Depois de muita propaganda negativa por parte dos governantes deste país e da ajuda preciosa de alguma comunicação social também, tornou-se desporto favorito dos portugueses “bater” nos funcionários públicos.
Sempre que se fazem generalizações agridem-se inocentes e é consensual que existem bons e maus profissionais em todas as actividades.
Hoje ao ler um artigo de opinião de Bruno Proença, pessoa que não conheço, fiquei admirado com a ingenuidade de alguns argumentos invocados. O mote para justificar porque é que “a verdade é que a razão está do lado do patrão”, o Estado (todos nós) neste caso particular, é que “o nível das despesas com o pessoal na Administração Pública está entre os mais altos da Europa e é incomportável tendo em conta o défice e o nível de riqueza do país.” Enfim um discurso igual ao dos nossos políticos, como há défice corta-se na Função Pública, primeiro nos salários e depois avança-se para o despedimento.
A fragilidade deste discurso reside na moralidade das medidas que se baseia na aproximação do regime público ao privado, sendo que a riqueza é criada pelo sector privado e o público à satisfação das necessidades colectivas essenciais e não geradoras de riqueza, como a saúde, a educação, a cultura, a justiça e a segurança.
Ora bem, se a riqueza produzida é insuficiente é porque o sector privado não está a funcionar devidamente e se a qualidade e a quantidade dos serviços públicos não estão à altura das necessidades, então o problema está na função pública. Seja qual for o diagnóstico a que se chegue há que se encontrar a razão dos problemas. No sector privado, se uma empresa não consegue ser economicamente viável é evidente que, ou avaliou mal o mercado ou está a ser mal gerida, o que é em qualquer dos casos responsabilidade de quem a idealizou ou a dirige. Aplicando a mesma lógica à coisa pública de quem será a responsabilidade quando os resultados não são os desejados?
Até hoje tem-se ficado pela responsabilidade do porteiro, mas aos poucos todos começam a entender que não há duas espécies de portugueses, há apenas portugueses no público e no privado, com as mesmas virtudes e defeitos.
Sempre que se fazem generalizações agridem-se inocentes e é consensual que existem bons e maus profissionais em todas as actividades.
Hoje ao ler um artigo de opinião de Bruno Proença, pessoa que não conheço, fiquei admirado com a ingenuidade de alguns argumentos invocados. O mote para justificar porque é que “a verdade é que a razão está do lado do patrão”, o Estado (todos nós) neste caso particular, é que “o nível das despesas com o pessoal na Administração Pública está entre os mais altos da Europa e é incomportável tendo em conta o défice e o nível de riqueza do país.” Enfim um discurso igual ao dos nossos políticos, como há défice corta-se na Função Pública, primeiro nos salários e depois avança-se para o despedimento.
A fragilidade deste discurso reside na moralidade das medidas que se baseia na aproximação do regime público ao privado, sendo que a riqueza é criada pelo sector privado e o público à satisfação das necessidades colectivas essenciais e não geradoras de riqueza, como a saúde, a educação, a cultura, a justiça e a segurança.
Ora bem, se a riqueza produzida é insuficiente é porque o sector privado não está a funcionar devidamente e se a qualidade e a quantidade dos serviços públicos não estão à altura das necessidades, então o problema está na função pública. Seja qual for o diagnóstico a que se chegue há que se encontrar a razão dos problemas. No sector privado, se uma empresa não consegue ser economicamente viável é evidente que, ou avaliou mal o mercado ou está a ser mal gerida, o que é em qualquer dos casos responsabilidade de quem a idealizou ou a dirige. Aplicando a mesma lógica à coisa pública de quem será a responsabilidade quando os resultados não são os desejados?
Até hoje tem-se ficado pela responsabilidade do porteiro, mas aos poucos todos começam a entender que não há duas espécies de portugueses, há apenas portugueses no público e no privado, com as mesmas virtudes e defeitos.
MICROPOLÍTICASOFT
ATRACÇÃO IRRESISTÍVEL
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FOTOS
2 comentários:
A Cultura da exigência, da responsabilidade e do rigor não se aplica aos políticos,Lol. Não há um único que aceite ser responsável por má gestão ou más decisões. Eles nunca se enganam e raramente têm dúvidas, a maralha é que se engana sempre quando os escolhe porque ainda nunca acertou em tipos sérios responsáveis e com humildade para reconhecer os erros.
As pensões em geral na função pública são mais baixas do que as dos privados. Será que agora também vão baixar as dos privados?
O pessoal anda desatento...
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