A exemplo do que já havia sucedido
ao aportar na Madeira, ao chegar a Lisboa na manhã de 14 de Dezembro, e como
acontecia normalmente com os regressos vitoriosos dos corpos expedicionários a
África, tem uma recepção apoteótica, a maior de sempre, à maneira dos antigos
generais de Roma, com o povo em massa nas ruas a aclamá-lo, em ambiente de
fervor patriótico poucas vezes visto na História de Portugal.
Mouzinho vem para terra a bordo da
galeota real com os ministros da Guerra e da Marinha, que tinham ido ao navio
apresentar-lhe cumprimentos. O rei D. Carlos, fardado de generalíssimo,
espera-o pessoalmente e abraça-o no cais de desembarque do Arsenal da Marinha,
com a rainha D. Amélia e os príncipes também presentes. O rei não deixa
curvar-se perante si. Enquanto uma multidão dá vivas ao herói ao som de música
e foguetes-
Os jornais lançam números
extraordinários, publicam versos em sua honra, estudam a sua genealogia,
publicam e republicam fotos suas, dos seus camaradas de África, do Gungunhana e
de outros régulos que derrotou, saem anúncios publicitários das melhores lojas
e armazéns de Lisboa, que se colam àquela história de sucesso.
No paço, o soberano ofereceu-lhe um
jantar de honra, de 215 talheres, em que serviu a magnífica baixela Germain, que
só se usava nas solenidades excepcionais. Mouzinho senta-se à direita da rainha
D. Amélia e, aos brindes, D. Carlos saudou-o com uma calorosa admiração e um
profundo reconhecimento pelos seus feitos em África.
(Continua)
2 comentários:
... e assim da tabanca não sairemos
Abraço
https://www.youtube.com/watch?v=tCUtqQhjHVA&feature=share
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