Enquanto vemos Teixeira dos Santos arvorar-se como supremo gestor de pessoal de toda a função pública, desdobrando-se em propostas inqualificáveis e em cortes sistemáticos em efectivos e em direitos, os problemas dos serviços agravam-se, a motivação esvanece-se e a revolta alastra. O gestor supremo, indiferente ao caos que vai gerando, vai continuando a sua saga destruidora enquanto tudo se desmorona à sua volta, convencido que umas quantas declarações demagógicas lhe podem permitir mais uns quantos erros.
De corte em corte, com o poder centralizado na sua pessoa, o ministro não vê nem ninguém lhe diz que há serviços que já não conseguem manter-se abertos nos horários previstos, e que já a partir do final do mês de Março entrarão em situação de ruptura completa. Estou a referir-me concretamente aos Museus, Palácios e Monumentos dependentes do Ministério da Cultura.
Sedentos de protagonismo e com demagogia a rodos, os membros deste governo atiram para o lixo muitos milhões na promoção da imagem de Portugal no exterior, e ao mesmo tempo forçam o fecho das portas dos Museus, Palácios e Monumentos por falta de pessoal de vigilância. Investimentos faraónicos em promoção e falta de dinheiro para contratação de pessoal duma das carreiras mais baixas do Ministério da Cultura.
Um dos perigos da centralização do poder é a irracionalidade das medidas que se tomam nestas circunstâncias. Houve uma ministra que o reconheceu, afirmando que tinha sido forçada a tomar uma “medida estúpida”, o congelamento das admissões. Esta medida estúpida, é tanto mais estúpida, quando significa a possível perda de muitos milhões de euros com o intuito de poupar uns trocados.
De corte em corte, com o poder centralizado na sua pessoa, o ministro não vê nem ninguém lhe diz que há serviços que já não conseguem manter-se abertos nos horários previstos, e que já a partir do final do mês de Março entrarão em situação de ruptura completa. Estou a referir-me concretamente aos Museus, Palácios e Monumentos dependentes do Ministério da Cultura.
Sedentos de protagonismo e com demagogia a rodos, os membros deste governo atiram para o lixo muitos milhões na promoção da imagem de Portugal no exterior, e ao mesmo tempo forçam o fecho das portas dos Museus, Palácios e Monumentos por falta de pessoal de vigilância. Investimentos faraónicos em promoção e falta de dinheiro para contratação de pessoal duma das carreiras mais baixas do Ministério da Cultura.
Um dos perigos da centralização do poder é a irracionalidade das medidas que se tomam nestas circunstâncias. Houve uma ministra que o reconheceu, afirmando que tinha sido forçada a tomar uma “medida estúpida”, o congelamento das admissões. Esta medida estúpida, é tanto mais estúpida, quando significa a possível perda de muitos milhões de euros com o intuito de poupar uns trocados.
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HOJE CITO "O JUMENTO"
Não costumo fazer citações de outros blogues, embora os leia assiduamente e tenha a minha opinião, mas há coisas que por vezes lemos e que gostaríamos de ter sido nós a escreve-las, como é o caso. O título era: Violência nas escolas: o que mudou em 40 anos?
…Basta olhar para as notícias e percebemos, alguém vê o ministro das Finanças preocupado com os modelos de gestão dos serviços públicos? Alguém viu a ministra da Educação perguntar aos professores o que precisam para melhorar a qualidade no ensino? Não, desde há meses que a culpa de todos os males do país é dos funcionários públicos, a regras para despedir quem não cumpre dão mais votos do que a nomeação de chefias competentes.
Os mesmos portugueses que nunca se lembrariam de gritar numa loja da Vodafone, até porque cada loja conta com o segurança, acha que por pagar (os que pagam) impostos pode desancar no primeiro funcionário público, seja médico, professor ou mesmo polícia, nem os magistrados se escapam. E sabem que se o funcionário reagir pede logo o livro amarelo e parte descansado, a vingança fica completa com um processo disciplinar, e nos tempos que correm é melhor para o funcionário “abaixar a bola” do que reagir, ninguém o vai proteger. Aos políticos o que dá votos e a demissão de funcionários públicos.
