Mostrar mensagens com a etiqueta Sintra. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Sintra. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, julho 01, 2019

O PAÇO REAL DE SINTRA

Numa altura em que se prepara uma nova museografia para o Palácio Nacional de Sintra, o que se aplaude, aqui ficam algumas fotografias mais ou menos antigas, que retratam os aposentos da rainha D. Maria Pia na época em que foram obtidas. Existem outros arranjos museológicos e alguns registos curiosos em fotografia e em aguarelas.

Os aposentos do rei D. Luís não serão recriados, porque foram transformados numa sala ampla, conhecida como Sala Manuelina, ainda que existam aguarelas muito interessantes que mostram como eles eram.


 


sábado, janeiro 26, 2019

NO MELHOR PANO CAI A NÓDOA

A Parques de Sintra vai arrecadando prémios internacionais, como mais este de Melhor Empresa do Mundo em Conservação, que repete pelo sexto ano consecutivo, contudo existe o outro lado da moeda, que poucos conheciam até agora, e que fica mal na lapela duma empresa que pretende estar à frente na área do Património.

Os recordes de visitas e de receitas obtidas não se conseguem sem o contributo dos profissionais que lá trabalham, e contudo, isso não se reflecte nos salários praticados nem no tipo de vínculos laborais onde a precariedade predomina.

Uma política de baixos salários e de precariedade laboral não é o melhor contributo para a imagem duma empresa que pretende liderar no sector, e que tem condições económicas para o fazer. As limitações que a empresa diz ter são bastante fracas e há formas de as contornar, basta existir vontade para o fazer, premiando os colaboradores segundo o seu desempenho.

Existem condições para resolver este problema e com isso melhorar a qualidade do serviço prestado com pessoal motivado. Gerir bem não se resume a cortar custos laborais.


segunda-feira, maio 07, 2018

DESCRIPÇÃO SOBRE O PAÇO DE SINTRA (cont.)

Conforme prometido aqui ficam as três páginas que faltavam para completar o que está escrito no livro a que aludi no post anterior. Espero que esta curiosidade seja do agrado de alguém, como aconteceu no meu caso.


domingo, maio 06, 2018

DESCRIPÇÃO SOBRE O PAÇO DE SINTRA

Durante os últimos 30 anos li as mais diversas publicações sobre o Palácio Nacional de Sintra, umas mais interessantes do que outras, algumas verdadeiramente elucidativas, outras bastante insípidas e pouco exactas, mas vale sempre a pena dar uma vista de olhos por todas elas.

Hoje deixo-vos algumas imagens dum livro de Joaquim da Conceição Gomes, de 1871, que além de falar do Monumento de Mafra (que não vem hoje a propósito), também dedica umas páginas ao Paço de Sintra. 
A segunda parte será publicada no próximo post

terça-feira, janeiro 09, 2018

SINTRA E O LIXO

A entrega da recolha de lixo a empresas privadas, que aconteceu há uns anos, foi uma asneira e todos os alertas que foram feitos na altura caíram em saco roto, e depois as coisas tornaram-se difíceis e agora temos um problema em mãos.

Em Sintra os serviços de recolha de lixo foram entregues a uma empresa privada mas por algum motivo, que nem discuto, a Câmara Municipal de Sintra acabou por entregar essa tarefa aos SMAS, que não têm equipamentos necessários para a tarefa, nem pessoal em quantidade para acorrer a todas as solicitações.

Já tínhamos dos passeios mais sujos, minados de presentes dos canídeos dos munícipes, e com as estradas sujas e em mau estado a que estamos habituados, temos agora os contentores de lixo cheios por deficiente recolha, e lixo espalhado em torno dos contentores antes e depois da recolha.

A escassez de camiões de recolha, de pessoal para os operar, e de pessoal para limpeza das ruas e passeios é evidente para quem está atento a este problema, e a resposta vai demorar, porque a situação ocorre depois da campanha eleitoral para as autarquias. 


quinta-feira, novembro 02, 2017

REGRESSO AO PASSADO - PAÇO DE SINTRA

3ª Parte

… , e depois pela Sala dos Particulares, ornada , de dois ricos panos de Arrás, e a seguir pela Sala de Jantar, sem nada de notável, a não ser o ornato das janelas; entra-se então na Sala das Sereias ou da Galé, tão rica de decoração cerâmica (azulejos e mosaicos de grande beleza) e com uma curiosa porta de mármore, a um canto; à qual se segue a famosa Sala das Pegas, cujo motivo decorativo, se filia numa tradição galante que vamos resumir.

