quinta-feira, março 31, 2011

RAPIDINHAS

(Des) Confiança – O INE continua a surpreender-nos com o seu inefável optimismo, para não dizer humor. Aquele organismo, dito independente, afirmou esta semana que a confiança das empresas voltou a diminuir ligeiramente em Março, enquanto que a confiança dos consumidores aumentou. Penso que só terão auscultado gente à porta de S. Bento, e antes do chumbo do PEC…

Cavaco – Cavaco Silva afirmou-se como presidente de TODOS os portugueses, mas veio a exigir a apenas 3 partidos um cometimento quanto aos compromissos do défice fixados por Portugal. Então o senhor presidente resolveu desconsiderar os que votaram noutros partidos que não o PS, PSD e CDS? Já nem falo naqueles que se estão marimbando para o actual espectro partidário, que são muitos.



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terça-feira, março 29, 2011

MANIFESTAÇÕES DE (A)PREÇO

O ministro Vieira da Silva terá proferido hoje uma frase que deve ficar nos anais da história pelo insólito significado que teve numa altura de crise económica.

Perante a Comissão de Economia e instado sobre os preços dos combustíveis praticados em Portugal, disse que os portugueses devem demonstrar “apreço pela forma como (a Galp) tem evoluído, quer em Portugal, quer pela estratégia de internacionalização que é reconhecida internacionalmente”.

Para Vieira da Silva o preço dos combustíveis à saída das refinarias da Galp não é exagerado, embora sejam dos mais altos da Europa, e o facto de esta ser uma das grandes empresas que já tem mais capital estrangeiro que português, e que é também das que mais deve, não interessa mesmo nada.

Claro que todos sabemos que quanto maior for o preço dos combustíveis, maiores serão os impostos cobrados pela sua venda, e que é isso apenas que parece estar na mente dos actuais governantes, mas é patente também que os preços elevados dos combustíveis é um entrave muito sério, quiçá o maior, ao crescimento e à competitividade das nossas empresas.

De que apreço falava Vieira da Silva?



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segunda-feira, março 28, 2011

RAPIDINHAS

Transparência – Em tempos de aperto orçamental em que o rigor deve imperar, e em que se exige a maior contenção possível nos gastos, eis que é publicada uma lei que permite que os contratos sem concurso disparem de valor. Não sei em que é que estão a pensar os governantes, nem tão pouco o presidente da República, mas não pensam de certeza como eu.

Equívocos – Ao ler um título do DN de ontem, “Quando o Estado dá péssimos exemplos”, fiquei curioso e acabei por ler o Editorial todo, que se debruça precisamente sobre o decreto-lei que autoriza o aumento dos valores dos contratos públicos por ajuste directo. Num jornal de referência preferia ter lido um título como este, “Quando o governo dá péssimos exemplos”, que estava mais correcto. Afinal o Estado somos nós, os contribuintes todos.


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Contas à vida

A corte

sábado, março 26, 2011

SABEDORIA

Não te percas em vã filosofia...
O negócio é viver...Vive primeiro!
O pouco que alcançaste é o verdadeiro,
e o resto, sonho só, - tudo utopia.

Deixa passar o que não pode ser!
A esperança do vão, é doentia...
Ergue a mão ao que a mão pode colher
e ao que está longe, esquece e renuncia...

Se tiver que chegar o inesperado
colhe-o, que essa é a atitude de quem vence:
saber colher o bem predestinado...

A vida é o mais efêmero dos bens
nela em verdade, nada te pertence,
nem sabes aonde vais...Nem de onde vens...



J.G.Araújo Jorge - In Quatro Damas



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Crocus by Sandor Bernath

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quinta-feira, março 24, 2011

SÓCRATES NÃO ENTENDEU

Li em diversos blogues e ouvi em alguns comentários televisivos que José Sócrates tinha feito um bom serviço ao país ao apresentar a sua demissão, após o chumbo do PEC IV. Não creio que o 1º ministro demissionário tenha feito qualquer bom serviço a Portugal com este gesto, nem creio tão pouco que ele tenha entendido que os portugueses não gostam de ser enganados pelos políticos eleitos.

Nestes últimos 6 anos a situação económica tem-se agravado muito, com culpas do executivo e também por causa da crise mundial, mas o governo não conseguiu admitir os seus erros, nem tão pouco reconheceu a magnitude da crise, indo de orçamento em orçamento e de PEC em PEC, apertando o cinto dos cidadãos, sobretudo daqueles que dependem apenas de rendimentos do trabalho, de pensões, ou até dos subsídios de desemprego.

