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sexta-feira, abril 13, 2012

GOSTAVA DE OUVIR A EXPLICAÇÃO

A discussão entre a maioria (PSD/CDS) e o PS tem-se reduzido ao tal “Pacto Orçamental”, imposto pela Alemanha, e que Passos Coelho quer ser o primeiro a ratificar.

Este “pacto” e a tal “regra de ouro” inscrita na Constituição, ou em documento de igual valor, obrigarão Portugal a não ultrapassar um défice estrutural de 0,5 do produto interno bruto (PIB), e obriga a que a dívida pública fique sempre abaixo dos 60% do PIB.

As divergências entre os partidos da nossa troika (PSD, PS e CDS) prendem-se com um documento que o PS pretende ver anexo ao Tratado, mas no fundo estão de acordo com o “Pacto Orçamental” e as suas medidas perfeitamente quantificadas, e que em caso de não cumprimento darão origem a penalizações.

É muito fácil dizer que apoiam este “pacto”, como foi fácil assinarem o “resgate” com a troika, mas o que nenhum destes partidos nos quer explicar é como, e quando é que acham que Portugal estará preparado para o cumprir.

Esta pergunta ainda sem resposta justifica que seja feito um referendo deste novo Tratado, porque está bem à vista que sem a isso serem obrigados, os partidos da troika nunca irão elucidar os portugueses sobre o que será o nosso futuro com a aplicação da “regra de ouro”.


quarta-feira, dezembro 14, 2011

A HORA DA DECISÃO

Houve quem recebesse a notícia de que a “Irlanda admite referendo à permanência na zona euro” com algum espanto e até indignação.

Não há nesta notícia nada que me espante, pelo contrário há coisas na actuação e no discurso do nosso governo que me espantam e até causam indignação, e prendem-se com um optimismo injustificado e despropositado.

A nossa economia afunda-se a cada dia que passa, o desemprego aumenta para níveis incomportáveis, a miséria começa a ser visível até para os que andam distraídos, e a criminalidade começa a tornar-se insustentável.

A falta de protecção social é uma verdadeira ameaça, e o desvio de verbas para a capitalização da banca privada, que é uma opção do governo, não vem aliviar a falta de financiamento da economia, antes satisfaz os accionista da banca, que souberam recolher dividendos até há pouco tempo, mas não estão dispostos a investir.

A saída do euro devia ser uma hipótese que devia estar sobre a mesa do governo, enquanto ainda a podemos negociar, porque por este andar vamos ficar ainda em pior situação, e nessa altura seremos atirados fora, como está prestes a acontecer à Grécia.

É útil recordar que os portugueses nunca foram chamados a pronunciar-se sobre a moeda única ou sobre esta “integração” europeia, pelo que a legitimidade dos governos nestas matérias é mais do que questionável. Dar a oportunidade aos cidadãos de se pronunciarem sobre esta Europa que agora temos, é um dever, porque não foi isto que os políticos nos “venderam”.

CARTOON


FILME
Tinha deixado na aba direita este filme completo para que os meus leitores o possam ver ou que o possam partilhar com a criançada, nesta quadra festiva. Pensei melhor e decidi passar o mesmo para aqui, ficando assim disponível mesmo quando colocar outro na aba direita, o que acontecerá em breve.


Pinóquio (no original em inglês: Pinocchio) é um filme norte-americano do género fantasia, sendo o segundo longa-metragem de animação produzido pelos estúdios Disney no ano de 1940. O filme é baseado em As aventuras de Pinóquio de Carlo Collodi.

sábado, junho 14, 2008

“NÃO”, QUE É DEMOCRÁTICO

Interrompi o meu descanso para manifestar o meu contentamento pelo NÃO dos eleitores da Irlanda ao Tratado de Lisboa.

Ainda hoje ao almoço, com a companhia do meu amigo senhor Silvino, falámos sobre o referendo irlandês e eu manifestei o meu desejo de ver o “NÃO” ganhar. O amigo Silvino, mais velho e excelente analista de personalidades, manifestou a sua sagacidade perguntando-me muito simplesmente «se eu era contra o Tratado de Lisboa». A sua pergunta era uma evidente provocação, ele conhece-me muito bem e há muitos anos, e lá tive que dizer de minha justiça, que o que mais me tinha irritado nesta manobra dos burocratas de Bruxelas, não tinha sido propriamente o Tratado, que eu considerei propositadamente incompreensível para o comum dos mortais, mas sim o processo de ratificação.

