sábado, setembro 29, 2018

LEITURAS

"O paradoxo do império é que ele cria nações, geralmente onde estas não existiam, e ao mesmo tempo tem de actuar energicamente para as reprimir."

Esta está a ser a minha actual leitura, que me está a despertar a atenção, não apenas pelo tema, mas sobretudo pela visão desassombrada do autor.


quarta-feira, setembro 26, 2018

A MODELO DA ORIGEM DO MUNDO FOI IDENTIFICADA

Numa altura em que tanto se discute a censura em Portugal, e no mundo, também se fala de Cultura, costumes, e excessos.

Foi notícia hoje mesmo, que se terá identificado a modelo da obra A Origem do Mundo, do pintor Gustave Courbet, que não é a retratada abaixo, Joanna Hiffernan, mas sim a bailarina Constance Quéniaux.

A imagem que se impunha era a do quadro A Origem do Mundo, mas devido à evidente censura de algumas redes sociais, a escolha foi a de outra pintura do mesmo autor.

Jo, la belle Irlandaise de Gustave Courbet

segunda-feira, setembro 24, 2018

CONTRA A CENSURA

Pode parecer estranho mas o Cara de Livro bloqueou-me por causa dum artigo do El País que falava da exposição de Robert Marpplethorpe em Serralves, e dos acontecimentos que a rodearam. Fiquei sem saber se foi por no título constar a palavra "sadomasoquistas", referindo-se a algumas imagens, ou se foi pela imagem que acompanha o artigo, que francamente não sei se chocam alguém.

Abomino a censura e por isso denuncio-a como me é possível.

Nota: Siga este link se o desejar, e verá o artigo a que me refiro.

sábado, setembro 22, 2018

É MAIS FÁCIL SE PERGUNTAR EM INGLÊS

Os sinais de alarme soam quando um português, em Lisboa, tenta orientar-se e constata que as pessoas que o rodeiam, nos transportes públicos, nos cafés e nos locais turísticos, são mesmo só turistas...


quinta-feira, setembro 20, 2018

A MOBILIDADE DOS "BEM MONTADOS"

Está na ordem do dia falar-se das dificuldades existentes no que respeita à mobilidade dos portugueses, e dos problemas ambientais, mas será que os Governos discutem e encaram estes problemas com a devida seriedade?

Quando se fala da poluição ligada à mobilidade, ataca-se o transporte particular, e fala-se de aumentos dos impostos nos automóveis, nos combustíveis, imposto de circulação e portagens, e fica-se por aí, porque umas "massas" a mais nos cofres significam mais "umas flores" para se ganhar as próximas eleições.

Como sempre ouvi dizer, o exemplo tem que vir de cima, e o que fazem os senhores governantes deste país onde as desigualdades são das maiores da Europa? Compram ou alugam uma frota de automóveis topo de gama para seu uso pessoal, e da família, com um motorista, com "gasosa" e todas as demais despesas, por conta do erário público.

Será que se os senhores ministros e ajudantes tivessem que usar os seus próprios automóveis, com tudo à sua custa (como o comum dos contribuintes), ou os transportes públicos que existem, para todas as suas deslocações diárias, as coisas estavam no estado em que estão? 

Confesso que nunca encontrei uma explicação convincente para a atribuição de viaturas de serviço (todo ele, particular incluído), aos governantes e demais chefias (excepto para as deslocações estritamente em serviço), quando todos os subordinados, alguns dos quais com salários bem baixos, têm que se deslocar a expensas próprias. 



terça-feira, setembro 18, 2018

POLÍTICAS AMIGAS DA NATALIDADE


A baixa da natalidade em Portugal, é um verdadeiro problema, que apesar de já ter sido identificado há cerca de uma década, continua a não ter qualquer solução à vista.

Há pouco tempo ouviu-se a ideia peregrina de incentivar o regresso ao país daqueles jovens que abandonaram o país em busca dum futuro melhor, que Portugal não lhes podia proporcionar.

A ideia é peregrina porque os jovens, na sua grande maioria, não conseguem encontrar empregos com remunerações justas, que lhes permitam constituir família, ter uma habitação condigna, criar e educar os seus filhos.

