A crise que o país atravessa e o
memorando assinado com a troika, não podem servir para justificar a gestão
ruinosa dum governo que teima em vender o país a pataco, por manifestamente não
ser competente na gestão do património do Estado.
A venda da ED, da REN, da ANA e
da TAP, numa altura que foi tudo menos oportuna, e por valores muito baixos,
deixaram a fazenda pública praticamente só dependente da cobrança de impostos,
e retiram ao Estado instrumentos para regular serviços absolutamente vitais ao
país.
Destas empresas apenas a TAP se
encontrava em situação económica difícil, e todas as outras davam lucros que
garantiam algum desafogo à tesouraria pública. A TAP podia ser ajudada pelo
Estado, ao contrário do que nos fizeram crer, como aconteceu com a LOT, que
apresenta um futuro risonho.
O Tribunal de Contas veio agora
dizer que a venda da REN e da EDP foi má para os interesses do Estado e que os
dividendos anuais das duas garantiam muito mais dinheiro do que o obtido com a
sua privatização.
Um grupo de gestores que tivesse
feito maus negócios destes, numa empresa privada seria despedido de imediato,
para além de enfrentar processos em tribunal por gestão danosa. É uma pena que
o mesmo não aconteça a quem desbarata o património de todos nós e faz negócios
claramente prejudiciais ao Estado.