Um dia D. João I, galanteando uma dama da corte, deu-lhe uma rosa e um beijo; D. Filipa de Lencastre surpreendeu então o marido, que, ao dar por ela, respondeu: «Senhora, foi por bem». O caso fez escândalo no paço, e o rei, para confirmar dum modo público a frase, mandou adornar o tecto do salão com pegas (aves que simbolizam a parolice), tendo cada uma pendente do bico a legenda por bem. Há aí um rico lustre de Veneza e o célebre fogão monumental, de mármore de Carrara, transferido do Paço de Almeirim. Não tem qualquer consistência a afirmação de que foi oferta de Leão X a D. Manuel I. Parece que o trabalho de escultura é flamengo. Haupt atribuiu-o a Franz Florio. Na frente dele dois cofres, sendo o da direita de verdadeiro guada mecim hispano-árabe e o da esquerda imitação.

Atravessando o lindo Pátio Central, entra-se na grande Sala dos Cisnes (antiga de recepção), assim chamada por ter pintadas no tecto 27 destas aves, decoração primorosa e policromada a branco, vermelho, azul e ouro, decerto do tempo de D. Manuel I mas com restauros posteriores. As janelas e portas, talhadas em fino mármore, são muito lindas.
 Ao lado um terraço com alpendre, bancos corridos e um assento de braços, forrados de azulejos sevilhanos, onde (diz-se) D. Sebastião convocou os conselheiros de Estado para os ouvir sobre o infausto projecto da expedição a Alcácer-Quibir.

Voltando ao vestíbulo visitam-se os quartos que, no derradeiro período da monarquia, eram habitados pelos soberanos. É o 1º o antigo quarto de D. Luís, donde este monarca saiu doente para Cascais, onde faleceu. Na parede do fundo há uma rica tapeçaria Gobelin, com Luís XIV vestido à romana e visitando um atelier de pintura. Na sala seguinte notam-se alguns retratos, um deles de D. Catarina de Bragança, mulher de Carlos II de Inglaterra. Seguem-se o quarto de dormir da rainha D. Maria Pia, que tem paredes pintadas a cal, destoando de todo o edifício; o de vestir com armários vindos da Ajuda e vários castiçais Império; a sala de música, com numerosas peças de faiança de Sèvres, Saxe, Limoges, etc., vindas do Castelo da Pena, havendo entre elas um prato com os retratos de Luís XIV, de sua mulher, Teresa de Áustria, e de 7 amantes daquele rei; o antigo escritório com faianças hispano-árabes e, ao centro, uma bela taça da fábrica do Rato.

Por fim vai-se à original Sala de banho árabe, ou Casa da água, no pátio, de cujas paredes saem jorros de água.


FIM 


A imagem é do roteiro de onde este texto foi retirado e cujo autor está bem identificado. Algumas informações são erradas, mas esta (re)publicação teve como objectivo chamar a atenção para o tipo de visita existente nos anos 20 e 30 do séc. XX, e para o que se dizia então, bem como o que se oferecia ao público.

Talvez de pois disto haja quem queira revisitar o Palácio da Vila para tirar a limpo as diferenças.

terça-feira, outubro 31, 2017

REGRESSO AO PASSADO - PAÇO DE SINTRA



2ª Parte
 
Entra-se depois na Sala dos Brasões, ou dos Veados, ou ainda das Armas, salão quadrilongo com as paredes decoradas de azulejos do século XVII (episódios cinegéticos) e tecto em cúpula, formado por caixotins, com 72 cabeças de veado pintadas na madeira, as quais ostentam pendentes do pescoço os brasões das principais famílias nobres do século XVI. As armas dos Távoras e as dos duques de Aveiro foram mandadas apagar no séc. XVIII, após a execução daqueles titulares, implicados num atentado contra a vida de D. José.

Os seguintes versos, inseridos no friso, mostram o intuito de D. Manuel I ao determinar a ornamentação que referimos:

POIS COM ESFORÇOS E LEAIS – SERVIÇOS FORAM GANHADOS,
COM ESTES E OUTROS TAIS – DEVEM DE SER CONSERVADOS.

Trata-se de obra admirável. Repare-se na formusura das janelas do mesmo salão e, abrindo-as, nos quadros de encantadora paisagem que elas patenteiam.

