europeia é ultra-liberal, referindo-se às críticas pela utilização da golden share na PT.

Não basta reclamar-se de esquerda, para voltar a enganar a malta, senhor 1º ministro. O povo até pode apoiar o governo no caso da PT, mas o senhor que vai privatizar a Galp e a EDP, não pode esperar que os que agora o apoiam com a PT, também aceitem mais estas privatizações.

Estas empresas são estratégicas e de interesse público pelo que devem estar na esfera do Estado, pelo menos a maioria das suas acções. A sua privatização é um erro, como foi a da PT, mas Sócrates não o percebe, porque de esquerda é que ele não é.



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By Henrique Monteiro


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By Simon Butterworth

terça-feira, julho 06, 2010

POESIA

Soneto

Ó virgens que passai, ao Sol-poente,
Pelas estradas ermas, a cantar!
Eu quero ouvir uma canção ardente,
Que me transporte ao meu perdido Lar.

Cantai-me, nessa voz omnipotente,
O Sol que tomba, aureolando o Mar,
A fartura da seara reluzente,
O vinho, a Graça, a formosura, o luar!

Cantai! Cantai as límpidas cantigas!
Das ruína do meu lar desaterrai
Todas aquelas ilusões antigas

Que eu vi morrer num sonho, como um ai...
Ó suaves e frescas raparigas,
Adormecei-me nessa voz... Cantai!

António Nobre


HOMENAGEM
Na voz de João Villaret. Ouçam bem a letra, e garanto-vos que os mais velhos entenderão o que está implícito nesta letra, que a censura deixou passar porque se tratava de uma música para o teatro de revista.
Discover the playlist Rosa Araújo with João Villaret


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Stairway to heaven By Ben Goossens

Somebody's Watching Me By Patrick Desmet

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Achille Superbi

segunda-feira, julho 05, 2010

A RECEITA DO COSTUME

Anuncia-se que se preparam os maiores cortes de sempre nos salários da função pública, como se essa fosse a solução para os problemas do país.

Os arautos deste esquema, que não se fartam de dizer as coisas mais mirabolantes sobre o funcionalismo público, nunca vêm a terreno dizer temos das menores percentagens de funcionários da Europa, nem que na última dezena de anos foram precisamente os funcionários públicos os que mais viram desvalorizados os seus salários.

Os factos incomodam os defensores destes cortes, que curiosamente recebem na sua grande maioria benefícios por parte do Estado ou de empresas públicas, sendo que alguns têm ainda umas “reformas douradas” pagas pelo erário público.

A corrupção, os crimes de colarinho branco, as fugas descaradas ao fisco, o dinheiro esbanjado com o beneplácito de políticos, a má gestão da coisa pública, isso são coisas em que não se pode mexer, e nós percebemos bem porquê.

Sabe-se que assim não vamos promover o desenvolvimento do país, e que assim não se criam condições para o aumento da produtividade ou para a retoma da economia, mas persiste-se no erro. Os maus políticos e os péssimos economistas que vão dando os seus palpites, só conhecem a receita dos baixos salários, dos cortes nos direitos sociais e laborais, afinal a mesma receita que nos atirou para a cauda da Europa.

Vamos! Continuem a votar neles que isto ainda pode piorar mais…

Actualização: Com as afirmações do secretário de Estado Gonçalo Castilho, pretendendo desmentir a notícia veiculada esta manhã pela comunicação social, este vosso amigo ficou ainda mais convencido que a machadada vem aí, assuma ela a forma que for. Quando este governo desmente rumores, é certo e sabido que é tudo uma questão de tempo para darem o dito por não dito.

sábado, julho 03, 2010

MENTIRAS...

NÚMEROS DO EUROSTAT DESMENTEM SÓCRATES

Os dados do Eurostat entram em contradição com as declarações de José Sócrates que, num comentário aos números do desemprego em Portugal, disse que o indicador subiu em toda a Europa.

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Antony Garner

Caloi

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Amazing Tree by Andre Arment

sexta-feira, julho 02, 2010

A EUROPA DOS GRANDES

Para os que defendem sem restrições o chamado mercado livre, ou melhor sem restrições, fica aqui o caso exemplar do negócio da Vivo. Ficou provado que o dinheiro fala mais alto do que qualquer outro valor.

Todos ouvimos uns senhores empresários, banqueiros e gestores nacionais falando da necessidade de manter em Portugal os centros de decisão das grandes empresas nacionais. Ouvimos também por alturas das privatizações das grandes empresas nacionais, que por acaso davam lucros ao Estado, que tudo ia ser feito de modo a que as empresas continuassem a ser maioritariamente portuguesas garantindo assim os interesses nacionais.

Nesta semana viu-se que acenando com uma mão cheia de notas o nacionalismo dos grande accionistas desapareceu como que por um passe de magia.

Não fiquei surpreendido com a reacção dos grandes accionistas, dos quais esperava isto mesmo, fiquei surpreendido com o facto, esse sim altamente preocupante, de nenhum deles ter revelado se tinha concertado com a Portugal Telecom, onde se iria investir o valor a pagar pela Vivo, de modo a esta continuar a ser uma empresa com a mesma projecção e valor.

Não. Este senhores estavam concertados em embolsar o seu quinhão e em colocar a massaroca a bom recato num qualquer paraíso fiscal, pois reinvestir é o que nem sequer lhes passou pela cabeça. Desta vez, e por mero acaso estou do lado do governo de Sócrates, só que não sei se ele está disposto a enfrentar a União Europeia depois do dia 8, relembrando que os governos da Espanha, da França, da Alemanha e da Itália fazem o mesmo pelas suas empresas, ainda que mais discretamente, embora às claras, sem que o tribunal lhes peça contas.

No caso da condenação por parte da UE, há sempre a ameaça da verdadeira bomba atómica, que é a da nacionalização da PT. Porque não? Afinal contra os grandes só se resiste falando grosso!



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By Kaushik Chatterjee

By Kaushik Chatterjee


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