Nos tempos que correm não será
politicamente correcto falar-se dos descobrimentos portugueses, mas o que é
certo, é que foram os portugueses que nas suas naus e caravelas, partindo de
Portugal, descobriram novas rotas marítimas para terras distantes.
A pretexto da religião e do
interesse comercial, lá foram os nossos marinheiros pelas costas de África, até
à Índia e ao Brasil. Os povos que encontrámos tinham diferentes religiões e
interesses próprios no comércio das especiarias e outras mercadorias.
O mercado das especiarias era
feito por terra, até à presença portuguesa, e era dominado na Europa pelos
venezianos e genoveses, e em África e na Ásia pelos povos locais, pelo que
houve muita disputa pelo domínio das rotas, com a violência típica destas
situações nessa época.
Outro assunto difícil de abordar,
a escravatura, há que lembrar que ela sempre existiu, mesmo em África e antes das
nossas navegações, e também convém salientar que sem a condenação das
diferentes religiões, ao tempo, tendo até o Infante D. Henrique tido o acordo
papal para ter a exclusividade do mercado de escravos.
Tudo isto faz parte da nossa
História, o que não significa que nós, na actualidade, estejamos a apoiar este
tipo de acções, pois o pensamento e a evolução dos comportamentos sociais, são
absolutamente contrários a essa actuação.
O que também importa salientar é
que os factos históricos não podem ser negados, de nada adianta tentar encobrir
o que foi feito, e também lembrar que a História tem de ser olhada com olhos de
ver e julgada segundo o pensamento de cada época, e não com uma visão actual.