São duas peças que em conjunto têm uma função ligada à higiene. Da peça que se encontra num plano superior mostro duas fotos, e da outra que se coloca em baixo, apenas uma, pois não se encontrava em local fácil de fotografar com o telemóvel.
sexta-feira, setembro 30, 2016
quarta-feira, setembro 28, 2016
OS BANCOS ALEMÃES (MAUS)
Durante alguns anos os países
europeus que entravam em dificuldades económicas, e cujos bancos fraquejavam,
eram alvo de resgates que a Europa tratava de modo a serem um castigo exemplar
para esses países, declarados indisciplinados e pouco respeitadores das boas
regras.
É preciso não esquecer que a
crise que atravessamos foi causada por bancos, e pela ganância que os levou a
produzir produtos tóxicos, e que os efeitos se fizeram sentir com mais força
nas economias mais débeis, como a nossa.
A superioridade demonstrada de
vários modos pela Alemanha, sempre à frente das medidas gravosas impostas aos
mais necessitados, acabou por ser desmascarada não só pelos proveitos que a sua
economia teve com “as ajudas” aos países resgatados, mas também pelo escândalo
da VW, que mostrou a falta de rigor da sua indústria, mas também pelos
problemas da sua banca, que são de uma escala muito superior à dos bancos dos
países do resgate.
As dificuldades do Deutche Bank e
do Commerzbank, este último já alvo de resgate pelo estado alemão por duas
vezes, são muito mais perigosas para a Europa e para o euro, do que os
problemas dos nossos bancos todos.
Ninguém fica contente por estes
problemas que afectam os bancos alemães, mas o rigor e a superioridade com que a
senhora Merkel e o seu ministro das Finanças nos acenou quando precisámos de
ajuda, era afinal apenas uma treta.
segunda-feira, setembro 26, 2016
BIBLIOTECAS
Pela grossura da camada de pó que cobre a lombada dos livros de uma biblioteca pública pode medir-se a cultura de um povo.
John Steinbeck
sábado, setembro 24, 2016
quinta-feira, setembro 22, 2016
SEGURANÇA NOS MUSEUS E MONUMENTOS
Como todos sabem todos os edifícios ou recintos onde se realizam espectáculos ou simplesmente onde se realizem actividades comerciais ou outras, dirigidas ao público, têm que respeitar algumas regras de segurança reguladas por legislação específica.
No caso dos museus, palácios e monumentos, em geral, essas regras não são seguidas à risca em boa parte dos equipamentos, e uns desculpam-se com as características dos edifícios, muitas vezes antigos e dificilmente adaptáveis sem ficarem descaracterizados, outros pura e simplesmente desculpam-se com as tutelas que não terão verbas para implementar todas as regras.
A segurança do público é prioritária, já que estes equipamentos estão abertos para servir o público, e há regras que são fáceis de implementar e que têm custos bastante baixos.
A sinalética é relativamente barata e, com alguma imaginação é fácil de colocar sem grande impacto visual, e os extintores devidamente carregados também não são difíceis de conseguir, nem que seja com o recurso a mecenato.
Os planos de evacuação também são relativamente fáceis e baratos, até porque as entidades têm gabinetes de engenharia, e pessoal com o conhecimento dos locais, que os podem elaborar com mais ou menos facilidade, e os bombeiros das localidades costumam cooperar nestas coisas. A preparação dos funcionários para as situações de emergência também podem ser feitas com facilidade na época baixa do turismo, quando existe maior disponibilidade para o efeito.
Quererá tudo isto dizer que é tudo fácil? Não, nada disso, mas as condições básicas estariam satisfeitas e depois podiam encontrar-se maneiras de evoluir no sentido de optimizar todos os processos, a partir da análise dos pontos fracos encontrados pelos profissionais dos museus e dos bombeiros.
terça-feira, setembro 20, 2016
CULTURA SEM MÁSCARAS
O anúncio com pompa e
circunstância das obras para terminar a construção do Palácio Nacional da
Ajuda, e da instalação de um museu onde serão exibidas as joias da coroa, foram
bem recebidas, ainda que ainda estejam por esclarecer alguns contornos da
parceria entre o Ministério da Cultura e a Câmara de Lisboa.
Grandes anúncios nem sempre se
tornam realidade no tempo previsto e com os custos anunciados, como se pode
perceber quanto à transferência do Museu da Música, já diversas vezes
anunciado, primeiro para Évora e depois para Mafra, mas até agora sem se
concretizar.
Todos nos lembramos das promessas
de restauro dos carrilhões de Mafra cujo concurso esteve para ser aberto em
2015, e cujas obras deveriam estar prontas em 18 meses com um custo de cerca de
dois milhões de euros e nada. Em Novembro de 2017 comemora-se o tricentenário
do lançamento da 1ª pedra deste monumento e o silêncio é ensurdecedor.
