Tenho por costume, quando me entrego a um projecto novo e com alguma complexidade, reunir todos os dados que julgo necessários e começar a planear cuidadosamente as diferentes etapas que envolvem esse trabalho. É tudo uma questão de método, mas isso ajuda-me a manter um ritmo de trabalho razoável e a cumprir os prazos exigidos. Durante estas tarefas de planeamento costumo desligar-me um pouco do mundo exterior.
Durante a última semana procurei manter-me a milhas das notícias das notícias, o que pelo vistos me poupou a muitos disparates, dos quais só vim a tomar conhecimento no domingo ao ler o os semanários e na consulta das notícias na net. Como era de esperar pouco mudou por estas bandas.
O assunto mais comentado foi a grande manifestação dos professores, e de novo só o comício do PS, que me deu a impressão de ser apenas a 1ª manifestação de que Sócrates vai entrar em campanha eleitoral, a partir de agora. Fixei ainda as opiniões de três ou quatro comentadores, que me fizeram sorrir por motivos bem diferentes.
Daniel Bessa, lembram-se dele, veio dizer que não foi à manifestação dos professores, o que não surpreende ninguém, e lança um repto aos professores perguntando-lhes como querem ser avaliados. Ele, que começou o artigo dizendo que é professor há 47 anos e que o ensino é globalmente fraco. Daniel Bessa não deve temer ser avaliado desta maneira porque sabe que não terá uma avaliação tão severa como a que o atingiu na vida política, onde não foi bem avaliado, como se sabe.
De Emídio Rangel ouviu-se a maior enormidade, começando por chamar “hooligans” aos perto de 100.000 professores, para concluir que “… tenho vergonha destes pseudo professores que trabalham pouco, ensinam menos, não aceitam avaliações e transformaram-se em soldados do Partido Comunista, para todo o serviço”. A sintonia destas declarações com as anteriormente proferidas por Augusto Santos Silva em Chaves, é curiosa, para quem conhece os meandros da comunicação social, mas mais curioso ainda é recordar aquela história do senhor Rangel de berbequim na mão e muito furioso, bem guardada no baú das memórias.
Mais previsível e com um estilo muito característico, Jorge Coelho também ajudou à festa do PS, com um discurso inflamado onde só faltou aquela citação que se colou à sua imagem desde há uns anos: “Quem se mete com o PS, leva.”
Não podia também deixar de mencionar o Miguel Sousa Tavares, um defensor acérrimo das avaliações na função pública, pois lembrei-me logo que ele gostaria de ser também avaliado pelo Vasco Pulido Valente, ano após ano, justa ou injustamente.
Fiquei esclarecido pelas declarações destes senhores. São todos a favor das avaliações, apesar de não terem concordado com as avaliações que já lhes deram, porque essas eram naturalmente injustas. Pois é!...
Durante a última semana procurei manter-me a milhas das notícias das notícias, o que pelo vistos me poupou a muitos disparates, dos quais só vim a tomar conhecimento no domingo ao ler o os semanários e na consulta das notícias na net. Como era de esperar pouco mudou por estas bandas.
O assunto mais comentado foi a grande manifestação dos professores, e de novo só o comício do PS, que me deu a impressão de ser apenas a 1ª manifestação de que Sócrates vai entrar em campanha eleitoral, a partir de agora. Fixei ainda as opiniões de três ou quatro comentadores, que me fizeram sorrir por motivos bem diferentes.
Daniel Bessa, lembram-se dele, veio dizer que não foi à manifestação dos professores, o que não surpreende ninguém, e lança um repto aos professores perguntando-lhes como querem ser avaliados. Ele, que começou o artigo dizendo que é professor há 47 anos e que o ensino é globalmente fraco. Daniel Bessa não deve temer ser avaliado desta maneira porque sabe que não terá uma avaliação tão severa como a que o atingiu na vida política, onde não foi bem avaliado, como se sabe.
