Razão tinha João Cotrim de Figueiredo quando cita Karl Popper, é impossível falar de modo a não ser mal interpretado. Começando pela coincidência de Manuel Pinho e Peter Mandelson terem aboRdado o tema dos baixos salários, combinado ou não, originaram o debate. O primeiro disse simplesmente que era um factor de competitividade, o segundo acrescentou que era uma medida temporária.
A diferença substancial causou e está a causar discussão, não concordo que seja ruído, pois há que constatar que já estamos a divergir à demasiados anos dos que estão à nossa frente, e em clara perca para os que vieram a integrar a UE depois de nós. Serão pequenas diferenças segundo aquele gestor, mas atingem dimensões enormes quando falamos dos que auferem salários baixos.
Quanto ao apego conveniente às estatísticas, lembro que somos um dos países deste espaço comunitários onde a diferença de rendimentos é maior, senão mesmo a maior, o que tira aos valores estatísticos a credibilidade que lhe querem atribuir. O exemplo da diferença do salário médio português e do francês, pouco mais de um terço, deixa de ser verdadeiro se comparar o salário mínimo dos dois países (aumenta substancialmente a diferença) e o inverso também se verifica na classe dos gestores de grandes empresas públicas e privadas onde os salários estão perfeitamente equiparados, considerando a mesma escala e o mesmo tipo de actividade.
Aquilo a que J. C. de Figueiredo chama vantagem transitória, os baixos salários, não são nem transitórios nem vantagem, considerando o custo de vida que proporcionalmente é superior em Portugal com qualquer dos grupos de países com que estabelece as comparações.
Quando nos socorremos de estatísticas para defender o indefensável, baixos salários como vantagem competitiva, temos que contar com todos os outros dados relacionados, como a distribuição da riqueza e o custo de vida.
A parcialidade na análise, pode bem ser apelidada de falta de seriedade.
A diferença substancial causou e está a causar discussão, não concordo que seja ruído, pois há que constatar que já estamos a divergir à demasiados anos dos que estão à nossa frente, e em clara perca para os que vieram a integrar a UE depois de nós. Serão pequenas diferenças segundo aquele gestor, mas atingem dimensões enormes quando falamos dos que auferem salários baixos.
Quanto ao apego conveniente às estatísticas, lembro que somos um dos países deste espaço comunitários onde a diferença de rendimentos é maior, senão mesmo a maior, o que tira aos valores estatísticos a credibilidade que lhe querem atribuir. O exemplo da diferença do salário médio português e do francês, pouco mais de um terço, deixa de ser verdadeiro se comparar o salário mínimo dos dois países (aumenta substancialmente a diferença) e o inverso também se verifica na classe dos gestores de grandes empresas públicas e privadas onde os salários estão perfeitamente equiparados, considerando a mesma escala e o mesmo tipo de actividade.
Aquilo a que J. C. de Figueiredo chama vantagem transitória, os baixos salários, não são nem transitórios nem vantagem, considerando o custo de vida que proporcionalmente é superior em Portugal com qualquer dos grupos de países com que estabelece as comparações.
Quando nos socorremos de estatísticas para defender o indefensável, baixos salários como vantagem competitiva, temos que contar com todos os outros dados relacionados, como a distribuição da riqueza e o custo de vida.
A parcialidade na análise, pode bem ser apelidada de falta de seriedade.
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BELEZA DE FOTO
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PINTURA
2 comentários:
É sempre fácil admitir ordenados baixos, quando se auferem altos vencimentos ou quando disso se tiram lucros. Gestores, empresários e políticos falam disso, sem conhecerem as dificuldades dos outros.
O bom gosto e a actualidade dos artigos continuam a agradar. Faltam apenas uns manguitos de ouro.
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