Parece que muitos se esqueceram também de um facto muito relevante, que é o de Sócrates pretender apresentar-se novamente a eleições, o que nos cenários mais prováveis conhecidos, irá ser um factor de bloqueio de entendimentos entre as forças políticas que resultem do acto eleitoral. Em qualquer caso, seja de maioria absoluta, seja de maioria relativa, terá que haver entendimentos quanto a medidas económicas, e Sócrates vai ser um verdadeiro obstáculo à sua concretização.


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quarta-feira, março 23, 2011

COELHO E PALEONTOLOGIA

Podem estar à espera que eu me esteja a preparar para “bater” no Passos Coelho, sujeito que nunca me convenceu, e que tem um pensamento ultra liberal que não se enquadra com as minhas preferências, mas não é disso que eu vos venho falar.

O tema que hoje escolhi tem uma designação algo estranha, Nuralagus rex, que é nem mais nem menos um coelho gigante que viveu na ilha de Menorca.

O Nuralagus rex viveu há cinco milhões de anos, pesava entre 12 e 15 quilos e não saltava. Como se percebe pela descrição, nada tem em comum com Passos Coelho, que pesa substancialmente mais e já saltou da escola do PSD, a JSD, para o 1º time, sendo agora o chefe das hostes laranjas, portanto candidato a saltar para um qualquer próximo governo.

O roedor que hoje escolhi, faz parte de um conjunto de animais gigantes que povoaram a ilha, e não tinha predadores, o que o terá “ajudado” a tornar-se maior do que os seus semelhantes do continente. Este tipo de evolução foi também a sua perdição, já que lhe limitou a mobilidade e fez aumentar em exagero a população.

Acabo dizendo que este post não tem nada que ver com a porca da política, embora nem eu tenha ficado muito convencido!

Leiam mais AQUI


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terça-feira, março 22, 2011

AS DUAS FACES DA MESMA MOEDA

Tivemos todos a oportunidade de ouvir os mais variados comentadores a dizer que Sócrates tinha ido a falar com Angela Merkel sobre o PEC4 antes de o discutir ou anunciar em Portugal.

As medidas de mais este PEC são as medidas que todos sabemos que nos seriam impostas pelo FMI caso lhe fosse pedida ajuda. Sem qualquer atenção especial aos mais necessitados, aos rendimentos do trabalho que não chegam para afastar o risco de miséria, e aos pensionistas que recebem pensões abaixo do que devia ser um mínimo aceitável para fazerem a sua vida com a dignidade que merecem depois de uma vida de trabalho.

Passo Coelho, que gosta de ser chamado líder do maior partido da oposição, criticou o governo pelo modo como anunciou este PEC e pela falta de humanidade das medidas anunciadas. Já depois das críticas veio o anúncio do chumbo do documento, quando o mesmo fosse discutido na Assembleia da República.

Segundo as últimas notícias também Passos Coelho vai dar satisfações a Angela Merkel na próxima quinta-feira, explicando-lhe as razões do chumbo do PEC. Como já disse antes, PC está disposto a governar com o FMI cá, pelo que terá com certeza que aceitar medidas do mesmo género, a menos que tenha outras preparadas que ainda não nos anunciou, e que terão que receber a bênção da senhora Merkel.

Não consigo encontrar diferenças entre PC e JS, a não ser … no penteado. Sei que não vou votar em nenhum dos dois, isso sei!



segunda-feira, março 21, 2011

PRIMAVERA

GLÓRIA

Depois do Inverno, morte figurada,

A primavera, uma assunção de flores.
A vida
Renascida
E celebrada
Num festival de pétalas e cores.

Miguel Torga


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domingo, março 20, 2011

RAPIDINHAS

Sócrates e o FMI – Sócrates diz-se indisponível para governar com o FMI, e eu começo a pensar que dentro de poucos dias Portugal vai pedir a ajuda do FMI, pedido este feito pelo mesmo Sócrates. Depois de ter ouvido o 1º dizer que não ia aumentar os impostos, que não ia cortar os vencimentos da função pública e que não teríamos mais PEC’s, e depois tudo isso ter acontecido, só posso pensar que é mais uma partida do senhor engenheiro.




