terça-feira, março 06, 2007

AS HORTAS CLANDESTINAS

A vida está cada vez mais cara nas grandes cidades, a pobreza começa a ser cada vez mais visível e deprimente, pelo que já há quem comece a olhar para além das causas e soluções assistenciais.
As hortas em terrenos devolutos, estatais ou particulares começam a ser considerados como oportunidades a encorajar a todos os que por estarem carenciados, queiram plantar alguns legumes para suprir deficiências alimentares próprias e dos vizinhos. Até já vale citar a FAO que aponta este caminho para países do terceiro mundo.
Enquanto se fala disto, agricultura clandestina em locais não autorizados, temos um governo interessado no verde dos campos de golfe, plantados em zonas protegidas, onde se sacrificam sobreiros e habitats de espécies protegidas, sob o manto da legalidade da classificação manhosa de PIN (Projecto de Interesse Nacional).
Os excluídos devem plantar e colher os vegetais necessários à sua subsistência, enquanto terrenos agrícolas e santuários da diversidade biológica, são sacrificados em prol de relva que nem sequer é aproveitada pelo gado ruminante.
A política agrícola nacional só estará bem entregue, quando um destes agricultores citadinos passar a consultor do Ministério da Agricultura.

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Os economistas

A revolta da natureza

4 comentários:

Anónimo disse...

A nova forma de capitalismo popular: ser agricultor na cidade usurpando o terreno alheio. A agricultura de subsistência (ou será de sobrevivência?) é o complemento aconselhado para quem recebe salários miseráveis.
Será que também a estes agricultores vão cobrar umas taxas e impostos por actividade agrícola?

Anónimo disse...

Uma nova geração de OKUPAS parece que vai ser legalizada, os hortelãos urbanos, Viva Zapata!

Anónimo disse...

Bem ilustrado o post com ... o Hermitage.

José Lopes disse...

Os economistas do FED são assim porque são mal pagos. Ganham menos do que o nosso governador do Banco de Portugal!