2ª Parte
Entra-se depois na Sala dos
Brasões, ou dos Veados, ou ainda das Armas, salão quadrilongo com as paredes
decoradas de azulejos do século XVII (episódios cinegéticos) e tecto em cúpula,
formado por caixotins, com 72 cabeças de veado pintadas na madeira, as quais
ostentam pendentes do pescoço os brasões das principais famílias nobres do
século XVI. As armas dos Távoras e as dos duques de Aveiro foram mandadas
apagar no séc. XVIII, após a execução daqueles titulares, implicados num
atentado contra a vida de D. José.
Os seguintes versos, inseridos no
friso, mostram o intuito de D. Manuel I ao determinar a ornamentação que
referimos:
POIS COM ESFORÇOS E
LEAIS – SERVIÇOS FORAM GANHADOS,
COM ESTES E OUTROS
TAIS – DEVEM DE SER CONSERVADOS.
Trata-se de obra admirável.
Repare-se na formusura das janelas do mesmo salão e, abrindo-as, nos quadros de
encantadora paisagem que elas patenteiam.
Regressa-se agora ao corpo
central do Paço, bem manuelino na decoração. À direita dica-nos o Pátio da
Carranca; passa-se pela Sala da Coroa, que dá para outro pátio, de Diana (fonte
do Renascimento e azulejos de relevo)…
(Continua)
Nota: Esta descrição era muito comum à época, e continuou a ser usada por muita e boa gente, mas alguns aspectos vieram depois a ser corrigidos à medida em que se começou a aperfeiçoar o conhecimento do monumento.
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