Referendo – Há alguns dias pronunciei-me num fórum contra a participação dos partidos neste referendo em particular. A minha opinião foi cilindrada por muitos dos participantes que chegaram até a pôr a hipótese de estar a limitar a sua liberdade.
Nos últimos dias assisti a políticos e jornalistas a dramatizarem a possibilidade de haver uma abstenção superior a 50%, apelando ao voto como Cavaco Silva, dizendo que a lei será para cumprir se o NÃO ganhar (José Sócrates) e que estaremos a dizer adeus para sempre, ao referendo, se virarmos as costas às mesas de voto (Ricardo Costa).
A intervenção dos partidos, na minha modesta opinião, foi castradora e originou que alguns cidadãos, na busca de protagonismo, tivessem radicalizado discursos para não serem abafados pela propaganda partidária, que beneficiou de verbas e outras condições que colocavam os movimentos cívicos em clara desvantagem.
Mais do que inconveniente, a participação partidária neste referendo, evidenciou-se o oportunismo político de quem nada fez via legislativa para resolver este problema social, vir agora com questões sobre a pergunta e com propostas de solução que não permitiram ser votadas antes da marcação deste referendo. Pura demagogia, com poucas excepções que só confirmam a regra.Voluntária ou involuntariamente os partidos estão a contribuir para que a democracia directa (o referendo) seja posta em causa, confirmando que só admitem uma partidocracia em que se sentem bem melhor, ao abrigo de ameaças exteriores aos aparelhos que dominam
Nos últimos dias assisti a políticos e jornalistas a dramatizarem a possibilidade de haver uma abstenção superior a 50%, apelando ao voto como Cavaco Silva, dizendo que a lei será para cumprir se o NÃO ganhar (José Sócrates) e que estaremos a dizer adeus para sempre, ao referendo, se virarmos as costas às mesas de voto (Ricardo Costa).
A intervenção dos partidos, na minha modesta opinião, foi castradora e originou que alguns cidadãos, na busca de protagonismo, tivessem radicalizado discursos para não serem abafados pela propaganda partidária, que beneficiou de verbas e outras condições que colocavam os movimentos cívicos em clara desvantagem.
Mais do que inconveniente, a participação partidária neste referendo, evidenciou-se o oportunismo político de quem nada fez via legislativa para resolver este problema social, vir agora com questões sobre a pergunta e com propostas de solução que não permitiram ser votadas antes da marcação deste referendo. Pura demagogia, com poucas excepções que só confirmam a regra.Voluntária ou involuntariamente os partidos estão a contribuir para que a democracia directa (o referendo) seja posta em causa, confirmando que só admitem uma partidocracia em que se sentem bem melhor, ao abrigo de ameaças exteriores aos aparelhos que dominam
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3 comentários:
Mas quem é que disse que os partidos estão interessados em fomentar a democracia directa? O que descreve e o que todos vemso é uma tentativa séria de destruir o instituto do referendo, só não vê quem está muito ceguinho
Meu caro
Os partidos preocupam-se com a sua existência e a democracia diresta é uma ameaça para estes grupos de interesses em quem já muito poucos confiam.
Gostei particularmente da desafinação do Pinhócrates e do bronze revelador. Continue, por favor
Caro Zé
O referendo é mais uma oportunidade para os partidos arrecadarem uns dinheiritos, por isso gostava que o chefe do CDS-PP (seja mais um do que outro, o que ninguém sabe)divulgasse publicamente quanto lhe rendeu esta campanha, para ser coeerente com a preocupação que manifesta com o custo do aborto medicamente assistido.
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