Há pouco tempo ouvimos um secretário de Estado dizer que há muitos desempregados que não querem sair da sua zona de conforto, e ir trabalhar, apesar de estarmos numa situação de alto desemprego. Claro que se tratava de uma desculpa para mais uns cortes na protecção social, e não uma verdadeira preocupação com a situação real dos desempregados.
As zonas de conforto na realidade existem, para os bancos que em caso de dificuldade têm dinheiro à sua disposição, para as transportadoras privadas que são prontamente compensadas por não entrarem em vigor os aumentos em Janeiro, ou para os concessionários das estradas que têm garantidos os proventos calculados na altura dos contratos.
Percebe-se que afinal há quem tenha as suas zonas de conforto, que estão sempre garantidas mesmo que os cidadãos que trabalham não tenham garantias de aumentos que cubram a inflação, ou garantias de virem a ser compensados pelo confisco dos subsídios a que tinham direito, tirados a pretexto da emergência nacional.
A zona de conforto quando nasceu não foi para todos, mesmo considerando que somos todos iguais, ainda que com a ressalva de que há uns mais iguais do que outros.
É por causa desta e doutras que não tenho confiança em Passos Coelho e companhia!
3 comentários:
Ó meu, o Coelho está há muito no rol dos mentirosos, pá!
Lol
AnarKa
Já somos dois! Ou por outra, três contando com o Anarka. Estes governantes (?), devem viver noutro País, que não este ( ou então sonham acordados)
Já somos dois! Ou por outra, três contando com o Anarka. Estes governantes (?), devem viver noutro País, que não este ( ou então sonham acordados)
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