E se os pais não respeitam os funcionários públicos os filhos, que quantos mais mal-educados mais bem tratados são pois ganham o estatuto privilegiado de “crianças vulneráveis”. Se eu fosse fazer queixa de um professor à minha mãe teria que ter muita razão, se não a tivesse ainda levava para não repetir a brincadeira, agora a “criancinha vulnerável” queixa-se do professor aos pais e a família vai à escola meter o professor na linha.
Se ninguém neste país trata bem os funcionários públicos, começando pelos próprios políticos, porque hão-de ser as crianças a dar o exemplo tratando bem os professores? A relação entre o Estado e a sociedade está cada vez mais doente, esta não será a única causa mas a solução do problema da violência nos serviços públicos, sejam escolas ou hospitais, também passa por aqui.
In O Jumento
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HOJE CITO "O JUMENTO"
Não costumo fazer citações de outros blogues, embora os leia assiduamente e tenha a minha opinião, mas há coisas que por vezes lemos e que gostaríamos de ter sido nós a escreve-las, como é o caso. O título era: Violência nas escolas: o que mudou em 40 anos?
…Basta olhar para as notícias e percebemos, alguém vê o ministro das Finanças preocupado com os modelos de gestão dos serviços públicos? Alguém viu a ministra da Educação perguntar aos professores o que precisam para melhorar a qualidade no ensino? Não, desde há meses que a culpa de todos os males do país é dos funcionários públicos, a regras para despedir quem não cumpre dão mais votos do que a nomeação de chefias competentes.
Os mesmos portugueses que nunca se lembrariam de gritar numa loja da Vodafone, até porque cada loja conta com o segurança, acha que por pagar (os que pagam) impostos pode desancar no primeiro funcionário público, seja médico, professor ou mesmo polícia, nem os magistrados se escapam. E sabem que se o funcionário reagir pede logo o livro amarelo e parte descansado, a vingança fica completa com um processo disciplinar, e nos tempos que correm é melhor para o funcionário “abaixar a bola” do que reagir, ninguém o vai proteger. Aos políticos o que dá votos e a demissão de funcionários públicos.
E se os pais não respeitam os funcionários públicos os filhos, que quantos mais mal-educados mais bem tratados são pois ganham o estatuto privilegiado de “crianças vulneráveis”. Se eu fosse fazer queixa de um professor à minha mãe teria que ter muita razão, se não a tivesse ainda levava para não repetir a brincadeira, agora a “criancinha vulnerável” queixa-se do professor aos pais e a família vai à escola meter o professor na linha.
Se ninguém neste país trata bem os funcionários públicos, começando pelos próprios políticos, porque hão-de ser as crianças a dar o exemplo tratando bem os professores? A relação entre o Estado e a sociedade está cada vez mais doente, esta não será a única causa mas a solução do problema da violência nos serviços públicos, sejam escolas ou hospitais, também passa por aqui.
In O Jumento
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4 comentários:
Argumentando com o excesso de pessoal, cometem-se todas as tropelias, mas afinal nem os museus conseguem manter abertos.
Este país, com estes políticos nunca mais sai da cepa torta.
Racionalidade é o que não se espera encontrar em nenhum ministro das finaças, mas sobre os museus pergunto: O que é que anda a fazer a ministra da Cultura, para além de ir a inaugurações? Ela não sabe da falta de pessoal, não fala com o Teixeira dos Santos ou está cá apenas a apanhar bonés?
De facto não se percebe, se dizem que há pessoal excedentário como é que deixam que os museus e monumentos estejam de aflitos com falta dele.
A burocracia tem nome de MINISTROS - da Cultura e das Finanças - e mais não digo!
Estamos em Portugal, sabem? Perceberam ou tenho de fazer um desenho?
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