Na realidade, é perfeitamente incompreensível que governantes que se dizem democratas, pretendam contornar dois desaires em referendos democráticos, com um articulado perfeitamente incompreensível, mas na substância igual ao que tinha sido recusado, e que depois tenham optado pela ratificação parlamentar, mesmo que em vários casos tenham deixado por cumprir promessas eleitorais. Isto é tudo menos democracia, tal como eu a entendo, e é uma imposição completamente reprovável segundo todos os critérios realmente democráticos.

Pelo que percebi das declarações que ouvi depois de ser conhecido o “NÃO” irlandês, ainda há responsáveis europeus que pretendem insistir no mesmo erro, preparando-se para alterar cosméticamente alguns pontos do Tratado mais sensíveis para os irlandeses, dando a sensação de alguma cedência, meramente aparente, para ver se eles num segundo referendo alteram a sua posição. Nem sequer estão dispostos a ponderar a hipótese de referendarem o que quer que seja nos restantes 26 países.

Esta Europa, muito pouco democrática, nunca terá o meu apoio, evidentemente. Eu só poderei ser a favor de algo que seja perfeitamente claro, o que não é o caso, e votarei se a oportunidade me for dada, “NÃO”, a propostas «manhosas» como esta a que teimaram apelidar de Tratado de Lisboa.

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FOTOGRAFIA TRABALHADA
Albert NuclearCircus By Visperas

Holbien Connery By Frogman12834
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CARTOON
Frederick Deligne
Pavel Constantin

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

AS PALAVRAS E OS ACTOS

PS e PSD rejeitaram o referendo ao Tratado de Lisboa, conforme previsto, e neste caso não se pode dizer que tenha sido uma surpresa para os portugueses.
Talvez haja quem não se recorde, ou talvez até o queiram esquecer, mas procedeu-se a uma alteração da Constituição para tornar possível o referendo a tratados, e todos os partidos com representação parlamentar incluíram nos seus programas eleitorais o compromisso de referendar o tratado europeu.
Na política os compromissos e a palavra dada, valem o que valem, e eis que os dois partidos com maior representação parlamentar, mudam de opinião e enveredam pela ratificação parlamentar.
O que mais me irrita na classe política actual, são os pretextos encontrados para explicar as cambalhotas acrobáticas que praticam. José Sócrates afirmou que era favorável ao referendo mas acaba por definir para o partido o contrário. Santana Lopes diz que “apesar do PSD ser a favor do referendo”, entende que “não é adequado aos interesses do povo, face ao tempo que já se perdeu”. Afinal para estes dois partidos “mudaram as circunstâncias”, seja lá o que isso for.
Vitalino Canas acaba por deixar escorregar um argumento ainda mais fantástico dizendo que a realização de um referendo nas actuais circunstâncias seria “um grave perigo para a União Europeia” e que “o PS não contribuirá para provocar danos na União Europeia”, ao mesmo tempo que diz que a opção pela ratificação não foi por “medo”.Parece que apenas um deputado do centrão, votou a favor do referendo, de acordo com a sua consciência. Apetece-me dizer que a consciência no grupos parlamentares do PS e do PSD está em claro défice, a atender às declarações dos responsáveis políticos.

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Vergonha

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FOTOS - ÂNGULOS E SOMBRAS

pike_YY

pike_YY

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CARTOON

Manny Aenlle Francisco

quarta-feira, janeiro 09, 2008

MAIS UMA MENTIRA

Depois de já ter deixado cair diversas promessas feitas em campanha eleitoral e até no programa de governo, este governo prepara-se para não cumprir outro compromisso assumido perante os portugueses, recusando o referendo ao agora chamado Tratado de Lisboa.
Devo afirmar que não estou surpreendido com esta notícia, e já há muito que digo que as promessas dos nossos políticos não são para levar a sério, pois são mais as que teimam em não cumprir do que aquelas que são respeitadas. A credibilidade dos nossos políticos, na minha modesta opinião, é nula.
O meu desprezo não se restringe apenas a José Sócrates ou ao PS, mas estende-se a todos os partidos políticos que fizeram igual promessa e que agora mudaram de opinião, e mesmo o Presidente da República que não está disposto a obrigar o governo a cumprir os compromissos assumidos no programa do próprio governo.
Nunca estive convencido de que o referendo sobre a ratificação do tratado, tivesse mais do que 50% de votantes, ou que o resultado, ainda que não vinculativo, tivesse um resultado desfavorável, mas não concebo a política baseada em mentiras.