Contestação – A popularidade deste governo está pelas ruas da amargura, e para o constatar basta apreciar a adesão do pessoal que está à rasca, a manifestações realizadas em duas semanas consecutivas. Estamos “quase” todos à rasca, novos, velhos, quer tenhamos emprego, estejamos desempregados, estudemos ou já estejamos reformados. Será que este governo espera que mais medidas de austeridade com que se comprometeu com Bruxelas, tenham aceitação quando apenas recaem sobre os mesmos que têm pago pela incompetência dos nossos políticos?


sábado, março 19, 2011

DIA DO PAI

Neste dia comemorado por alguns, nunca será demasiado lembrar que um pai faz sempre falta, por mais desastrado que seja, eheheh.




Comemorado desde a idade da pedra

sexta-feira, março 18, 2011

MEXER NAS REFORMAS

Os nossos parceiros europeus, o Banco Central Europeu e o governo português andam muito confusos para não dizer que andam a mentir descaradamente no caso das mexidas na idade da reforma e na redução do valor da dita reforma.

Portugal é um dos países europeus onde as pessoas se reformam mais tarde e onde as reformas são mais baixas. Eu não precisava de ver estatísticas da OCDE para o saber já que basta rondar por aí e ver a idade da maioria dos reformados europeus, e não só, que cá passam férias.

Os cortes exigidos derivam de outros factores que nada têm a ver com as idades de reforma ou com o valor das reformas em si mesmas, mas sim com o elevado número de empresas que beneficiam de isenções e com muitos contratos manhosos que há por aí. Podia também lembrar-me de algumas perdas com o investimento de dinheiros da Segurança Social em fundos que deram prejuízo, mas nem vale a pena.

Convém ainda lembrar um facto muito actual, a quem vem dizer que em Portugal há incentivos para uma saída precoce do mercado de trabalho, que é o de ter que se fazer uma escolha, entre a reforma de trabalhadores com muitos anos de contribuição para dar lugar a gente mais nova, ou continuar a manter tantos jovens desempregados.





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quarta-feira, março 16, 2011

POUSADAS DE PORTUGAL

As Pousadas de Portugal continuam no vermelho, ainda que tenham facturado mais em 2010 do que em 2009. O Grupo Pestana explora as Pousadas de Portugal que funcionam em monumentos nacionais, pelo menos grande parte delas.

O correspondente às nossas pousadas, em Espanha, são os Paradores que fornecem um serviço também de grande qualidade mas praticam preços muito inferiores, além de fazerem também muitas promoções que sabem comunicar ao público em geral, e aos frequentadores mais assíduos.

Não admira que os Paradores sejam um sucesso e tenham lucro e aceitação. Para condições idênticas de serviço e de conforto, o factor de preferência vai para os preços praticados e aí a vantagem vai para os Paradores, apesar de Espanha ter um nível de vida superior e salários também mais elevados.

O Grupo Pestana tem uma gestão para as Pousadas de Portugal semelhante à que pratica nos hotéis normais, o que perverte o conceito de pousadas históricas, e ao pretender lucros imediatos pratica preços que não são competitivos.

Este sector tem maus resultados, como muitos outros sectores nacionais, mas devia conseguir praticar preços mais baixos do que a concorrência espanhola, e conseguir lucros como acontece com os rivais. Algo vai mal nas pousadas, e não me parece que sejam os custos do trabalho, como muitas vezes nos querem fazer crer.



terça-feira, março 15, 2011

DECISÕES PERIGOSAS

O mundo atravessa uma previsível crise energética com a progressiva escassez de combustíveis fósseis. Depois do uso intensivo do carvão e agora do petróleo, acrescido da necessidade cada vez maior de energia, devido ao progresso, estamos há pelo menos duas décadas perante um problema muito real ao nível energético.

Nos últimos anos temos sido confrontados perante escolhas entre as energias limpas e renováveis, e a sempre presente energia nuclear. Esta escolha tem feito com que os esforços se tenham disperso pelas renováveis, e seguras, e pela hipótese nuclear, perigosa, mas defendida por poderosos lobbies que argumentam invariavelmente com o preço e com os avanços da ciência que teriam diminuído os riscos.

A tragédia recente no Japão veio demonstrar que o perigo do nuclear é muito real, e que teria sido mais realista apostar mais nas energias limpas e renováveis. Vem a propósito lembrar que o governo anunciou mais alterações no campo das energias alternativas e na comercialização da mesma por parte dos particulares, que juntas à falta de incentivos à sua implementação em nada contribuem para a diminuição da nossa dependência energética.

A opção nuclear, que teve alguns adeptos também em Portugal, é demasiado perigosa e basta reparar que nestes dias não ouvimos nenhum dos seus apoiantes vir falar sobre a segurança das centrais nuclares e da sua indispensabilidade, como acontecia ainda há pouco tempo.