Esfera By Palaciano
domingo, setembro 18, 2016
E O ANÚNCIO CHEGOU
Através do Expresso de ontem,
17/9/2016, os portugueses ficaram a conhecer as intenções da Direcção Geral do
Património Cultural, da Câmara de Lisboa e do Turismo de Lisboa, de concluir o
Palácio da Ajuda até ao final de 2018.
Segundo a notícia a DGPC vai
contribuir com 4 milhões de euros, do seguro das jóias furtadas na Holanda, e
os restantes 11 milhões serão da responsabilidade da CML e da ATL, e o
protocolo (que não foi revelado) terá a duração de vinte anos, e incluirá também
um novo museu, onde ficarão em exposição permanente as joias da coroa
portuguesa.
A notícia é em princípio boa, mas
fica por saber-se o teor do protocolo celebrado entre as três entidades, pois
aí é que as coisas ainda não estão claras, e depois dos problemas do eixo
Belé/Ajuda, estamos todos à espera das novas abordagens prometidas, tanto pelo
senhor ministro da Cultura como pelo senhor presidente da câmara.
Palácio Nacional da Ajuda - projecto (Foto do Expresso 17/9/2016)
sexta-feira, setembro 16, 2016
SALÁRIOS IGUAIS PARA FUNÇÕES IGUAIS NA EUROPA
O professor João Duque e diversos
outros economistas e comentadores económicos devem estar com as orelhas a
arder, e com os estômagos revoltados com as afirmações de Juncker sobre a
necessidade de existir uma harmonização de salários na Europa, o que quer dizer
salários iguais para as mesmas funções em todos os países membros.
Creio que ninguém pode discordar
com Juncker quando ele diz que “Europa quer dizer solidariedade e jogo justo” e
que receber o mesmo salário pelo mesmo trabalho é uma questão de “justiça
social”, mas tenho a certeza que há quem tenha umas quantas objecções à ideia.
No campo dos direitos e da
justiça social não creio que alguém objecte, mas do senhor João Duque e de
alguns comentadores e professores de economia desta terra, tudo é possível…
quarta-feira, setembro 14, 2016
ALGUMAS CURIOSIDADES DE MAFRA
A construção do Palácio Nacional
de Mafra onde trabalharam num só ano, cerca de 50.000 trabalhadores, feito numa
época em que entrava em Portugal muito dinheiro do ouro do Brasil, foi iniciada
a 17 de Novembro de 1717 (data do lançamento da primeira pedra), e foi
considerada concluída em 1744, ainda que alguns pormenores ainda se encontrem
por realizar. Registe-se que a sagração da Basílica tinha acontecido anos
antes, a 22 de Outubro de 1730, dia de aniversário de D. João V.
Na construção foi usada madeira
de pinho para os andaimes e instalações dos trabalhadores, que veio do norte da
Europa, os paramentos, os tocheiros e outros objectos usados no culto foram
importados de Itália e de França, boa parte das estátuas e das pinturas são de artistas
italianos, os relógios, e os sinos dos carrilhões foram fabricados em
Antuérpia, e só os mármores são portugueses.
segunda-feira, setembro 12, 2016
sexta-feira, setembro 09, 2016
POLÍTICOS, JUSTIÇA E FISCO
O descrédito dos políticos que
alguns dizem ser injusto, acontece porque quem lá está não consegue demonstrar
que está ao serviço do país e do povo, e não ao serviço de interesses próprios
ou apenas de alguns.
Não há cidadão que compreenda a
necessidade de haver um código de conduta para membros do governo, quando
existe já um código de conduta para os servidores públicos. Não se compreende
que os políticos admitam ser uma classe diferente de servidores públicos, ou
que se outorguem direitos e regras diferentes.
Enquanto vemos um país, a
Dinamarca, a comprar dados dos Panamá Papers para descobrir quem fugiu ao
fisco, por cá vemos muitos políticos a assobiar para o lado, quando é mais do
que evidente, até pelos escândalos recentes em julgamento, que por cá há muito
quem tenha usado e abusado dos paraísos fiscais para fugir aos impostos.
Quem não quer ser lobo não lhe
veste a pele.
Boca do Inferno By Palaciano
quarta-feira, setembro 07, 2016
A FILTRAGEM DAS NOTÍCIAS
As poderosas agências de rating emitem regularmente avisos sobre
a economia e as finanças dos países e a comunicação social dá eco ao que bem
entende, muitas vezes deixando de parte muita coisa relevante, pelo menos no
entender das tais agências.
