terça-feira, setembro 18, 2018

POLÍTICAS AMIGAS DA NATALIDADE


A baixa da natalidade em Portugal, é um verdadeiro problema, que apesar de já ter sido identificado há cerca de uma década, continua a não ter qualquer solução à vista.

Há pouco tempo ouviu-se a ideia peregrina de incentivar o regresso ao país daqueles jovens que abandonaram o país em busca dum futuro melhor, que Portugal não lhes podia proporcionar.

A ideia é peregrina porque os jovens, na sua grande maioria, não conseguem encontrar empregos com remunerações justas, que lhes permitam constituir família, ter uma habitação condigna, criar e educar os seus filhos.

Neste preciso momento temos jovens saídos das nossas faculdades que não encontram empregos nas suas especialidades (não só os enfermeiros, ou outros da área do ensino), e mesmo os que conseguem têm no começo da sua carreira salários que vão dos 600 aos 900, pelo menos nos primeiros 3 anos.

Com salários tão baixos como os que se praticam no início da carreira, e com o grau de precariedade que é a norma, como é que se promove a natalidade? Em Portugal quando se fala em aumentar os salários, surgem logo os que falam de ameaça à competitividade, na fuga dos investimentos, e começam os pedidos de vantagens nos impostos, nas prestações sociais obrigatórias, etc. Este patronato nacional é o mesmo que diz que não encontra profissionais para trabalhar nas suas empresas, e que reclama pela vinda de emigrantes, que quando vêm é só para saltar o mais depressa possível para outro país europeu onde possam viver decentemente.

Este é o país que temos, e que vai envelhecendo a cada ano que passa.



1 comentário:

Elvira Carvalho disse...

Uma analise realista da atualidade.
Abraço