É homenageado por todo o país em banquetes
e romarias, e condecorado com a Torre e Espada na presença da família real, do
Governo, do corpo diplomático acreditado e das altas patentes militares.
No Coliseu dos Recreios 5000
pessoas dedicaram-lhe uma ovação de 10 minutos. Na Sociedade de Geografia, o
rei enaltece-o com um discurso inflamado e condecora-o em sessão solene com as
medalhas de ouro de Valor Militar e de Serviços Relevantes no Ultramar.
Discursa D. Carlos: «Já vão passados dois anos que um frémito de alegria
percorreu Portugal de norte a sul, com as notícias das nossas primeiras
vitórias em África por um punhado de valentes. Este frémito, porém, cresceu a
ponto de transformar-se em verdadeiro entusiasmo com o feito de Chaimite… com o
aprisionamento do Gungunhana. Foi esse heróico feito praticado por Mouzinho de
Albuquerque, que partindo para África simples capitão de Cavalaria e apenas
conhecido dum pequeno número, entre os quais figuro eu, que já então me honrava
com a sua amizade, voltou dali coberto de aplausos e merecedor de glorificação
pelas levantadas qualidades da sua alma e de Soldado, que o tornaram indiscutivelmente digno da legenda decorativa que lhe adorna o peito: Pela Pátria
e pelo Rei: A família de Mouzinho teve sempre por divisa: A Pátria e pelo Rei.
Foi pela Pátria e pelo Rei que Mouzinho de Albuquerque trabalhou e venceu; e
por isso, por bem os servir, sinto hoje o infinito prazer de lhe entregar eu
mesmo as medalhas que tão gloriosamente ganhou.»
Nota: Este texto foi copiado dum artigo da época em relevo.
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