Nos últimos tempos temos sido bombardeados com notícias cada vez mais frequentes de roubos violentos, crimes de sangue, e outros tipos de violência extrema a que não estávamos habituados neste país.
Este fenómeno do aumento da criminalidade violenta foi recentemente explicado como sendo um dos efeitos da globalização, do tráfico de armas, das máfias organizadas e das dificuldades de inclusão dos imigrantes. Talvez haja um pouco disto tudo, mas há de certeza mais factores que contribuem para este facto. O desemprego, a miséria, os problemas sociais contribuem certamente para a criminalidade.
Em Portugal começa a crescer o sentimento de insegurança dos cidadãos, o que por si só é extremamente negativo, sobretudo quando a isto se somam as dificuldades da vida diária e o descontentamento crescente com as políticas laborais, de rendimentos e de protecção social.
O país está mal, seja por causa da globalização ou pela má governação, que importa, se o descontentamento e por vezes a revolta nos afectam a vida a quase todos.
Este fenómeno do aumento da criminalidade violenta foi recentemente explicado como sendo um dos efeitos da globalização, do tráfico de armas, das máfias organizadas e das dificuldades de inclusão dos imigrantes. Talvez haja um pouco disto tudo, mas há de certeza mais factores que contribuem para este facto. O desemprego, a miséria, os problemas sociais contribuem certamente para a criminalidade.
Em Portugal começa a crescer o sentimento de insegurança dos cidadãos, o que por si só é extremamente negativo, sobretudo quando a isto se somam as dificuldades da vida diária e o descontentamento crescente com as políticas laborais, de rendimentos e de protecção social.
O país está mal, seja por causa da globalização ou pela má governação, que importa, se o descontentamento e por vezes a revolta nos afectam a vida a quase todos.
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RETRATOS DO GORAZ
Educanomics*** * ***
FOTO E EFEITO
11 comentários:
Olá Zé,
Pois eu acho que nós neste momento não temos leis penais e processuais penais aptas a fazer frente a este tipo de criminalidade que não pode ser, em grande medida, reprimida e evitada por essa via.
Por outro lado a degradação evidente das condições de vida das pessoas e o reflexo dessa degradação sobre as faixas etárias mais jovens, tem um efeito multiplicador do fenómeno.
Um beijinho e uma boa semana
Maria
Se a justiça está lenta, pouco eficaz e transmite uma imagem de caos, nem o cidadão se sente protegido, nem o criminoso tem qualquer respeito pela lei.
Ó Zé, mas esta situação não é de agora, tem é vindo a piorar, porque as autoridades não têm tido leis para combater a criminalidade.
Aqui onde estou e onde era suposto não haver criminalidade, pois havia, tem havido, roubaram-me o carro 4 vezes em 9 meses. Eram assaltos a moradias, tudo varrido para baixo do tapete, porque não se podia saber que AQUI havia criminalidades. Não era violenta, dirás tu, pois não matavam, mas de impunidade em impunidade...
Trouxe cá um dos nossos jornais diários que fizeram uma manchete.
Continuou tudo na mesma.
E já que estou de má catadura cé vai uma pérola... EU perguntei a uma agente com um cão pela trela, por que não andavam com os cães a policiar as ruas. Respondeu-me que era um perigo, porque os cães podiam morder os assaltantes.
Fiquei atónita. O tratador (seria) não sabia que os cães são treinados para imobilizar sem morder...
Zé, há quarenta anos, LÁ, era assim que os cães "funcionavam".
Um abraço
A degradação das condições de vida, a ghetização das comunidades imigrantes, a escassa preparação das forças de segurança, bem como o péssimo equipamento que dispõem, serão com quase toda a certeza, as principais causas deste fenómeno do aumento da criminalidade violenta. Para além disso há ainda outro facto que potencia este aumento. A aparente impunidade com que se movimentam as máfias organizadas e uma justiça totalmente incapaz de lhe dar resposta!
Aquele abraço infernal!
Já há algum tempo um Mayor de Nova Iorque decidiu que não se deveria menosprezar a pequena criminalidade nem os pequenos delitos, porque a sensação de impunidade se instala nos jovens delinquentes, estes vão facilmente progredindo para infracções cada vez mais graves até que a situação se torna incontrolável.
