A baixa da natalidade em
Portugal, é um verdadeiro problema, que apesar de já ter sido identificado há
cerca de uma década, continua a não ter qualquer solução à vista.
Há pouco tempo ouviu-se a ideia
peregrina de incentivar o regresso ao país daqueles jovens que abandonaram o
país em busca dum futuro melhor, que Portugal não lhes podia proporcionar.
A ideia é peregrina porque os
jovens, na sua grande maioria, não conseguem encontrar empregos com
remunerações justas, que lhes permitam constituir família, ter uma habitação
condigna, criar e educar os seus filhos.
Neste preciso momento temos
jovens saídos das nossas faculdades que não encontram empregos nas suas
especialidades (não só os enfermeiros, ou outros da área do ensino), e mesmo os
que conseguem têm no começo da sua carreira salários que vão dos 600 aos 900,
pelo menos nos primeiros 3 anos.
Com salários tão baixos como os
que se praticam no início da carreira, e com o grau de precariedade que é a
norma, como é que se promove a natalidade? Em Portugal quando se fala em
aumentar os salários, surgem logo os que falam de ameaça à competitividade, na
fuga dos investimentos, e começam os pedidos de vantagens nos impostos, nas
prestações sociais obrigatórias, etc. Este patronato nacional é o mesmo que diz
que não encontra profissionais para trabalhar nas suas empresas, e que reclama
pela vinda de emigrantes, que quando vêm é só para saltar o mais depressa
possível para outro país europeu onde possam viver decentemente.
Este é o país que temos, e que
vai envelhecendo a cada ano que passa.
1 comentário:
Uma analise realista da atualidade.
Abraço
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