Porque todo o sistema capitalista foi ferido de morte, quer pela falta de moralidade, quer pela falta de consciência social, ou ainda pela incapacidade de se manter dentro da legalidade a que estava obrigado, houve que parar para reflectir. Há algum tempo que as instituições e os governos dos países ocidentais e dos países emergentes vêm procurando saídas para a crise económica actual e remédios eficazes para que algo semelhante não se possa repetir a prazo.
Os remédios para a crise têm sido muitos, ou melhor, muitos milhares de milhões de euros e dólares, o que não obsta a que o mercado esteja faminto de mais dinheiro e de mais confiança. As dívidas públicas dos motores da economia mundial, como eles gostavam de ser chamados, vão aumentar significativamente, e não há certezas quanto à vontade dos países emergentes, como a o Brasil, a Índia e outros em ficarem com essa dívida injectando muito capital que afinal também lhes faz falta.
"Devemos moralizar o capitalismo, não destruí-lo", "é preciso refundá-lo", afirmou o presidente francês, Nicolas Sarkozy, ou "é óbvio que o tradicional sistema de bem-estar social não é capaz de fazer frente a este 'tsunami' económico", disse Blair, ressaltando "a importância de imprimir valores ao sistema financeiro para que ele deixe de se basear na simples especulação".
O capitalismo como o conhecemos falhou, não há volta a dar-lhe, e com estes senhores que o representam, e que fogem hoje das regras, temendo o seu excesso, que afinal são os mesmos que defenderam a ausência de regras no passado o que nos conduziu a esta crise, também não será possível reformular a economia criando maior justiça retributiva e mais consciência social. A pergunta foi feita e foi tema de debate, “Como se pode regular o capitalismo?”, e não se encontrou uma resposta credível nem consensual.
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