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FOTOGRAFIA
Тимоничев Александр

besenorita

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CARTOON

Alexander Zudin

Riber Hansson

terça-feira, dezembro 18, 2007

BELMIRO E O REFERENDO

O senhor Sonae, o empresário Belmiro de Azevedo, disse numa audição promovida pelo CDS sobre o Tratado de Lisboa, que um referendo é «supérfluo» e que o mesmo não passa de uma «invenção dos partidos políticos». Disse ainda que « les choses sont déjà faits, já está tudo resolvido».
O engº Belmiro de Azevedo, enquanto cidadão, pode ter a opinião que quiser mas, se não fosse um grande empresário talvez não tivesse sido chamado a opinar sobre a matéria, porque a sua opinião seria tão irrelevante quanto a minha. Mas a realidade é outra, e aqui ficou um cheirinho do que ando a dizer há muito tempo, o poder económico domina completamente as decisões políticas.
Como corolário do que saiu na imprensa sobre as declarações deste empresário ficou uma tirada curiosa sobre Portugal, «não temos uma alternativa democrática aos partidos e ela tem de ser criada. As pessoas têm de ser ajudadas a ter uma voz consciente». Não sei se o CDS e os restantes partidos gostaram desta afirmação, nem me importa.
Nesta ocasião, quando temos as associações patronais a reclamar por causa da subida prevista do salário mínimo, e que estamos com um alta taxa de desemprego, eu teria preferido ouvir o empresário Belmiro de Azevedo falar sobre os salários que pratica nos supermercados que detém, e sobre a percentagem de pessoal contratado a prazo e os seus horários de trabalho, o que nos podia elucidar sobre a realidade do mercado de trabalho. Note-se que dispenso saber quanto ganham os altos funcionários encarregues da gestão do grupo, o que seria mesquinho da minha parte.
Belmiro de Azevedo a falar sobre o Tratado de Lisboa, enquanto empresário, dá sempre a sensação de estar a dar um recado ao governo, mesmo que se tenha pronunciado a pedido do CDS.

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FOTOS - ESTAÇÕES

Forest Elf

Oleg Volkovskiy

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CARTOON

Seyran Caferli/Azerbaijan

Mihai Ignat/Romania

quinta-feira, outubro 25, 2007

quarta-feira, outubro 24, 2007

MEDO DO REFERENDO?

A opinião do ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, é respeitável se emitida na condição de simples cidadão, mas é inoportuna e criticável enquanto membro do governo português. Todas as opiniões são possíveis, e certamente cada um terá a sua, mas nem todos estão condicionados, como Luís Amado pelas posições anteriormente assumidas perante os seus eleitores e perante toda a opinião pública.
A frase mais difícil de “engolir” na sua entrevista ao Rádio Clube Português é a seguinte “os tratados internacionais não têm de ser referendados. É para isso que existem os parlamentos”. O senhor ministro esquece-se propositadamente do compromisso tomado perante o eleitorado pelo seu partido, quando se apresentou às eleições legislativas, e pretende dizer que mesmo não respeitando os compromissos eleitorais, os eleitos têm legitimidade para aprovar este tratado. É muito curioso este conceito de legitimidade política, na sua boca.
É também incompreensível que enquanto ministro do governo português tenha emitido esta opinião, quando também recordou que o governo condicionou a sua posição oficial por exercer a presidência da União Europeia até ao final de Dezembro, não querendo por isso condicionar ou inibir o desenvolvimento do processo negocial. Mas afinal Luís Amado é ou não o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal?
Por fim, temos o argumento da complexidade deste tipo de tratados e da dificuldade de fazer uma pergunta concreta entendível para o cidadão comum. Senhor ministro, os eleitores em causa são os mesmos que votaram maioritariamente no seu partido nas anteriores legislativas, para o bem ou para o mal.

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PAISAGENS NO OUTONO
lilit10

monterey

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CARTOON FRANCÊS
Chappatte

Delize