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segunda-feira, março 14, 2011

DEMITA-SE

Perante a evidência dos factos, penso que só existe uma atitude consequente a tomar pelo 1º ministro de Portugal, que é o pedido de demissão.

A manifestação do passado sábado tornou evidente que o descontentamento é muito, tendo mesmo alastrado a uma juventude que há muito deixou de acreditar nos políticos, e que por isso não tem participado activamente na política.

O PEC 4 apresentado em Bruxelas, pela sua incongruência e desumanidade e pelo facto de não ter sido explicado aos portugueses, nem sequer discutido no local próprio, demonstra bem a desorientação deste executivo.

A falta de credibilidade do governo é bem patente também pela reacção dos mercados que não param de subir os juros da dívida portuguesa. Os portugueses também não podem confiar num 1º ministro que diz hoje uma coisa e amanhã o seu contrário, que tendo apresentado um programa dele se afasta a cada dia que passa, e que julga continuar a ter legitimidade para continuar a governar, mesmo depois de ter falhado sucessivamente sem nunca admitir os seus erros.

Perante uma situação destas, e com a crise económica instalada, José Sócrates que não sabe reunir consensos, como já o demonstrou, devia devolver o poder ao povo, demitindo-se. Sei que talvez seja pedir muito a alguém tão arrogante, mas seria o melhor serviço que ele prestaria aos país depois de mais de meia década de falhanços, ilusões e mentiras.



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sexta-feira, março 11, 2011

O PACOTE DO GOVERNO

O ministro das Finanças apresentou hoje as novas medidas de austeridade 2012 2013.

O Zé já não tem pachorra para aturar este governo e os seus sucessivos PEC's, cada um pior que o anterior, pelo menos para a minha carteira.

Li todas as notícias sobre mais este PEC, e não vi nenhuma medida que cortasse os carrões de luxo dos governantes e afins, nem nenhuma redução nos inúmeros prémios e outras mordomias que por aí se praticam com dinheiros públicos.

Apetece-me dizer umas quantas asneiras, mas tenho que guardar o fôlego para amanhã.




SANDRO BOTTICELLI

Nascido em 1444 em Florença, morreu na mesma cidade em 1510

Estilo: Temas clássicos e mitológicos, figuras simbólicas, ênfase na perspectiva linear, representação da beleza divina e do amor.

Botticelli foi um pintor da Florença renascentista, cujas obras são envoltas de mistério, devido ao uso de símbolos, demonstrando ainda um forte senso de forma.

Em 1481, o Papa Sisto IV convocou-o a Roma, para criar frescos para as paredes da Capela Sistina.

Ao fim da vida, o estilo artístico e o comportamento de Botticelli alteram-se, com pinturas menores, seus temas se tornaram apocalípticos e angustiados.

Foi neste período, que se dedicou a ilustrar a Divina Comédia, obra literária de Dante Alighieri, mas a saúde precária acabou interrompendo seus projectos.

Nascimento de Vénus

O Inferno de Dante

quinta-feira, março 10, 2011

O JOGO DA MENTIRA

Começa a ser patético assistir a tentativas desesperadas e inúteis, no sentido de enganar os parceiros europeus, levando a Bruxelas um documento que não passa de uma declaração de intenções de continuar a discutir um acordo que nunca será aceite pela maioria dos portugueses.

O governo, o patronato e a UGT assinam uma declaração em que se comprometem a continuar a discutir um acordo para a competitividade e emprego, cujas linhas gerais apenas apontam para uma maior facilidade no despedimento, menores indemnizações para os despedidos ilegalmente, e maior precariedade.

A verdade pode ser muito dura, mas o desemprego já é insustentável para a segurança social, e não é facilitando os despedimentos que se inverte essa situação. As políticas económicas seguidas pelos últimos governos foi desastrosa e a factura começa a ser paga.

Bruxelas não vai engolir este “acordo”, como os mercados não engolem que este executivo consiga inverter a situação em que nos encontramos. Os discursos optimistas e os números “fabricados à pressa”, como os esgrimidos recentemente relativos a Fevereiro, não encontraram eco nos mercados, que nos penalizaram com juros cada vez maiores.

A Islândia deu-nos pistas sobre como reagir, agora temos a Irlanda a dizer que não pretende seguir as directivas do FMI e que pretende renegociar a dívida. Nós podemos aprender e temos um trunfo que é o de dizer claramente em Bruxelas que após a nossa queda, será a Espanha que estará na linha da frente perante os especuladores, e isso será o golpe final na utopia do euro.



