Houve quem recebesse a notícia de que a “Irlanda admite referendo à permanência na zona euro” com algum espanto e até indignação.
Não há nesta notícia nada que me espante, pelo contrário há coisas na actuação e no discurso do nosso governo que me espantam e até causam indignação, e prendem-se com um optimismo injustificado e despropositado.
A nossa economia afunda-se a cada dia que passa, o desemprego aumenta para níveis incomportáveis, a miséria começa a ser visível até para os que andam distraídos, e a criminalidade começa a tornar-se insustentável.
A falta de protecção social é uma verdadeira ameaça, e o desvio de verbas para a capitalização da banca privada, que é uma opção do governo, não vem aliviar a falta de financiamento da economia, antes satisfaz os accionista da banca, que souberam recolher dividendos até há pouco tempo, mas não estão dispostos a investir.
A saída do euro devia ser uma hipótese que devia estar sobre a mesa do governo, enquanto ainda a podemos negociar, porque por este andar vamos ficar ainda em pior situação, e nessa altura seremos atirados fora, como está prestes a acontecer à Grécia.
É útil recordar que os portugueses nunca foram chamados a pronunciar-se sobre a moeda única ou sobre esta “integração” europeia, pelo que a legitimidade dos governos nestas matérias é mais do que questionável. Dar a oportunidade aos cidadãos de se pronunciarem sobre esta Europa que agora temos, é um dever, porque não foi isto que os políticos nos “venderam”.
1 comentário:
Esperar que eles respeitem o povo e façam um referendo?
Olha vou-te surripiar o filme para a garota.
Bjos da Sílvia
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