Mostrar mensagens com a etiqueta Especulação. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Especulação. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, junho 15, 2015

BOMBA AO RETARDADOR



A possível saída da Grécia do euro, resultado do incumprimento dos seus compromissos, é uma ameaça clara para Portugal, que será a próxima vítima dos mercados onde a especulação domina ditando as regras nos ratings.

As posições do governo e de Cavaco Silva, sempre alinhadas com a todo poderosa Alemanha, são uma aposta errada, porque se a Grécia cair, não podemos esperar que Merkel nos defenda, e é bem provável que alguém nos venha recordar a frase de Cavaco dizendo “que há regras e procedimentos que não podem ser ignorados e que não pode haver excepções”.

Se o pior acontecer à Grécia, devido à intransigência da troika, ficaremos cientes de que a solidariedade europeia, com que nos venderam a União Europeia e a moeda única, sem nunca serem referendados, é uma miragem, porque prevalece a força dos mais poderosos.



quinta-feira, abril 29, 2010

A HIPOCRISIA DESTA EUROPA

A União Europeia respondeu, com toda a celeridade, no passado recente, aos problemas sentidos pela banca em resultado da crise do imobiliário e da especulação sem regulação. A pronta resposta dos governos em socorro do sector financeiro, o mesmo que de certo modo causou a crise, foi justificada pelo perigo do risco sistémico que podia advir da falência dessas instituições.

A crise continuou até hoje, mudando apenas os seus contornos e as entidades em risco. A especulação desequilibrou os mercados, os défices escondidos tornaram-se públicos, as responsabilidades da crise financeira causada pelas entidades privadas foi assumida pelos Estados, que recorrendo ao crédito para as ajudas e para compensar a falta de investimento ficaram por sua vez em maus lençóis.

Os dinheiros públicos foram a salvação do mercado financeiro, obrigando ao aperto do cinto do contribuinte, e agora vem aí um maior aperto do cinto para socorrer o país, endividado e perto da banca rota.

Onde está a Europa solidária, que demora uma eternidade em encontrar um acordo na ajuda à Grécia e à Islândia, deixando que a especulação atinja agora Portugal, ameaça a Espanha e a Irlanda? A falência dos bancos podia causar um risco sistémico, já a falência dos países é encarada com mais indiferença.

Esta Europa que me impuseram nunca me agradou.



FOTOGRAFIA
The One Who Got Away de Julie Mavros

Your Move porJulie Mavros

CARTOON
Marcin Bondarowicz

Fredy Villamil

domingo, dezembro 07, 2008

OPORTUNISMO

Depois de alguns meses de subidas de preço, e de forte especulação, eis-nos perante uma descida do preço das matérias-primas, motivado pela diminuição da procura. Isto podia ser uma boa notícia para todos nós, que agradecíamos uma descida proporcional nos produtos que consumimos.

A economia e alguns dos seus agentes porém, não partilham destes nossos justos anseios, e pretendem aumentar significativamente os seus proventos beneficiando ao máximo deste grande diferencial de preços, verificado em apenas poucos meses.

Todos sentimos a lentidão com que os combustíveis vão baixando nas bombas onde abastecemos, e mesmo assim porque existe muita pressão pública e muita contestação. Outros sectores, talvez porque a pressão pública e dos média não se verifica, continuam sem registar baixas de preços que reflictam a baixa das matérias-primas, e aqui temos produtos tão variados como o pão, as massas alimentares ou o gás que consumimos nas nossas casas.

Existe muito oportunismo em situações desta natureza, e muitos dos que não hesitaram em pedir o aumento das indemnizações compensatórias, quando os preços subiram em flecha, que justamente receberam, agora pretendem ignorar que os preços desceram e ainda pretendem aumentar os preços como se os seus custos não tivessem diminuído.

A Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários de Passageiros (ANTROP), recusa descer as tarifas dos transportes públicos, na sequência das baixas de preços dos combustíveis, exigindo mesmo que os aumentos do próximo ano sejam muito superiores à inflação. Se isto não é oportunismo e uma grande falta de consciência social, então não sei o que lhe possa chamar.

*** * ***
FOTOGRAFIA
Artphoto

Artphoto

*** * ***
CARTOON

sábado, setembro 20, 2008

TAXPAYERS MONEY

Esta é uma das expressões mais usadas nos últimos dias em blogues dos Estados Unidos, a propósito das injecções massivas de dinheiro pela Reserva Federal para salvar as grandes empresas. Na realidade a nacionalização de grandes bancos, ficando o Estado detentor das suas acções, na totalidade ou pelo menos da grande maioria, era ainda há poucos dias uma hipótese que seria descartada por qualquer analista económico.

Muitos, lá pelas terras do Tio Sam, perguntam-se onde param os “grandes gestores” das maiores sociedades financeiras agora em autêntica falência, e que durante os últimos anos arrecadaram prémios de gestão verdadeiramente escandalosos, enchendo também os bolsos dos grandes accionistas, que lá os tinham colocado. É que uns e outros, encheram os bolsos, com malabarismos especulativos, e agora quando as coisas deram para o torto, é com o dinheiro de “todos” os contribuintes que se está a cobrir “o buraco financeiro” que tão brilhantes gestões e lucros astronómicos causaram nas empresas.

Até num país tão liberal como os Estados Unidos, é difícil de engolir que sejam todos a pagar a especulação que alguns fizeram durante anos, arrecadando assim muitos milhões, e agora saiam a assobiar com as mãos nos bolsos, numa impunidade verdadeiramente vergonhosa.

Só por curiosidade, por cá também é assim que as coisas se passam, com injecções de muitos milhões de euros pelo Banco Europeu, isto sem falar nos aumentos de juros cobrados pelos bancos, porque como dizia ontem António Perez Metelo «os bancos centrais dos países ricos não deixarão que falte dinheiro às instituições financeiras».

O dinheiro dos contribuintes, pois claro! Agora adivinhem lá, quem neste mundo que é tudo menos justo, quem vai ganhar balúrdios comprando ao preço da uva mijona, as acções que se vão fortalecer à custa do dinheiro de todos nós? Sim, acertaram, serão os mesmos que já tinham arrecadado horrores com a actividade especulativa que nos levou à actual crise dos mercados. Edificante, não acham?

PS . As imagens abaixo são retiradas da net, e o 1º título é copiado do DN de 19 Set, enquanto o 2º é uma adaptação livre do Zé de acordo com os "bonecos" escolhidos.


*** * ***
RICOS CARROS PARA PESSOAS RICAS
Mais lento que o jacto, mas mais rápido que o iate

Para impressionar as "garinas"
*** * ***
POBRES CARROS PARA PESSOAS POBRES
Este para um passeio

Este para trabalho

*** * ***
APESAR DE TUDO ISTO
TENHAM UM BOM FIM-DE-SEMANA

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

O ECONOMÊS


CITAÇÃO

De cada um segundo as suas capacidades, a cada um segundo as suas necessidades
Karl Marx
*** * ***

FOTOGRAFIA

Light Field by insane89

Close up by fahap

*** * ***

CARTOON