O caso da manipulação de dados sobre poluição por parte da VW tem o seu paralelo em Portugal, exactamente com os dados referentes ao BPN de má memória. Não temos razão para achincalhar a Merkel, até porque o Passos Coelho e a Maria Luís Albuquerque estão mais à mão de semear...
quarta-feira, setembro 30, 2015
segunda-feira, setembro 28, 2015
NOVIDADES DE SINTRA
Sintra é um destino ideal para
quem pretenda passear por uma paisagem deslumbrante, ao mesmo tempo que desfruta de monumentos ligados à história de Portugal, desde D. Afonso
Henriques até à implantação da República.
Hoje já se pode ir da Vila de
Sintra, tomada por D. Afonso Henriques em 1147. Até ao Castelo de Sintra,
fortaleza defensiva restaurada ao tempo do Marquês de Pombal, sempre pelo
interior da serra sem o incómodo dos automóveis que enchem a estrada de acesso
ao Palácio Nacional da Pena. O percurso pedonal é pela Vila Sassetti
recentemente requalificada pela Parques de Sintra – Monte da Lua.
Outra novidade será a hasta
pública do Hotel Netto, adquirido recentemente pela Câmara Municipal de Sintra,
quando tudo indicava que seria Comprada pela Parques de Sintra – Monte da Lua
(PSML), que até tinha preparado um plano de recuperação para a mesma, com o
recurso ao direito de preferência a que tinha direito a CMS. A intenção de
ganhar 300 a 400 mil euros é simplesmente mirabolante, mas Basílio Horta é
sempre uma surpresa, ainda que nem sempre agradável.
Espero que o património, as
queijadas e os travesseiros, continuem a atrair portugueses e estrangeiros que
nada têm que ver com estas novidades.
sábado, setembro 26, 2015
A EUROPA SUBMISSA
Ainda há poucos dias os média e
os nossos políticos “batiam” nos gregos devido às suas opções políticas, pois
mesmo depois da “rendição” de Tsipras, continuaram a votar num governo que se
tinha atrevido a enfrentar a Alemanha. Os gregos não votaram no Syrisa porque
ele teve que se submeter às exigências da Europa, mas sim porque quiseram
afirmar que a escolha do destino da Grécia está nas mãos dos gregos.
Sabemos todos que por cá temos
muitos políticos que aceitam tudo o que a Europa exigir, e também que alguns
até desejam ir ainda mais além, para enfatizar a sua “lealdade” aos ” chefes”.
Esta Europa já não atende aos
desejos e necessidades dos países que a compõem, antes está submetida aos
interesses da toda-poderosa Alemanha, que dita e impõe a sua vontade. A
evidência mais recente vem nas páginas do Finantial Times, onde se dá a saber
que a União Europeia sabia desde 2013 da “batota da VW”, e nada fez para
defender os interesses dos europeus, como era a sua obrigação.
quinta-feira, setembro 24, 2015
O RAIO DO DÉFICE
Esta semana promete ser negra
para a coligação de direita, PSD/CDS, porque as notícias sobre a dívida pública
e privada são más, mas as más notícias estendem-se também ao défice, tanto de
2014 como ao de 2015.
O défice de 2014 tinha sido anunciado
como um grande sucesso deste governo, e até lançaram os foguetes, talvez antes
do tempo diria eu, porque afinal nas contas ficará registado que não foi de
4,5% como foi dito, mas sim de 7,2% por causa do Novo Banco, o mesmo que o
governo disse que não iria agravar o défice.
A palavra do governo vale muito
pouco, ou mesmo nada, porque também o défice de 2015 há-de ficar acima dos 2,7%
prometidos, e só por milagre ficará abaixo dos 5% (cálculos de merceeiro).
terça-feira, setembro 22, 2015
O RAIO DA DÍVIDA
Passos Coelho nunca conseguiu
convencer os portugueses de que conseguia baixar o valor da dívida, porque
nestes últimos quatro anos ela não parou de crescer, ainda que os portugueses
tenham apertado o cinto com a austeridade que lhes foi imposta pelo governo,
que se deu ao luxo de ir para além das imposições da troika.
Embalado pela campanha eleitoral,
e fazendo jus à sua fama, Passos Coelho fez o anúncio de um novo reembolso
antecipado ao FMI, de mais de 5 mil milhões de euros, que afinal era um
pagamento obrigatório.
Porque a confusão do 1º ministro
apenas beneficia a coligação, e pode induzir em erro eleitores menos atentos,
convém esclarecer que a dívida pública continua a aumentar e já ascende aos 290
mil milhões de euros, estando agora mais perto dos 130% do valor do PIB.
domingo, setembro 20, 2015
sexta-feira, setembro 18, 2015
O PANHARD & LEVASSOR
O primeiro carro que circulou em
Portugal foi um Panhard, encomendado à Panhard & Levassor de Paris,
propriedade do conde de Avilez.
Consta que foi protagonista do 1º acidente automóvel em Portugal (1895), tendo atropelado um burro.
