O senhor Sonae, o empresário Belmiro de Azevedo, disse numa audição promovida pelo CDS sobre o Tratado de Lisboa, que um referendo é «supérfluo» e que o mesmo não passa de uma «invenção dos partidos políticos». Disse ainda que « les choses sont déjà faits, já está tudo resolvido».
O engº Belmiro de Azevedo, enquanto cidadão, pode ter a opinião que quiser mas, se não fosse um grande empresário talvez não tivesse sido chamado a opinar sobre a matéria, porque a sua opinião seria tão irrelevante quanto a minha. Mas a realidade é outra, e aqui ficou um cheirinho do que ando a dizer há muito tempo, o poder económico domina completamente as decisões políticas.
Como corolário do que saiu na imprensa sobre as declarações deste empresário ficou uma tirada curiosa sobre Portugal, «não temos uma alternativa democrática aos partidos e ela tem de ser criada. As pessoas têm de ser ajudadas a ter uma voz consciente». Não sei se o CDS e os restantes partidos gostaram desta afirmação, nem me importa.
Nesta ocasião, quando temos as associações patronais a reclamar por causa da subida prevista do salário mínimo, e que estamos com um alta taxa de desemprego, eu teria preferido ouvir o empresário Belmiro de Azevedo falar sobre os salários que pratica nos supermercados que detém, e sobre a percentagem de pessoal contratado a prazo e os seus horários de trabalho, o que nos podia elucidar sobre a realidade do mercado de trabalho. Note-se que dispenso saber quanto ganham os altos funcionários encarregues da gestão do grupo, o que seria mesquinho da minha parte.
Belmiro de Azevedo a falar sobre o Tratado de Lisboa, enquanto empresário, dá sempre a sensação de estar a dar um recado ao governo, mesmo que se tenha pronunciado a pedido do CDS.
O engº Belmiro de Azevedo, enquanto cidadão, pode ter a opinião que quiser mas, se não fosse um grande empresário talvez não tivesse sido chamado a opinar sobre a matéria, porque a sua opinião seria tão irrelevante quanto a minha. Mas a realidade é outra, e aqui ficou um cheirinho do que ando a dizer há muito tempo, o poder económico domina completamente as decisões políticas.
Como corolário do que saiu na imprensa sobre as declarações deste empresário ficou uma tirada curiosa sobre Portugal, «não temos uma alternativa democrática aos partidos e ela tem de ser criada. As pessoas têm de ser ajudadas a ter uma voz consciente». Não sei se o CDS e os restantes partidos gostaram desta afirmação, nem me importa.
Nesta ocasião, quando temos as associações patronais a reclamar por causa da subida prevista do salário mínimo, e que estamos com um alta taxa de desemprego, eu teria preferido ouvir o empresário Belmiro de Azevedo falar sobre os salários que pratica nos supermercados que detém, e sobre a percentagem de pessoal contratado a prazo e os seus horários de trabalho, o que nos podia elucidar sobre a realidade do mercado de trabalho. Note-se que dispenso saber quanto ganham os altos funcionários encarregues da gestão do grupo, o que seria mesquinho da minha parte.
Belmiro de Azevedo a falar sobre o Tratado de Lisboa, enquanto empresário, dá sempre a sensação de estar a dar um recado ao governo, mesmo que se tenha pronunciado a pedido do CDS.
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