Soneto
Ó virgens que passai, ao Sol-poente,
Pelas estradas ermas, a cantar!
Eu quero ouvir uma canção ardente,
Que me transporte ao meu perdido Lar.
Cantai-me, nessa voz omnipotente,
O Sol que tomba, aureolando o Mar,
A fartura da seara reluzente,
O vinho, a Graça, a formosura, o luar!
Cantai! Cantai as límpidas cantigas!
Das ruína do meu lar desaterrai
Todas aquelas ilusões antigas
Que eu vi morrer num sonho, como um ai...
Ó suaves e frescas raparigas,
Adormecei-me nessa voz... Cantai!
António Nobre
HOMENAGEM
Na voz de João Villaret. Ouçam bem a letra, e garanto-vos que os mais velhos entenderão o que está implícito nesta letra, que a censura deixou passar porque se tratava de uma música para o teatro de revista.
Discover the playlist Rosa Araújo with João Villaret
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6 comentários:
1- Caminhamos para lado nenhum. É o vazio.
2- Por cá é mesmo assim - quando há um 'olho vivo' os outros têm por costume baixar a pestana.
3- Enquanto uns estão sempre a engordar outros vão desmilinguindo - é a vida ...
Virgens? Pois...
Olhó Bucha e o Estica!
Bjos da Sílvia
Stairway quê? Não era o João Pé-de-Feijão?
as searas andam pouco abastadas...
abç
A ver "braga por um canudo" andamos todos!...
Lindo soneto de António Nobre!
Um abraço
Esperança
E não estará ainda actual?...
Saudações do Marreta.
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