Outra curiosidade foi a
dificuldade sentida pela Alfândega em atribuir uma designação ao veículo, que
acabou por ser registado como “locomobile” (máquina movida a vapor).
Por estes dias este Panhard,
propriedade do Automóvel Clube de Portugal está em exposição no Novo Museu dos
Coches.
quarta-feira, setembro 16, 2015
segunda-feira, setembro 14, 2015
MOUZINHO DE ALBUQUERQUE (parte 3)
É homenageado por todo o país em banquetes
e romarias, e condecorado com a Torre e Espada na presença da família real, do
Governo, do corpo diplomático acreditado e das altas patentes militares.
No Coliseu dos Recreios 5000
pessoas dedicaram-lhe uma ovação de 10 minutos. Na Sociedade de Geografia, o
rei enaltece-o com um discurso inflamado e condecora-o em sessão solene com as
medalhas de ouro de Valor Militar e de Serviços Relevantes no Ultramar.
Discursa D. Carlos: «Já vão passados dois anos que um frémito de alegria
percorreu Portugal de norte a sul, com as notícias das nossas primeiras
vitórias em África por um punhado de valentes. Este frémito, porém, cresceu a
ponto de transformar-se em verdadeiro entusiasmo com o feito de Chaimite… com o
aprisionamento do Gungunhana. Foi esse heróico feito praticado por Mouzinho de
Albuquerque, que partindo para África simples capitão de Cavalaria e apenas
conhecido dum pequeno número, entre os quais figuro eu, que já então me honrava
com a sua amizade, voltou dali coberto de aplausos e merecedor de glorificação
pelas levantadas qualidades da sua alma e de Soldado, que o tornaram indiscutivelmente digno da legenda decorativa que lhe adorna o peito: Pela Pátria
e pelo Rei: A família de Mouzinho teve sempre por divisa: A Pátria e pelo Rei.
Foi pela Pátria e pelo Rei que Mouzinho de Albuquerque trabalhou e venceu; e
por isso, por bem os servir, sinto hoje o infinito prazer de lhe entregar eu
mesmo as medalhas que tão gloriosamente ganhou.»
Nota: Este texto foi copiado dum artigo da época em relevo.
domingo, setembro 13, 2015
MOUZINHO DE ALBUQUERQUE (parte 2)
A exemplo do que já havia sucedido
ao aportar na Madeira, ao chegar a Lisboa na manhã de 14 de Dezembro, e como
acontecia normalmente com os regressos vitoriosos dos corpos expedicionários a
África, tem uma recepção apoteótica, a maior de sempre, à maneira dos antigos
generais de Roma, com o povo em massa nas ruas a aclamá-lo, em ambiente de
fervor patriótico poucas vezes visto na História de Portugal.
Mouzinho vem para terra a bordo da
galeota real com os ministros da Guerra e da Marinha, que tinham ido ao navio
apresentar-lhe cumprimentos. O rei D. Carlos, fardado de generalíssimo,
espera-o pessoalmente e abraça-o no cais de desembarque do Arsenal da Marinha,
com a rainha D. Amélia e os príncipes também presentes. O rei não deixa
curvar-se perante si. Enquanto uma multidão dá vivas ao herói ao som de música
e foguetes-
Os jornais lançam números
extraordinários, publicam versos em sua honra, estudam a sua genealogia,
publicam e republicam fotos suas, dos seus camaradas de África, do Gungunhana e
de outros régulos que derrotou, saem anúncios publicitários das melhores lojas
e armazéns de Lisboa, que se colam àquela história de sucesso.
No paço, o soberano ofereceu-lhe um
jantar de honra, de 215 talheres, em que serviu a magnífica baixela Germain, que
só se usava nas solenidades excepcionais. Mouzinho senta-se à direita da rainha
D. Amélia e, aos brindes, D. Carlos saudou-o com uma calorosa admiração e um
profundo reconhecimento pelos seus feitos em África.
(Continua)
sexta-feira, setembro 11, 2015
MOUZINHO DE ALBUQUERQUE
A Vinda à Europa e a recepção apoteótica
Em Dezembro de 1897, vem a
Lisboa, viajando primeiro de comboio até Pretória, onde foi hóspede de Estado
do presidente Paul Kruger, que o recebeu pessoalmente, com honras militares, continuando
ainda de comboio até à Cidade do Cabo, onde embarcou no Peninsular para Lisboa.
Mouzinho manteve sempre boas
relações com as autoridades do Transval. Estes viam nos portugueses um aliado
na luta contra a tendência expansionista inglesa, e o braço direito de Kruger
no Governo, Wilhelm Leyds, deslocou-se algumas vezes a Lourenço Marques para
conferenciar com o comissário régio Mouzinho, vindo mais tarde também a
apresentar credenciais em Lisboa como ministro plenipotenciário daquele país
para a Europa.
Os sul-africanos temiam que o
porto de Lourenço Marques caísse nas mãos dos ingleses e sabiam que Mouzinho
seria sempre um aliado na luta contra a intenção inglesa de dominar toda a
África austral.
(Continua)
Subscrever:
Mensagens (Atom)