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Sisters by Radu Carp

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terça-feira, março 08, 2011

REFLEXÃO

O país enfrenta uma tremenda crise com o desemprego dos mais altos de sempre, em Democracia, e todos os indicadores, a começar pelo investimento, indicam que durante este ano e o próximo não teremos melhorias reais. A contracção dos mercados e do investimento vão conduzir Portugal a uma recessão, da qual não sabemos quando e se vamos sair.

Um dos sustentáculos da maioria das empresas nacionais é o mercado interno, que com o desemprego e a diminuição dos salários reais, está em regressão ameaçando ainda gerar um desemprego maior.

A percentagem de trabalhadores a auferir o salário mínimo é cada vez maior, e a precariedade é galopante, mas o governo e o patronato insistem em rever mais uma vez o código laboral, que é como quem diz, retirar ainda mais direitos e aumentar a precariedade.

A discrepância entre ao salário de topo e o salário mínimo cresce cada vez mais, cortam-se os abonos de família, as bolsas de estudo, corta-se nas comparticipações de medicamentos, enquanto os impostos aumentam e a inflação dispara.

Todos sabemos quem nos tem governado, MAL, e sabemos também que a receita dos dois partidos que têm alternado no governo é idêntica, tendo conduzido Portugal ao sítio e à situação em que estamos.

É imperioso mudar. Mudar de políticos e mudar de políticas, se queremos viver num país melhor e mais justo.



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domingo, março 06, 2011

PALHAÇADA

Ao que tudo o indica, e já ouvimos diversas declarações nesse sentido, o governo português pretende encenar um acordo inexistente com os parceiros sociais, para impressionar Bruxelas no próximo dia 11 de Março, no decurso de uma cimeira extraordinária da Zona Euro.

Já não é propriamente novidade para nós portugueses, muito deste faz-de-conta com que José Sócrates nos vem brindando com demasiada frequência, mas parece-me que desta vez o “truque” é demasiado forçado.

Uma nova mudança nas leis do trabalho numa altura em que o desemprego já é insuportável, em que os salários não param de se desvalorizar e em a contracção no investimento aponta claramente na direcção da recessão, não pode resolver coisa nenhuma, podendo mesmo aumentar o descontentamento popular, e fazer germinar sementes de revolta.

Nas propostas apresentadas pela ministra do Trabalho, Helena André, não consta uma simples linha na defesa dos direitos e garantias dos trabalhadores, pelo contrário, tudo o que lá consta apenas é do interesse dos empregadores. De um governo esperava-se que fosse o factor de equilíbrio entre o patronato e os sindicatos, velando pelos interesses das duas partes, mas não é isso que se vê.



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sexta-feira, março 04, 2011

POESIA

Se eu fosse um padre


Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,

não falaria em Deus nem no Pecado

muito menos no Anjo Rebelado

e os encantos das suas seduções,


não citaria santos e profetas:

nada das suas celestiais promessas

ou das suas terríveis maldições...

Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,


Rezaria seus versos, os mais belos,

desses que desde a infância me embalaram

e quem me dera que alguns fossem meus!


Porque a poesia purifica a alma

...e um belo poema ainda que de Deus se aparte

um belo poema sempre leva a Deus!


Mário Quintana



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quarta-feira, março 02, 2011

JÁ NÃO BASTA?

Portugal anda há anos em crise, e os sucessivos governos para além de não conseguirem ultrapassá-la, continuam a manter intactas as mesmas receitas que são os congelamentos e cortes nos salários, aumentos sistemáticos de taxas e de impostos e cortes nas prestações sociais e de outros direitos que tanto nos custaram a alcançar.

As desculpas são sempre as mesmas, começando por se argumentar que é um fenómeno internacional, que somos um país pequeno, que o petróleo aumentou de preço, que temos baixa produtividade, etc. Os nossos iluminados governantes sabem sempre as causas, que nunca são culpa deles, e insistem na receita.

A situação tem vindo a piorar, e o assalto às carteiras dos contribuintes não tem parado, sendo neste momento totalmente asfixiante. Enquanto o esforço requerido ao factor trabalho aumentou de uma forma brutal, diminuiu a carga fiscal sobre o capital, sem explicação convincente.

Já basta! Para tudo há limites, e chegou a altura de responsabilizar aqueles que nos desgovernaram durante as últimas décadas, e a altura de manifestar clara intenção de mudança.

ABAIXO A INCOMPETÊNCIA NA GOVERNAÇÃO.



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