A crer nos peritos na matéria e na repetição dos seus comentários, somos avessos aos processos de mudança e excessivamente conservadores. Esta conclusão é discutível e as razões do comportamento em análise são escassas.
Quem tem carreiras longas e diversificadas, ou que já teve que imigrar e mudar de actividade, devido às contingências da vida, sabe perfeitamente que os portugueses se adaptam com facilidade a novos processos e com produtividade. Remos portanto facilidade de adaptação.
Então porque temos aversão às mudanças? As explicações que já ouvi incidem essencialmente sobre alguns pressupostos derivados da experiência colectiva:
- As mudanças em geral são para pior.
- Quem decide não percebe nada do assunto.
- Os trabalhadores e os utentes não foram dados nem achados para o assunto.
- O que fizeram foi só para mandar alguns para a rua e colocarem os amigos.
- Nada mudou no topo, as regras são as mesmas e cada vez há menos quem faça.
Estas foram as frases que por força de tanto ouvir, consegui reter dos testemunhos de algumas pessoas que ouvi, quando instados a comentar mudanças nos seus serviços.
Perante isto, pergunto-me se o conservadorismo de que tanto se fala, não se situa nas classes dirigentes que persistem em tentar reformar, sem a participação e sem o envolvimento de quem conhece bem os estrangulamentos dos próprios serviços, os trabalhadores.
A humildade não é apanágio das classes dirigentes, em Portugal. A estes cabe a responsabilidade da decisão mas nada, nem ninguém os obriga a terem a soberba de desprezar a participação e a opinião dos envolvidos no processo.
Quem tem carreiras longas e diversificadas, ou que já teve que imigrar e mudar de actividade, devido às contingências da vida, sabe perfeitamente que os portugueses se adaptam com facilidade a novos processos e com produtividade. Remos portanto facilidade de adaptação.
Então porque temos aversão às mudanças? As explicações que já ouvi incidem essencialmente sobre alguns pressupostos derivados da experiência colectiva:
- As mudanças em geral são para pior.
- Quem decide não percebe nada do assunto.
- Os trabalhadores e os utentes não foram dados nem achados para o assunto.
- O que fizeram foi só para mandar alguns para a rua e colocarem os amigos.
- Nada mudou no topo, as regras são as mesmas e cada vez há menos quem faça.
Estas foram as frases que por força de tanto ouvir, consegui reter dos testemunhos de algumas pessoas que ouvi, quando instados a comentar mudanças nos seus serviços.
Perante isto, pergunto-me se o conservadorismo de que tanto se fala, não se situa nas classes dirigentes que persistem em tentar reformar, sem a participação e sem o envolvimento de quem conhece bem os estrangulamentos dos próprios serviços, os trabalhadores.
A humildade não é apanágio das classes dirigentes, em Portugal. A estes cabe a responsabilidade da decisão mas nada, nem ninguém os obriga a terem a soberba de desprezar a participação e a opinião dos envolvidos no processo.
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BOAS FOTOS
3 comentários:
Por alguma razão os senhores do capital são conservadores de direita (ainda que que se apelide de xuxalista). Juntar dinheiro é ser conservador, pois o contrário é gastar - esta é digna da LILI...
Uma boa análise deste assunto, as frases escolhidas são as comuns e explicam bem a desconfiança dos portugueses nas chefias, o que não é a mesma coisa do que serem avessos às mudanças.
Obrigado
Avessos à musança é que os portugueses não são. Façam eleições e vão ver...
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