Neste preciso momento temos jovens saídos das nossas faculdades que não encontram empregos nas suas especialidades (não só os enfermeiros, ou outros da área do ensino), e mesmo os que conseguem têm no começo da sua carreira salários que vão dos 600 aos 900, pelo menos nos primeiros 3 anos.

Com salários tão baixos como os que se praticam no início da carreira, e com o grau de precariedade que é a norma, como é que se promove a natalidade? Em Portugal quando se fala em aumentar os salários, surgem logo os que falam de ameaça à competitividade, na fuga dos investimentos, e começam os pedidos de vantagens nos impostos, nas prestações sociais obrigatórias, etc. Este patronato nacional é o mesmo que diz que não encontra profissionais para trabalhar nas suas empresas, e que reclama pela vinda de emigrantes, que quando vêm é só para saltar o mais depressa possível para outro país europeu onde possam viver decentemente.

Este é o país que temos, e que vai envelhecendo a cada ano que passa.



segunda-feira, setembro 17, 2018

OS TRONOS DE D. JOÃO VI (cont)



Este trono esteve em exposição no antigo Palácio de S. Cristóvão, casa dos Braganças no Brasil, e depois Museu Nacional do Brasil que ardeu na sua totalidade há poucos dias.

Não existem pois dúvidas que estes dois tronos, agora desaparecidos, pertenceram a D. João VI, pois existem provas documentais que suportam esta afirmação.

É uma pena que uma sala tão emblemática e bela como a Sala do Trono do Palácio Nacional de Mafra, exiba uma cadeira muito banal, e nunca se tenha pensado em mostrar uma réplica dum trono verdadeiramente de D. João VI, o rei que mais tempo passou neste palácio.

Podem afirmar que uma réplica não é adequada, mas continuo a achar que, desde que devidamente identificada, e fiel ao original, é mais própria do que uma outra cadeira qualquer.

Existe mais outra curiosidade que encaixa na perfeição no título “Os Tronos de D. João VI”, que é o trono oferecido a este monarca pelo príncipe do Daomé, Adandozan, em 1810, que é mais antigo do que o Museu Nacional, sendo portanto uma das suas primeiras peças, que infelizmente também se perdeu no incêndio.


Trono de Daomé

Nota: Sei que existem outros tronos de monarcas portugueses, como o que se diz ser de D. Afonso VI e o de D. Maria II, por exemplo, mas isso não invalida que se dê o devido relevo a D. João VI, e aos seus pertences, no Palácio Nacional de Mafra, ao invés de se teimar em falar nas “coxinhas de frango nos bolsos”, de cada vez que se mostra um retrato menos feliz exposto nos aposentos do rei.
 

PORTUGAL / ESPANHA E A CULTURA


Somos vizinhos mas estamos a séculos de distância no que concerne a assuntos relacionados com a Cultura, para ser simpático, esclareça-se.

Numa das vertentes, a da segurança, estamos muito atrasados relativamente aos nossos vizinhos, e isso não é simpático, por muito que tenhamos que o registar, e isso dói mais a quem está preocupado com o assunto.

Outra diferença abissal é a importância dada aos testemunhos daqueles que colaboraram com os museus, no passado e até à actualidade, que têm uma história oral que é uma âncora que liga o passado ao presente, e o visitante ao museu.

Enfim, vivemos num país onde os títulos prevalecem, e o que diz um doutor (muitas vezes com uma licenciatura apenas) vale mais do que tudo o resto.

Alguém se importa com a realidade? Não vale mais um estudo duma entidade externa, paga para concluir o que se lhes pede?

Temos muito que aprender, e temos que democratizar a Cultura…



sexta-feira, setembro 07, 2018

RESTAUROS DESASTROSOS

Por acaso nenhum destes restauros desastrosos aconteceu em Portugal, mas não estamos livres de que o mesmo aconteça por cá. Espera-se que os alertas dados com estes fracassos possam alertas os mais incautos e não tenhamos que vir a registar atentados destes por estas bandas.