A imprensa nacional e uma boa
parte dos comentadores económicos e políticos, têm alinhado o discurso com o
que diz a oposição nacional, o BCE e o FMI. É fácil e dá audiência e leitores
fomentar a divisão entre o sector privado e o público, até porque a inveja é
muito mais fácil do que a reivindicação, e essa não pode ser fomentada por quem
defende valores tão baixos.
Só por acaso, creio que nem deram
por isso, foram mais os que se esqueceram de mencionar que a Fitch disse que “o
maior risco para as metas orçamentais portuguesas é a fragilidade do sector
financeiro”, e que mesmo neste particular não se referiu unicamente à CGD, mas
sim ao conjunto das instituições financeiras.
É uma pena que tenhamos uma
imprensa tão pouco isenta, uns comentadores tão envolvidos em interesses
económicos e tantos portugueses dados à inveja, e com pouca coragem para lutar
pelos seus direitos. É pena…
segunda-feira, setembro 05, 2016
sábado, setembro 03, 2016
OS ALERTAS E O PATRIMÓNIO
Os alertas feitos pelo director
do Museu Nacional de Arte Antiga, sobre uma possível calamidade que poderá
acontecer em breve, podem soar a exagero, podem até roçar o ridículo, mas nada
têm de descabidos.
Cada um usa os meios que tem à
sua disposição, do modo que acha mais eficaz, ou perante a plateia que acha
mais receptiva, pelo que desta vez nem sequer critico o senhor, que acho um
pouco ávido de protagonismo.
A situação do Museu de Arte
Antiga não é a que me parece mais grave, nem a do Museu dos Coches, pois ambos
têm bastantes funcionários cuja função será a vigilância e acolhimento de
visitantes, a julgar pelos mapas de pessoal, disponibilizados no sítio da
Direcção Geral do Património Cultural. Claro que se sabe que muitos destes
funcionários desempenham outras funções, de secretariado, como telefonistas,
nos serviços educativos e até em funções de manutenção, não previstos nos
referidos mapas, mas necessários segundo as direcções dos serviços.
Existem vários serviços que
conheço, com mais carências, como os Jerónimos, a Torre de Belém, a Batalha, o
Grão-Vasco, Alcobaça, e Mafra, serviços que visitei nos últimos dois anos e
onde pude constatar a falta de funcionários nos espaços visitáveis.
Ao contrário do que possa parecer
pelos mapas de pessoal, na DGPC existem mais técnicos superiores do que
funcionários a fazer efectivamente acolhimento e vigilância, e estes estão um
pouco deixados ao abandono pela falta de formação profissional contínua,
inexistente, e pela falta de coordenadores que os vão enquadrando, dependendo
de pessoas que não desempenham estas funções, nem sabem desempenhá-las, e não
têm os mesmos horários pelo que os deixam ao abandono boa parte do ano
(sábados, domingos e feriados).
O que acontecerá se um dia houver
uma calamidade pública, incêndio, tremor de terra ou inundação, ou se houver um
furto ou alguma coisa for vandalizada por falta de vigilantes? Quem arca com as
responsabilidades pelas deficiências no acolhimento e com a falta de informação
em muitos locais?
A Cultura não pode ser uma bandeira de políticos quando estão na oposição. Tem de ser acarinhada todos os dias e tem que ser dotada de meios humanos e materiais suficientes para um bom desempenho. Ao nível da organização também há muito que fazer, porque houve um retrocesso nos últimos anos.
quinta-feira, setembro 01, 2016
COMEMORAÇÃO DO PATRIMÓNIO CULTURAL
A Comissão Europeia propõe o ano
de 2018 para destacar a importância da cultura europeia e para dar a conhecer
tudo o que a UE é capaz de fazer em termo de conservação, informatização,
infraestruturas, desenvolvimento da investigação e das competências.
A oportunidade pode ser
aproveitada pelas autoridades nacionais ligadas ao Património para
revitalizarem certos locais cheios de potencialidades mas pouco visitados, para
investirem na conservação de património pouco cuidado, para a formação dos
funcionários que nos acolhem nos museus, para premiar a investigação no sector,
para melhorar a divulgação e a informação ao dispor dos visitantes e sobretudo
para melhorar as acessibilidades e a informação sobre o Património
classificado.
A tarefa é difícil e devia ser
programada desde já, porque certamente existirão programas financiados pela EU,
e os museus, palácios e monumentos, e os seus funcionários, bem como os seus
visitantes, podem ter opiniões muito válidas, que se bem acolhidas podem
transformar, para melhor, a qualidade dos serviços prestados, e o estado de
conservação dos bens patrimoniais que temos uma pouco por todo o país.
Aproveitar a oportunidade,
envolver o máximo de pessoas do sector, bem como os parceiros e beneficiários
destes serviços, é o mínimo que se pode pedir a quem governa.
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