Implementou então a célebre "Tolerância Zero" que, como se sabe, deu óptimos resultados, reduzindo num só ano a criminalidade em Nova Iorque em cerca de metade. Até os comboios que andavam todos sujos com "grafittis" andam hoje impecavelmente limpos.
A actual política portuguesa de manter na rua os criminosos, mesmo depois de várias reincidências, faz (como dizia o Mayor) crescer a sensação de impunidade: o criminoso continua com as suas actividades criminais, vai subindo o nível dos seus delitos e serve de exemplo para que outros delinquentes mais jovens sigam o mesmo caminho.
Esta política errada está a atrair ao nosso país a criminalidade europeia, que se apercebe dos nossos cada vez mais "brandos costumes". Não podemos tolerar que isto aconteça, na esperança de que os criminosos sejam um dia capturados noutro qualquer país da UE e que aí cumpram pena.
Quanto à maior dificuldade em se obter uma licença de porte de arma que alguns defendem, não tem qualquer efeito neste grupo de gente. Quem acredita que os delinquentes tiram uma licença de porte de arma e compram uma arma num armeiro legal? Não! Os delinquentes compram simplesmente uma arma ilegal, e há muitas por aí à venda, frequentemente até superiores às das autoridades, faz uso dela nas suas actividades criminais e mais nada.
O tempo em que o delinquente fazia apenas uso de uma arma furtada também já lá vai, assim, dificultar a obtenção de uma arma legal poderá apenas servir para impedir a autodefesa. Um cidadão indefeso pode sentir arrombarem-lhe a porta mas nada pode fazer porque não tem com que se defenda.
Existe um ditado americano que diz que "mais vale ter uma arma e nunca precisar dela do ser precisa e não a possuir".
Em tempos houve até um Estado Norteamericano que, face ao aumento da criminalidade, fez sair uma lei que obrigava a que todos os cidadãos adultos andassem armados. A qualquer momento poderiam ser interpelados pelas autoridades, as quais poderiam pedir para mostrar a arma. Segundo consta teve efeitos imediatos, pois a criminalidade nesse Estado desceu logo.
Zé da Burra o Alentejano
Um cínico, como alguns políticos cá do burgo, diria que nos estamos a aproximar vertiginosamente das realidades que recentemente vimos na televisão a acontecer nos arredores de Paris.
Eu diria que é muito preocupante.
Há quem diga que a culpa é da globalização, porque os mafiosos escolhem bem onde podem actuar com impunidade, esta é a parte que omitem. Mas se há criminosos, e se há impunidade, então onde estão as Leis? Há Leis, mas pelos vistos não funcionam devidamente, então a última pergunta: quem são os incompetentes que as fazem mal feitas?
Porra que estava difícil chegar lá...
Lol
AnraKa
Zé,
volto só para subscrever o comentário do(a) Anarka Anónimo.
Imaginem quando chegarem cá mais uns quantos da "nova" Europa ... eles já devem saber que isto funciona como um paraíso
E hoje, o ar descontraído com que os indivíduos romenos que assaltaram e mataram uns ingleses no Algarve!
Entraram e sairam de cabeça erguida e ar "tranquilo" do Tribunal de Loulé.
Impunidade e falta de legislação.
Um abraço
Zé Povinho
A violência das condições de vida gera muitas outras violências.
E não me refiro só à violência das condições de vida em Portugal mas de todo um mundo globalmente injusto.
E é aqui que ponho a tónica para o aumento da criminalidade.
Claro que há máfias organizadas mas a raíz do problema é sempre a mesma.
Essas máfias existem porque há condições para que existam e se desenvolvam e essas condições estão em todo um conjunto de fenómenos por nós conhecidos.
Um abraço
Os 33 anos de democracia não foram bem digeridos pelos portugueses e tudo aconteceu demasiadamente depressa no nosso país. A integração europeia, o fenómeno imigratório...
E mesmo assim, não há meio de conseguirmos apanhar o comboio do desenvolvimento.
Boa semana para ti!
Esta onda de violência já existe de há algum tempo a esta parte e apesar do governo e autoridades propagandearem que mais não se trata do que simples coincidência, tratando-se de casos isolados, o que é facto é que está a aumentar perigosamente e a um ritmo elevado, não havendo capacidade de resposta por parte da polícia, nem em termos de prevenção, nem em termos de resolução dos casos.
Trata-se de uma questão social que óbviamente não pode ser dissociada do estado real do país em termos económicos e sociais.
Saudações do Marreta.
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