De volta para o meu serviço a cerca de um quilómetro dali deparei-me com uma arreliadora falta de electricidade. Tento entrar em contacto com a EDP e fiz mais de vinte tentativas telefónicas, através do telemóvel e só me surgia a arreliadora gravação “de momento não podemos estabelecer a sua ligação”. Cerca de duas horas depois lá veio a energia eléctrica, mas para meu espanto as UPS não paravam de tocar e até as luzes de emergência se acendiam sem que a luz faltasse.
Desisti, estava na hora de almoço, e fui alimentar o corpinho. Uma hora passada e de volta ao escritório tento ligar o computador. Consegui trabalhar cerca de dez minutos e eis que as UPS voltam a tocar e, mais dois minutos o computador desliga-se.
A paciência tem limites, e eu volto ao telefone para ligar para a EDP. Nada, a mesma gravação e mais de uma dezena de tentativas iguais. Desço a escada furioso e dirijo-me a um vizinho electricista e conto-lhe a minha desgraça, sendo que ele delicadamente me elucida que a corrente tinha sido restabelecida mas, há sempre um mas, havia uma flutuação de carga na rede que causava o distúrbio que eu estava a verificar. Nada a fazer, disse-me, senão tentar comunicar o facto à EDP, ou esperar pacientemente que alguém desse pela anomalia e a corrigisse. Entretanto, para proteger os meus computadores fui aconselhado a mantê-los desligados enquanto as UPS mantivessem o seu comportamento anormal, eram 16 horas e 30 minutos e a tarde estava irremediavelmente perdida.
A falta de energia foi às 9 e pouco da manhã e eu perdi mais de meio dia de trabalho e a EDP, a quem eu pago o fornecimento eléctrico nem sequer me atendeu o telefone. Só espero que nenhum equipamento fique danificado, senão temos o caldo entornado.
Que saudades do tempo em que a EDP era inteiramente pública e o piquete de urgência atendia os telefones.


Enquanto pregam a necessidade de poupanças, atacam os salários, aumentam os medicamentos, taxam os actos médicos e aumentam os impostos, os nossos políticos gastam que se fartam.
Segundo CM 10 deputados do nosso Parlamento gastaram 291 mil euros em viagens. Não é apenas o transporte mas também o alojamento.
Não será muito, dirão alguns, mas verifica-se um aumento de 35% em relação ao ano anterior. Afinal estamos em contenção de despesas, ou isso só se aplica a alguns portugueses? Já agora, 2007 começou em grande com umas viagens ao Oriente, veremos se os negócios cobrem os gastos.
Estamos em poupança, malta.