quinta-feira, março 01, 2007

OS MAUS DIRIGENTES

Começa a ser patético observar alguns dirigentes de serviços públicos, que encontrando-se à beira de deixarem os seus lugares devido a reestruturações, estão a perder literalmente a cabeça. São poucos, mas são certamente os piores, que ocuparam os lugares mas nunca tiveram nenhum objectivo concretopara os serviços, antes encararam os lugares como trampolins para posições mais compensadoras.
Chegam-me notícias de dirigentes que se preparam para deixar os lugares deixando-os em situações aflitivas de falta de pessoal, sem terem programado as férias, com carências absolutas de meios materiais (vulgo consumíveis), etc.
Como se sabe também há por esta altura a avaliação do desempenho dos funcionários, o que acarreta ainda mais casos lamentáveis. Quem está de saída e sabe que deixa um verdadeiro caos para os sucessores, não pretende deixar a imagem de relapso, que por vezes lhes assenta como uma luva, vai daí, atiram-se contra os seus subordinados preparando-se para atirar sobre eles a suas próprias culpas, dando-lhes baixas classificações e apreciações muito negativas, justificando assim os insucessos.
Chefias destas não são tão raras como alguns pretendem. A sua incapacidade e cobardia viram-se contra aqueles que menos podem, e lá vão estes chefes incapazes pregar para outra freguesia sem aprender que saber liderar é ser capaz de, com o que há disponível fazer sempre o melhor.
Isto aprende-se na escola da vida, não em qualquer universidade.

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NATUREZA EM FOTOS

Sem carne?



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CARTOON


Igor Kondenko – Ukraine

4 comentários:

Anónimo disse...

Um chefe nunca erra, faz borrada. É para isso que tem subordinados, para limparem a dita.

Savonarola disse...

Desde há décadas que o funcionalismo público deste nosso Portugal dos pequeninos sofre de uma espécie de doença crónica: o Laxismo. Doença grave que acarreta consequências graves, em primeiro lugar das quais está a incompetência. E pergunto-me: porquê?
Na minha modesta opinião de anarquista, o problema reside no facto de o próprio funcionário do Estado não acreditar no próprio Estado. Trata-se de uma doença que percorre todos os escalões do funcionalismo público: desde o escriturário ao ministro. Paradoxal, não?

Zé Povinho disse...

Talvez seja porque no Estado, ou nas chefias do mesmo, estão políticos ou pessoas da sua inteira confiança o que não abona muito quanto à sua competência e imparcialidade. Ou não será assim?

Anónimo disse...

Gostei à brava da réplica, muito melhorada, do príncipe Carlos de Inglaterra. Não sou vegetariano, mas gostei desta apresentação vegetal - o suporte da alface, esclareço.
Cada vez melhor este blog