De Emídio Rangel ouviu-se a maior enormidade, começando por chamar “hooligans” aos perto de 100.000 professores, para concluir que “… tenho vergonha destes pseudo professores que trabalham pouco, ensinam menos, não aceitam avaliações e transformaram-se em soldados do Partido Comunista, para todo o serviço”. A sintonia destas declarações com as anteriormente proferidas por Augusto Santos Silva em Chaves, é curiosa, para quem conhece os meandros da comunicação social, mas mais curioso ainda é recordar aquela história do senhor Rangel de berbequim na mão e muito furioso, bem guardada no baú das memórias.
Mais previsível e com um estilo muito característico, Jorge Coelho também ajudou à festa do PS, com um discurso inflamado onde só faltou aquela citação que se colou à sua imagem desde há uns anos: “Quem se mete com o PS, leva.”
Não podia também deixar de mencionar o Miguel Sousa Tavares, um defensor acérrimo das avaliações na função pública, pois lembrei-me logo que ele gostaria de ser também avaliado pelo Vasco Pulido Valente, ano após ano, justa ou injustamente.
Fiquei esclarecido pelas declarações destes senhores. São todos a favor das avaliações, apesar de não terem concordado com as avaliações que já lhes deram, porque essas eram naturalmente injustas. Pois é!...
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FOTOS - MONTAGENS
7 comentários:
Percebe-se que o Daniel Bessa até nem seja contra as avaliações, que certamente serão feitas por alguns amigos, é que avaliar um professor envolvido no estudo do hospital de Alcobaça que fez uma escolha ao acaso, e que causou um prejuizo enorme com a compra de terrenos para nada, só pode dar num Excelente, ao nível da Asneira, está visto. Também gostei do MST e da apreciação do VPV, dessa ele não gostou!
Perdoo o Coelho, afinal estamos na Páscoa...
Bjos
Sílvia
Por acaso, e no meio da confusão toda que por aí vai, só me interrogo sobre uma coisa: quais são as alternativas? E que contra-propostas se defendem em relação a todo o edifício da Educação?
Boa tarde, Zé. Agora que sei do seu regresso, eis-me aqui de novo.
Essa gente que refere faz parte do saco de farinha com que tentam alimentar a fome do povo. E à falta de melhor alimento, dão-lhe sobras do pão mal cozido de que eles mesmos são mau fermento.
Ao Emídio de rangentes dentes, dei-me ao trabalho de responder.
Os outros, ignoro-os.
The Mother of All Wars bem podia representar outra pessoa, era só mudar a legenda para "ensino" e "educação", colocando uma bandeirinha de Portugal na mão do menino e uns oculinhos na mother.
Um abraço.
Jorge G.
aparece no
http://malhorijo.blogspot.com/
!!!!
Zé Povinho, Zé Povinho
que sejas bem regressado
pois há peixe miudinho
a enterrar o machado.
Esta gente "poucochinho",
com grande proa e vaidade,
vai dando vento ao moinho
que alimenta a mediocridade.
Porque todos querem poder
porque todos querem verdade
mas só para os seus interesses,
que se lixe a sociedade.
Quem governa a meu contento
eu acho que governa bem
inda que só eu encha os bolsos
e os outros não tenham vintém.
Ninguém quer ser avaliado
mas querem que os outros sejam
triste país malfadado
onde as galinhas cacarejam!
Os professores queriam o estatuto que tiveram nas décadas de 70/80, onde eram reis e senhoress das escolas.Batiam nos alunos à reguada, punham os à janela com orelhas de burro(isto é um tipo de comportamento inteloravél). mas isso acabou, os alunos já quase que não os respeitam os pais destes muito menos e as escolas tao-se mais é a cagar para o estatuto destes.
Isto é uma simples opinião e vale o que vale.
Um abraço do templo.
Zé Povinho
É interessante como os diferentes actores sociais encarnam diferentes papéis consoante os interesses que estão em jogo.
O Bóris tem razão: os senhores que são a favor da avaliação não gostam de ser avaliados mas consideram importante que os outros o sejam.
Um abraço
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