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quinta-feira, julho 08, 2010

ELE DIZ-SE DE ESQUERDA

José Sócrates encetou recentemente um discurso que o próprio diz ser de esquerda. É fácil perceber que perante as sondagens que vieram a público, e que não lhe são favoráveis, tenha mudado de discurso.

Foi público e notório que o governo PS, sob a batuta de Sócrates, teve atitudes e uma acção claramente de direita, que roubou espaço ao PSD, que foi ultrapassado pela direita, por um executivo que se reclamava de esquerda.

Com o espaço à direita a cair nos braços do liberal Passos Coelho, Sócrates vira-se para a esquerda na tentativa de ganhar aí votantes. Hoje já diz que até a União Europeia é ultra-liberal, referindo-se às críticas pela utilização da golden share na PT.

Não basta reclamar-se de esquerda, para voltar a enganar a malta, senhor 1º ministro. O povo até pode apoiar o governo no caso da PT, mas o senhor que vai privatizar a Galp e a EDP, não pode esperar que os que agora o apoiam com a PT, também aceitem mais estas privatizações.

Estas empresas são estratégicas e de interesse público pelo que devem estar na esfera do Estado, pelo menos a maioria das suas acções. A sua privatização é um erro, como foi a da PT, mas Sócrates não o percebe, porque de esquerda é que ele não é.



CARTOON
By Henrique Monteiro


FOTOGRAFIA
By Simon Butterworth

sábado, abril 14, 2007

ESTES NOSSOS ECONOMISTAS …

Andamos há décadas a levar com economistas a martelar na tecla da economia de mercado, no liberalismo económico, na abolição de fronteiras económicas e na globalização, como remédios para a maior criação de riqueza, emprego e bem-estar. O pessoal foi acreditando naquelas cabecinhas pensadoras, formadas nas melhores universidades internacionais e ao serviço das empresas de maior sucesso, bem como nos políticos brilhantes que apregoavam que o sucesso estava ao alcance de todos, com um mercado global que abria novos horizontes e paletes de oportunidades.
Associada a estas teorias liberais vinha sempre sugerida a necessidade de menos Estado porque apenas servia para dificultar a criação de novas empresas, criava dificuldades ao desenvolvimento e estrangulava os mercados.
A realidade depressa se encarregou de mostrar que o enfraquecimento do Estado enquanto regulador levou à concentração, aos cartéis descarados nos combustíveis, aos gigantes monopólios ou duopólios que não competem antes concertam preços, e à inevitável desregulamentação do mercado do trabalho. A redistribuição da riqueza é uma miragem, os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.
Agora, depois desta autêntica cruzada e perante os resultados visíveis, vemos os mesmíssimos mentores das teorias liberais dos finais do século XX, virem afirmar que a globalização trava os salários nos países desenvolvidos, que o excesso de mão-de-obra disponível está a acentuar a desigualdade na distribuição dos rendimentos e a provocar contenção salarial.
Aquilo que já é mais do que evidente e era previsível, pois nunca se viu empresas e accionistas mais preocupados com os funcionários do que com os lucros que possam obter, transformou-se agora num alerta do FMI.
Os economistas, os empresários e os políticos portugueses devem estar desiludidos com esta instituição, o FMI, cujas recomendações eram recebidas como verdades absolutas e inquestionáveis, porque logo agora que estavam a endurecer as suas posições liberais, não vem mesmo nada a calhar este balde de água fria.
Os sinais estavam todos aí, bem à vista, mas como se costuma dizer: não há maior cego do que aquele que não quer ver!

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NO C.C. OLGA DO CADAVAL

















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Raed Khalil - Syria


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The violin(s) by Giuseppe Sozzi