terça-feira, março 27, 2007

A DESILUSÃO DOS 50

Eu nunca fui um europeísta convicto e penso que cada vez há menos europeus convencidos das virtualidades da Europa que se está a pretender construir.
Compreendo a ilusão e a esperança dos países que entraram recentemente para o clube, que esperam ajudas para o desenvolvimento e para a consolidação de novos regimes e maior estabilidade (oxalá o saibam aproveitar), mas percebo bem a desilusão ou apenas o cepticismo dos cidadãos dos países que são contribuintes líquidos, ou estão em vias de o ser brevemente, que começam já a questionar-se sobre os resultados alcançados até agora.
A União Europeia começou a ter pecados difíceis de aceitar para os países membros fundadores e até para os que se lhes seguiram nas primeiras adesões. Os pecados, ou problemas sem solução expedita são: o desemprego, o distanciamento entre as instituições europeias e os cidadãos, a degradação do modelo social europeu e o fraco desenvolvimento económico da Europa.
Para os optimistas tudo isto é uma crise de crescimento, que vai ser ultrapassada, de preferência com uma constituição europeia, para os cépticos algo tem de mudar e a participação tem de ser efectiva e envolver as populações, já para os descontentes ter-se-á ido longe demais na construção europeia tendo sido afectada a soberania dos países pelo que será preciso limitar os poderes da união.
No segundo semestre Portugal terá a presidência europeia e eu acho que se está a colocar a fasquia muito alta, para não dizer demasiado alta. A nossa dimensão e o nosso exemplo não ajudam muito na obtenção de resultados, principalmente nas matérias que eu considero como os pecados capitais da União Europeia, que são também os nossos.
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3 comentários:

Anónimo disse...

És mesmo contra a corrente. A Europa até foi um maná para os portugueses, não todos é claro, mas pelo menos para aqueles que estavam com a massa à mão de semear.
Sai manguito para a Europa achinesada que nos querem impingir.
Olá

Anónimo disse...

Na Europa dos ricos os pobres não têm lugar.

Anónimo disse...

A Europa é o El Dourado dos políticos portugueses, não lhes tires esse retiro ... monetário penso eu de que!