Muito se tem falado ultimamente da ineficácia dos sindicatos e da intolerância das estruturas patronais, mas pouco se tem falado da acção do Estado enquanto regulador das relações laborais.
Aos sindicatos compete defender os seus associados e fortalecer as suas posições nas negociações contratuais. Às confederações patronais cabe-lhes defender os interesses dos seus associados, entidades patronais, garantindo uma contratação justa e posições negociais sólidas. Ao Estado compete manter um equilíbrio saudável nas relações do trabalho, garantindo direitos e deveres equitativos de modo a salvaguardar a paz social e a justa redistribuição da riqueza gerada.
Os princípios são estes, com mais ou menos adjectivos, mas a prática afasta-se cada vez mais da regra desde que a economia se tornou a trave mestra da governação e o neoliberalismo assentou arraiais na governação do país. Se as atitudes dos sindicatos e das associações patronais se entendem, apesar de todas as críticas que lhes possamos fazer quanto às estratégias utilizadas, o papel do Estado tem sido absolutamente condenável, na medida em que não tem promovido qualquer equilíbrio, muito pelo contrário, nem tem promovido uma justa distribuição da riqueza produzida, como é claro por todos os indicadores sociais e económicos conhecidos. Portugal é o país da zona euro com as maiores desigualdades na redistribuição dos rendimentos, e isso com o governo que se reclama da área socialista.
Podemos tecer inúmeras e justas críticas aos sindicatos e às associações patronais, mas a (má) actuação do governo não pode nem deve ficar à margem das nossas críticas.
Nas próximas eleições um dos factores que deve condicionar o sentido de voto dos portugueses deve ser o compromisso das diferentes forças políticas, em equilibrar as forças entre os trabalhadores e as entidades patronais, e o compromisso em diminuir as desigualdades na redistribuição da riqueza gerada. Cabe a cada um em particular e a todos em geral, exigir das diferentes forças um compromisso eleitoral nestas matérias, a menos que haja quem se contente com declarações avulsas e sem conteúdo como as que têm sido apanágio de políticos bem instalados na vida à custa de favorecerem este ou aquele interesse particular, relegando o interesse público para o final das suas prioridades.
Aos sindicatos compete defender os seus associados e fortalecer as suas posições nas negociações contratuais. Às confederações patronais cabe-lhes defender os interesses dos seus associados, entidades patronais, garantindo uma contratação justa e posições negociais sólidas. Ao Estado compete manter um equilíbrio saudável nas relações do trabalho, garantindo direitos e deveres equitativos de modo a salvaguardar a paz social e a justa redistribuição da riqueza gerada.
Os princípios são estes, com mais ou menos adjectivos, mas a prática afasta-se cada vez mais da regra desde que a economia se tornou a trave mestra da governação e o neoliberalismo assentou arraiais na governação do país. Se as atitudes dos sindicatos e das associações patronais se entendem, apesar de todas as críticas que lhes possamos fazer quanto às estratégias utilizadas, o papel do Estado tem sido absolutamente condenável, na medida em que não tem promovido qualquer equilíbrio, muito pelo contrário, nem tem promovido uma justa distribuição da riqueza produzida, como é claro por todos os indicadores sociais e económicos conhecidos. Portugal é o país da zona euro com as maiores desigualdades na redistribuição dos rendimentos, e isso com o governo que se reclama da área socialista.
Podemos tecer inúmeras e justas críticas aos sindicatos e às associações patronais, mas a (má) actuação do governo não pode nem deve ficar à margem das nossas críticas.
Nas próximas eleições um dos factores que deve condicionar o sentido de voto dos portugueses deve ser o compromisso das diferentes forças políticas, em equilibrar as forças entre os trabalhadores e as entidades patronais, e o compromisso em diminuir as desigualdades na redistribuição da riqueza gerada. Cabe a cada um em particular e a todos em geral, exigir das diferentes forças um compromisso eleitoral nestas matérias, a menos que haja quem se contente com declarações avulsas e sem conteúdo como as que têm sido apanágio de políticos bem instalados na vida à custa de favorecerem este ou aquele interesse particular, relegando o interesse público para o final das suas prioridades.
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NO QUADRO DE HONRA
A Confederação da Indústria Portuguesa estudou as propostas de alteração do Código Laboral e conclui que, mesmo com as alterações previstas, haverá muita rigidez nas leis de trabalho em Portugal.A CIP concorda … alargar os horários paras as 50 horas semanais. Mas contesta o valor a pagar pelas horas extraordinárias.As indemnizações por despedimento individual ou colectivo são incomportáveis para as empresas. Sugerem ainda que o Estado deve ser chamado a comparticipar nas indemnizações por despedimento colectivo.In” TSF”
Só não entendi se também desejava poder utilizar o chicote durante as horas de trabalho e o cuzinho lavado com água de malvas. Tudo o resto ficou muito claro.
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PINTURAS
7 comentários:
Ai o mundo do trabalho, amigo! Não sei se te diga se te conte. São os sindicatos, são os patrões , é tudo que anda cada vez mais de candeias às avessas. Falta-me fôlego para continuar a caminhar neste mundo de relações tão deterioradas.
Beijinhosss
Ó Zé
Então se os políticos não fizerem as vontades aos patrões onde é que se vão encaixar depois de sairem do poleiro? Acorda Zé!
Bjos
Infelizmente o que se vê é cada um a puxar para o seu lado, o ideal seria acordos por um bem comum, Portugal.
Boas Caro Zé!
O mundo do trabalho é só para alguns, outro ficam a ver trabalhar, em portugal há exemplos vivos...
Gostava de ofercer a Sr.ª Ministra da educação uma cama de espetos como aquela que esta no cartoon...Zé aí alguma????
Abraço :)
Tem razão quando afirma que o Estado se devia assumir como um parceiro moderador nas relações laborais. Mas ultimamente pende sempre para o mesmo lado.
Ora, se não consegue surgir como um poder moderador, está lá a fazer o quê?
De facto tenho vindo a assistir a uma "brasileirização" da sociedade portuguesa. Cada vez mais o fosse entre pobre e ricos se torna evidente e as pessoas agonizam no consumismo desenfreado...
E o Governo assiste a tudo por cima do muro!
Amigo Zé,
Isto está a andar para trás, e mais depressa do que nós pensávamos.
Eu já tenho dificuldade em acompanhar todos os atentados aos portugueses, ou à maior parte de nós.Mais uma vez, quem nos acode?
Um abraço.
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