Regressa-se agora ao corpo central do Paço, bem manuelino na decoração. À direita dica-nos o Pátio da Carranca; passa-se pela Sala da Coroa, que dá para outro pátio, de Diana (fonte do Renascimento e azulejos de relevo)…

(Continua)


Nota: Esta descrição era muito comum à época, e continuou a ser usada por muita e boa gente, mas alguns aspectos vieram depois a ser corrigidos à medida em que se começou a aperfeiçoar o conhecimento do monumento.

domingo, outubro 29, 2017

REGRESSO AO PASSADO - PAÇO DE SINTRA



1ª Parte
 
Subindo a escadaria vê-se uma fonte da Renascença e, transpostos os arcos ogivais, toma-se o bilhete para a visita. Deste átrio, com a sua série de formosas janelas, sobe-se, por dois lanços de escadas, o segundo em espiral, ao interior (um guarda acompanha os visitantes):

Entra-se na Sala dos Archeiros, ornamentada por dois belos panos de Aubusson, contadores, quadros e uma mesa de mosaico florentino; daí se passa à Cozinha, que tem de notável ser todo o tecto formado por duas enormes chaminés cónicas, que de fora se avistam de muito longe.

Sobe-se depois à curiosa Sala dos Mouros, com as paredes forradas de azulejos árabes e uma fonte de mármore no meio; e dela se passa à Capela, onde são dignos de nota o tecto, o chão da capela-mor e os restos de um fresco. À direita era a tribuna real.

Daí vai-se à sala onde, numa vitrina, está um rico pagode de marfim, presente do imperador da China a D. Carlota Joaquina; e subindo16 degraus à direita, ao cubículo de onde ouvia missa o infeliz D. Afonso VI, que aí morreu em 12 de Setembro de 1683, durante um desses ofícios. Do outro lado é o quarto onde ele esteve 8 anos prisioneiro, depois de abdicar forçadamente à coroa para seu irmão D. Pedro II, que não só lhe arrancou o ceptro, como conseguiu também anular-lhe o casamento e matrimoniar-se com a rainha Maria Francisca Isabel de Sabóia. O rei deposto tanto passeou a sua tristeza nesse quarto que gastou os tijolos do pavimento, como ainda hoje se vê. Era passeando que o infeliz olhava continuamente a montanha, onde o conde de Castelo-Melhor, seu primeiro ministro e devotado amigo, duma casa na vertente da serra (hoje Quinta do Saldanha) lhe fazia sinais, para lhe incutir esperança numa revolta que o reporia no trono. Assim reza a tradição.

(Continua)



terça-feira, abril 18, 2017

O MEU PALÁCIO PREFERIDO

No Dia Internacional dos Monumentos e Sítios achei que devia deixar aqui, publicamente, a minha preferência pelo Palácio Nacional de Sintra, não só pela particularidade de ser o mais antigo palácio real, ou por ter sido utilizado pela monarquia durante mais séculos, mas também porque afectivamente estou ligado a este edifício e a muitos portugueses que já lá trabalharam, trabalham ou o usam nas suas vidas profissionais.


terça-feira, janeiro 10, 2017

O CAOS NO TRÂNSITO DE SINTRA

A proximidade das eleições autárquicas talvez explique o caos em que se transformou o trânsito em Sintra nas horas de ponta.

Todos os acessos à Vila de Sintra estão em obras, quer se entre por S. Pedro, pelo Tribunal, pela Várzea ou pela Serra de Sintra, vamos encontrar sentidos proibidos, desvios, faixas ocupadas por máquinas, valas ou buracos delimitados por grades ou fitas.

A palavra planeamento deve ser desconhecida da edilidade, tal como fiscalização, que deve ter ficado dentro de algum escritório, talvez por causa do frio que se vai sentindo.

Mesmo admitindo que estamos na época baixa do turismo, e tudo parece andar em volta disso, temos os cidadãos que pagam os seus impostos e que merecem mais respeito por parte do município.

Por último temos a sinalização que é rudimentar e inadequada e a informação que o município não sabe ou não quer utilizar para manter os cidadãos informados, podendo assim evitar muitos incómodos.


Já gora uma constatação sobre este mandato autárquico, que se resume a  anos sem nada fazer que se veja na zona da Vila de Sintra, e agora no final do mandato um corrupio desordenado de obras que resultam em grande confusão, muito incómodo e até prejuízo para quem aqui mora ou trabalha.


terça-feira, dezembro 06, 2016

UMA MÁ IMPRESSÃO DE SINTRA

Fui ao centro de Sintra num dia de comemoração do aniversário da minha esposa e, apesar de conhecer muito bem a Vila, onde trabalhei durante muitos anos, fiquei espantado com as mudanças acontecidas nestes últimos dois anos.

