Sobre o anúncio da descida de um ponto percentual do IVA, muito se escreveu, ora minimizando a medida, ora enaltecendo o anúncio. Como é natural, é difícil aceitar que a diminuição de um por cento depois de um aumentode 2% há dois anos, seja considerado um motivo de regozijo para os portugueses.
Os optimistas, que também os há, alinham com a medida do governo, como é evidente. Há contudo, pelo menos, um pequeno pormenor (será assim tão pequeno?) que se prende com as declarações do 1º ministro, quando anunciou este corte no IVA, que nos faz desconfiar e torcer o nariz, ele disse que “a crise orçamental está ultrapassada e os factores que a motivaram estão resolvidos”.
O cidadão comum, grupo em que me incluo naturalmente, só consegue aferir as declarações de José Sócrates, em função do seu próprio orçamento familiar, e a crise neste particular está para ficar até ao final do ano, pelo menos, quando serão anunciados os aumentos relativos aos salários. Será que nutrimos um excesso de desconfiança relativamente ao que o governo diz? Talvez sim, mas um executivo que faltou à sua promessa eleitoral de não aumentar os impostos, e que o fez, e nem só no caso do IVA, não incute confiança suficiente aos cidadãos.
O calendário eleitoral também não favorece o governo, pois é evidente que a pressa em reduzir o défice, para lá das previsões feitas pelo próprio governo, levando o esforço das famílias ao limite, e cortando no investimento público numa altura em que o desemprego aumentava, visa fazer coincidir alguma folga orçamental num ano em que se realizam eleições.
Quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele, e convenhamos que Sócrates a vestiu e disso se vangloriou, pelo que os cidadãos reagem com natural desconfiança.
Os optimistas, que também os há, alinham com a medida do governo, como é evidente. Há contudo, pelo menos, um pequeno pormenor (será assim tão pequeno?) que se prende com as declarações do 1º ministro, quando anunciou este corte no IVA, que nos faz desconfiar e torcer o nariz, ele disse que “a crise orçamental está ultrapassada e os factores que a motivaram estão resolvidos”.
O cidadão comum, grupo em que me incluo naturalmente, só consegue aferir as declarações de José Sócrates, em função do seu próprio orçamento familiar, e a crise neste particular está para ficar até ao final do ano, pelo menos, quando serão anunciados os aumentos relativos aos salários. Será que nutrimos um excesso de desconfiança relativamente ao que o governo diz? Talvez sim, mas um executivo que faltou à sua promessa eleitoral de não aumentar os impostos, e que o fez, e nem só no caso do IVA, não incute confiança suficiente aos cidadãos.
O calendário eleitoral também não favorece o governo, pois é evidente que a pressa em reduzir o défice, para lá das previsões feitas pelo próprio governo, levando o esforço das famílias ao limite, e cortando no investimento público numa altura em que o desemprego aumentava, visa fazer coincidir alguma folga orçamental num ano em que se realizam eleições.
Quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele, e convenhamos que Sócrates a vestiu e disso se vangloriou, pelo que os cidadãos reagem com natural desconfiança.
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FOTOGRAFIA
11 comentários:
Esta proposta de diminuição do valor do IVA é uma afronta à carteira dos portugueses. Não nos deixaremos enganar... Um Abraço e Bom Fim de Semana
Hoje vim só desejar-te um bom domingo, que parece que amanheceu molhado.
Bjos Sílvia
Bons cartoons e boa denuncia do 1% do IVA...
Zé, vá ver este Blog:
http://patrimonios.blog.com/
e este:
http://www.ci.uc.pt/artes/6spp/frames.html
Bjs
Que posso eu dizer mais ?!
Está tudo dito!
Bom domingo.
Amigo Zé,
Hoje não venho ler-te, estou "precária" como disse ao Guardião,
Venho só dar-te um abraço e dizer-te que gosto de ti... és meu amigo
São as amendoas de socrates. Mas não confiem, estão estragadas!
É que ninguém disse ao nosso primeiro que aquela declaração era para ser proferida no 1º de Abril.
Um abraço e uma boa semana
Olá!
Mas será possível confiar com optimismo?
Quem é que consegue ser "levado" pelas palavras de espewrança?
As fotos como sempre lindíssimas!
Beijos
Será possível falar de optimismo neste momento? Essa palavra ainda é pronunciada por alguém?
Valham-nos os teus bonecos!
Beijinhosssss
lnfelizmente... É como diz o ditado: "com festas e bolos, se enganam os tolos"... E "nós" somos tolos sim.
Mais uma vez, os cartoons que escolhes são muito, mas mesmo muito bons!
Fica bem,
Miguel
Evidentemente que esta medida não diz nada ao mero consumidor mas diz a uma data de comerciantes e empresários que habitualmente votavam no PSD. Ele sabe, está apenas a trocar votos de meros funcionários consumidores por votos de aspirantes homens de negócio!
Um abraço a 99%
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