Comecei por ficar mal impressionado com o trânsito, porque entrar ou sair de Sintra via S. Pedro é uma trapalhada e está tudo mal assinalado, mas disseram-me que depois de nada se fazer durante os últimos anos, agora em vésperas de eleições autárquicas a autarquia acordou.

O número de turistas nesta época do ano parece ser maior, e sobretudo deixou de estar exclusivamente dependente do afluxo de espanhóis, que embora sejam muitos já não são os únicos. Curiosamente o turismo em grupo continua a existir, mas os que se deslocam de carro ou em transportes públicos são cada vez mais, o que nos traz mais gente jovem e gente com maior poder de compra.

O restaurante escolhido, excelente diga-se já, fica perto da estação de comboios e depois de algumas voltas, lá encontrei um lugar pago para estacionar. Tinha notado que junto à estação havia alguma aglomeração de pessoas, que não me parecia normal. Não era, de facto, e eram indivíduos jovens na sua maioria, que abordavam agressivamente os turistas para alugar bicicletas, e carros de todos os tipos, bem como as sempre presentes tuk-tuk.


Acho que a venda de serviços devia ser regulada, porque é extremamente aborrecido ser quase assaltado por quem “vende” serviços na via pública. Sei que isto existe em Itália e noutras paragens turísticas por esse mundo fora, mas posso discordar deste tipo de abordagem, e não serei o único. 

quinta-feira, julho 28, 2016

domingo, maio 22, 2016

A COZINHA DO PALÁCIO DE SINTRA

É sempre com satisfação  que recebo a notícia de beneficiações no Património edificado, especialmente em monumentos com os quais tive algum tipo de relação.

A consolidação dos azulejos da Cozinha do Palácio Nacional de Sintra e a pintura do interior das chaminés, foi algo que me agradou muito, até porque já era necessária há algum tempo.

Questionado por um amigo sobre esta Cozinha monumental, que ele visitou recentemente, com direito a uma visita guiada, surgiu a questão inevitável: no tempo da rainha Maria Pia, quando ela aqui permanecia, o que é que era usado?

Pois bem, nessa altura existia um fogão ao centro onde eram confeccionadas as refeições, pois não eram necessários muitos mais equipamentos para tão poucas pessoas, ainda que as refeições dos criados fossem confeccionados noutros locais, até porque existiam aposentos para eles dentro do Paço. Nos tempos em que o D. Luís e a rainha cá passaram temporadas, as refeições eram confeccionadas num espaço não visitável, e o actual espaço conhecido com o nome de Quarto de D. Sebastião, era a sala de jantar do casal real.

Nem sempre as coisas foram assim, e alturas houve em que os comensais seriam muitos e as necessidades eram também maiores, e a Cozinha tinha algumas dependências, exteriores mas igualmente cobertas, quase todas deitadas abaixo após a queda da monarquia, que estão assinaladas numa das imagens abaixo.

Imagem depois do restauro

Traseiras do palácio in Paço de Sintra 

Imagem de 2008

segunda-feira, setembro 28, 2015

NOVIDADES DE SINTRA



Sintra é um destino ideal para quem pretenda passear por uma paisagem deslumbrante, ao mesmo tempo que desfruta de monumentos ligados à história de Portugal, desde D. Afonso Henriques até à implantação da República.

Hoje já se pode ir da Vila de Sintra, tomada por D. Afonso Henriques em 1147. Até ao Castelo de Sintra, fortaleza defensiva restaurada ao tempo do Marquês de Pombal, sempre pelo interior da serra sem o incómodo dos automóveis que enchem a estrada de acesso ao Palácio Nacional da Pena. O percurso pedonal é pela Vila Sassetti recentemente requalificada pela Parques de Sintra – Monte da Lua.

Outra novidade será a hasta pública do Hotel Netto, adquirido recentemente pela Câmara Municipal de Sintra, quando tudo indicava que seria Comprada pela Parques de Sintra – Monte da Lua (PSML), que até tinha preparado um plano de recuperação para a mesma, com o recurso ao direito de preferência a que tinha direito a CMS. A intenção de ganhar 300 a 400 mil euros é simplesmente mirabolante, mas Basílio Horta é sempre uma surpresa, ainda que nem sempre agradável.

Espero que o património, as queijadas e os travesseiros, continuem a atrair portugueses e estrangeiros que nada têm que ver com estas novidades.